sábado, 5 de dezembro de 2009

O Que É Necessário Para A Prática Da Revelação Bíblica - Parte Final


Arrebatados Do Pecado

Depois que realizamos, no poder do Espírito, a exposição de nossa vida ao conteúdo da Palavra, e nos abrimos para a revelação do pecado, e, prostrados diante do Pai, confessamos o nosso pecado, somos arrebatados do domínio do pecado, conforme Romanos 6:14  “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.”. Desta forma, somos lançados totalmente no Reino do Espírito – mergulhados na dimensão de uma vida triunfante. Este é o caminho do arrependimento. Somos o povo do Reino, por isso, não há como fugirmos deste caminho: o arrependimento que nos conduz à vida abundante. Quando somos arrebatados do pecado, seus laços de morte são desfeitos. Em termos práticos, considerando o texto que temos analisado nesta pequena série de estudos – Efésios 5:21, podemos concluir que, após estes passos, passaremos a ter uma vida cristã com uma visível marca: a sujeição aos irmãos.

Continue praticando esta pequena instrução em busca da prática da revelação bíblica em sua vida. Focalize outros textos bíblicos e siga os passos apresentados aqui, quais sejam: exposição, revelação, confissão e arrebatamento.

Que o rico conteúdo das Escrituras Divinas saltem para a sua vida com poder transformador.
Em Cristo, servindo Sua noiva.

sábado, 28 de novembro de 2009

O Que É Necessário Para A Prática Da Revelação Bíblica - Parte Quatro


A Confissão Que Nos Reaproxima Do Pai


O Espírito de Deus tem uma poderosa obra a realizar em nós. O Apóstolo João nos mostra dois aspectos desta obra: 1) Convencer o mundo da justiça, do pecado e do juízo (João 16:8-11); 2) Guiar a toda a verdade (João 16:13). Como o Espírito atua em nossa vida para nos reaproximar do Pai Celestial? Ele revela a Palavra, nos concede graça para expormos a nossa vida diante das Escrituras e revela o nosso pecado. Desta forma, somos convencidos pelo Espírito de que precisamos urgentemente da confissão. A obra da confissão é o instrumento do perdão e da purificação (I João 1:9). Se o pecado nos distancia do Pai, a confissão nos reaproxima dEle. Este passo é maravilhoso! Assim, considerando o texto de Efésios 5:21, devemos nos prostrar diante do Senhor e confessar. Nosso único remédio é a confissão. É o momento de clamarmos: “Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau diante dos teus olhos;” Salmo 51:4. Nossa confissão nos conduzirá à purificação - “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.” Salmo 51:2.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Que É Necessário Para A Prática Da Revelação Bíblica - Parte Três

A Revelação Do Nosso Pecado
Este é um momento muito importante. Sem este passo não teremos a confissão e muito menos o arrebatamento(1). Não estamos falando em Revelação da Palavra, mas na revelação do pecado. No texto sugerido na parte dois desta série de mensagens, a Palavra revelou um padrão de vida marcado pela sujeição uns aos outros no temor de Cristo – Esta é a Revelação da Palavra. Muitos podem ler esse texto e alcançar a Revelação da Palavra, mas nunca poderão experimentar uma mudança pessoal, a menos que tenham suas vidas expostas diante da Palavra.
Quando a nossa vida é profundamente exposta à Palavra, o caminho mal é revelado (Salmo 139:23-24), ou seja, o pecado é manifestado. Devemos perceber a seriedade do momento em que alcançamos esta revelação e o pecado é desmascarado em nossa vida. O pecado faz separação entre nós e o nosso Deus (Isaías 59:1-2). Na verdade, a revelação do nosso pecado é a revelação de nossa separação. Oh! Isto deveria causar arrepios em nós! Quando a nossa vida é confrontada com o texto de Efésios 5:21, podemos ser surpreendidos com o fato de que o nosso relacionamento com os irmãos está desprovido da sujeição biblicamente recomendada. Esta constatação demonstra que há pecado em nós. Este pecado nos separa do Pai Celestial! Isto é tremendamente sério para a vida do Corpo de Cristo. Assim, o Espírito de Deus, mediante o confronto de nossa vida com a Palavra, revela o caminho mal. No entanto, nossa jornada em busca da prática da revelação bíblica não termina aqui, carecemos de penetrar no próximo passo para recuperarmos a nossa comunhão com nosso Senhor!

(1) A expressão “arrebatamento”, usada aqui, não se refere ao rapto da igreja quando da segunda vinda de Cristo, mas ao cumprimento de Romanos 6:14 na vida do cristão, quando o cristão é arrebatado do domínio do pecado. A revelação deste texto é experimentada quando conhecemos a verdade - João 8:32. Devemos conhecer a verdade objetiva e a verdade subjetiva. Verdade objetiva é a experiência da Palavra, como livro que expressa a Vida Divina e a Verdade subjetiva é a experiência de Cristo em nós (Colossenses 1:27), Cristo como a Palavra Viva, o verbo divino (João 8:32, 14:6 e 17:17).

sábado, 21 de novembro de 2009

O Que É Necessário Para A Prática Da Revelação Bíblica - Parte Dois


A Exposição De Nossa Vida

A nossa vida deve ser exposta ao conteúdo revelado da Palavra. Diante do conteúdo bíblico que lemos, devemos ter uma mente disponível às lembranças de nossas práticas recentes ou mesmo aquelas mais distantes. Assim, quando nos deparamos, por exemplo, com o texto de Efésios 5:21, devemos realizar a exposição de nossa vida ao texto. O texto nos diz: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” Após a leitura do texto, é importante criarmos um momento de exposição de nossa vida – o confronto de nossas atitudes diante da Revelação bíblica. Alguns pontos podem nos ajudar:

1) Devemos nos lembrar dos acontecimentos recentes de nossa vida;
2) À medida que nos lembramos destes acontecimentos, devemos formular algumas perguntas, tais como: Nesta situação, a minha resposta foi uma resposta de evidenciou sujeição? Quais foram os sentimentos que surgiram em minha vida em decorrência destes acontecimentos? Estes sentimentos influenciaram na maneira como reagi aos fatos? Quais são as pessoas às quais eu tenho maior dificuldade para praticar este versículo? Consigo ver algum motivo para isso?

Lendo a Palavra com esta atitude, seremos incluídos numa condição tal que permitiremos que a nossa vida seja exposta ao poderoso conteúdo da Palavra de Deus.

Podemos fazer isso com quaisquer textos, formulando estas ou outras perguntas, conforme o caso.

Este é o desafio posto diante de nós.


Na próxima postagem abordaremos o tema: A revelação do nosso pecado.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Que É Necessário Para A Prática Da Revelação Bíblica - Parte Um

A revelação bíblica não é um conceito meramente teórico – a prática é o complemento da revelação. Assim, cada um é responsável pela prática daquilo que é revelado. Quando praticamos a revelação temos a restauração. Oh! grandioso é este mistério: a prática da revelação nos conduz à restauração!

Considerando o valor da prática da revelação para a obtenção de uma vida restaurada, cumpre-nos apontar alguns passos são fundamentais para que qualquer revelação bíblica seja praticada:

a) a exposição;
b) a revelação;
c) a confissão e;
d) o arrebatamento(1);

A igreja é a comunidade do reino e como tal, deve trilhar o caminho do arrependimento. Por isso, é importante que tenhamos o hábito de expor a nossa(2) vida diante das Escrituras. Esta exposição, conforme a obra do Espírito de Deus em nossas vidas, revelará o nosso pecado, nos convencerá dele e, mediante a confissão, nos arrebatará das suas mãos. Estes quatro passos: Exposição, revelação, confissão e arrebatamento nos farão conhecer o nosso Senhor numa dimensão especialmente profunda, pois, diante destes quatro passos alcançaremos a liberdade necessária para a prática da vida cristã autêntica.
Na próxima postagem abordaremos o tema: A exposição de nossa vida.

(1) A expressão “arrebatamento”, usada aqui, não se refere ao rapto da igreja quando da segunda vinda de Cristo, mas ao cumprimento de Romanos 6:14 na vida do cristão, quando o cristão é arrebatado do domínio do pecado. A revelação deste texto é experimentada quando conhecemos a verdade - Jo 8:32. Devemos conhecer a verdade objetiva e a verdade subjetiva. Verdade objetiva é a experiência da Palavra, como livro que expressa a Vida Divina e a Verdade subjetiva é a experiência de Cristo em nós (Colossenses 1:27), Cristo como a Palavra Viva, o verbo divino (João 8:32, 14:6 e 17:17).


(2) É importante notar que se trata da exposição da nossa vida. Devemos fugir à tentação de expor a vida dos demais irmãos – a vida que deve ser exposta é a nossa.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

EM BUSCA DA UNIDADE


Hoje me perguntaram se eu conhecia alguma oração na Bíblia que não foi respondida. Do outro lado da linha pude perceber um ar de surpresa com minha resposta. Sim, conheço uma oração sem resposta. Não se trata de uma oração qualquer. Não se trata de uma oração proferida por lábios manchados pelo pecado, por um coração egoísta, por uma mente tirana ou despótica. Esta oração não foi acompanhada por mãos sanguinárias sendo erguidas aos céus. Na verdade, esta oração foi proferida pelo Rei do Universo! Aqueles lábios acostumados a destilar o amor divino, agora sopravam ao céu uma súplica pelos muitos filhos de Deus que seriam gerados a partir da obra da cruz. Em sua súplica, o Senhor Jesus proferiu as seguintes palavras:

"Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;"
João 17.20-22

No entanto esta súplica ainda não foi respondida. Basta olharmos para a cristandade espalhada pela terra para percebermos este angustiante fato. Sim, é lamentável como os cristãos são perseverantes na prática de condutas que violam a unidade. O apóstolo Paulo, compreendendo o valor da unidade e sua importância para o testemunho cristão, proferiu importantes recomendações aos discípulos de Cristo quando disse:

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.”
Efésios 4:1-6

Paulo fala de um andar humilde, manso e longânime. Ele apresenta o amor como suporte para a vida uns dos outros. A seguir, o apóstolo nos lança diante de uma importantíssima atividade: esforçar-se para preservar a unidade do Espírito. Em primeiro lugar, não se trata de nossa unidade. Não podemos falar em unidade de nosso gueto. A unidade é do Espírito. Ele dá a unidade e nós devemos preservá-la com diligência e esforço.

Sim, a oração de nosso Senhor não foi respondida. Não temos nos esforçado em preservar a unidade. Temos tudo para preservá-la, pois há um só corpo e um só Espírito. Fomos chamados numa só esperança. Oh! Temos tudo para preservar a unidade, pois há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus! Este Deus é Pai de todos, é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. Por que insistimos na quebra da unidade?

Talvez os céus precisem bradar com inigualável fervor: A oração de Cristo que ainda não foi respondida é aquela em que Ele suplica que sejamos um. E esta resposta depende unicamente de nós!

A. M. Cunha

domingo, 1 de novembro de 2009

A CASA DO SENHOR


Esta mensagem foi proferida pelo autor deste site por ocasião do início do ano de 2008 aos irmãos que se reúnem na SAGS 915 Sul em Brasília. Esta mensagem apresenta posturas que devemos adotar para que nossa vida seja marcada por uma constante e vigorosa restauração.
O reinado de Acaz foi desastroso para Jerusalém, pois ele “não fez o que era reto perante o Senhor, como Davi, seu pai.” (II Crônicas 28:1). O rei Acaz foi tomado de grande angústia, porém, nestes dias, ele “cometeu ainda maiores transgressões contra o SENHOR; ele mesmo, o rei Acaz. Pois ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco, que o feriram, e disse: Visto que os deuses dos reis da Síria os ajudam, eu lhes oferecerei sacrifícios para que me ajudem a mim. Porém eles foram a sua ruína e a de todo o Israel. Ajuntou Acaz os utensílios da Casa de Deus, fê-los em pedaços e fechou as portas da Casa do SENHOR; e fez para si altares em todos os cantos de Jerusalém. Também, em cada cidade de Judá, fez altos para queimar incenso a outros deuses; assim, provocou à ira o SENHOR, Deus de seus pais.” II Crônicas 28:22-25). Entre as ruínas provocadas por Acaz, podemos citar o que está registrado em II Crônicas 29:7 - “Também fecharam as portas do pórtico, apagaram as lâmpadas, não queimaram incenso, nem ofereceram holocaustos nos santuários ao Deus de Israel.” Portanto, a maldade de Acaz foi marcada por quatro condutas:

1) Fechar as portas da Casa do Senhor;
2) Apagar as lâmpadas;
3) Não queimar incenso; e
4) Não oferecer holocaustos ao Deus de Israel.

Após a morte de Acaz, Ezequias, seu filho, reinaria em seu lugar. Seria possível que alguém, filho de um pai tão perverso pudesse governar bem? Normalmente olhamos para a origem das pessoas e pensamos: “este não será bom!” Mas Ezequias provou que Deus transforma as circunstâncias. A Bíblia diz que Ezequias fez “o que era reto perante o Senhor, segundo tudo quanto fizera Davi, seu pai.” (II Crônicas 29:2). “No primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da Casa do Senhor e as reparou.” (II Crônicas 29:3).
Logo no início do ano, Ezequias procurou demonstrar como seria o seu reinado. Irmãos, estamos iniciando um novo ano. Desejo que logo no início, possamos demonstrar como será nosso ano diante de Nosso Senhor. Você se lembra das quatro condutas de Acaz? Ezequias, ao contrário, restaurou todas as coisas. Assim, podemos concluir que a conduta de Ezequias foi contrária àquela adotada por Acaz. Vejamos então, as quatro condutas de Ezequias. Estas condutas são importantes, pois elas são orientações seguras para nossas vidas. Devemos adotá-las logo no começo deste ano que se inicia.

1) ABRIR AS PORTAS DA CASA DO SENHOR: Sabemos que, hoje, a casa do Senhor somos nós. (II Coríntios 3:16). Neste ano que se inicia, nossa vida precisa estar aberta para Deus e para os irmãos. Nosso coração precisa estar disponível. Precisamos participar mais de nossas reuniões. Precisamos ter uma vida aberta, ou seja, mais transparência. Nossos corações precisam ser compartilhados uns com os outros.

2) ACENDER AS LÂMPADAS: Sabemos que a lâmpada é um símbolo da Palavra de Deus (Salmos 119:105). Neste ano que se inicia, nossas vidas precisam estar voltadas para a Palavra de Deus. A Bíblia precisa ser nossa lâmpada e nossa luz. A Bíblia é a espada do Espírito, isto significa que o Espírito de Deus utiliza o estoque da Palavra de Deus que está em nós. Se tivermos pouco, pouco seremos usados. Se tivermos muito, muito seremos usados. Jamais nos esqueçamos que a Palavra de Deus é o combustível do Espírito Santo. Leiamos a Bíblia neste ano; estudemos Seu precioso conteúdo; meditemos nEla, dia e noite; desfrutemos Seu precioso sabor; amemos a Bíblia no próximo ano, muito mais do que A amamos neste ano.

3) QUEIMAR INCENSO: Sabemos que o incenso é um símbolo da oração (Apocalipse 5:8, Salmos 141:2). Queimar incenso significa que devemos assumir um sério compromisso de oração. A oração estimula nossa dependência para com Deus. Uma das maiores catástrofes da humanidade é sua insistência em ser independente de Deus. Quando oramos, buscamos o socorro do Senhor, isto significa que reconhecemos que Ele [e não nós] é o nosso socorro. Orar é demonstrar nossa dependência, é lançar sobre Ele todas as nossas ansiedades. Quando oramos, abrimos uma porta espiritual diante de nossa vida, nossa casa, nossa família, nossa profissão, nossos projetos. Orar é marcar nossos caminhos com a sombra do Todo-Poderoso!

4) OFERECER HOLOCAUSTOS: Nos temos bíblicos, a oferta de holocaustos era uma forma de tratar com o pecado (Levítico 1:1-17). Neste ano que se inicia, cada um de nós necessita confrontar seriamente o pecado. A maneira bíblica de confrontar o pecado é confessar e abandonar (Provérbios 28:13). A Bíblia diz que se “confessarmos o nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.” (I João 1:9). Abandonemos a raiz de amargura (Hebreus 12:15). Não nos deixemos dominar pela soberba (Tiago 4:6). Busquemos a santificação sem a qual, ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14). Apresentemos nossos “corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,” (Romanos 12:1). Não nos conformemos “com este mundo,” (Romanos 12:2). Não sejamos vagarosos no cuidado com os outros (Romanos 12:11). Partilhemos com os outros nas suas necessidades (Romanos 12:13). Não tornemos o mal com o mal (Romanos 12:17). Sempre que depender de nós, tenhamos paz com todos os homens (Romanos 12:18).

Talvez o ano que passou tenha sido um “ano de Acaz” para você. Sua expectativa para o próximo ano não é das melhores. Ouça, depois de Acaz, Deus levantou Ezequias. Sei em meu coração que o Nosso Deus transforma o mal em bem (Gênesis 50:20). Então, abra a sua vida, desperte para o próximo ano, pois Deus deseja presentear você com um “ano de Ezequias”.

Em Cristo, servindo os irmãos.

O SÁBADO É UMA PESSOA

Muito se discute acerca do sábado. Uma grande variedade de textos bíblicos são mencionados com o objetivo de justificar determinado ponto de vista. Sábado (gr. sabbaton) significa repouso, cessação, descanso. A Bíblia diz em Colossenses 1:16-17, que "ninguém vos julgue ... por causa dos dias de festa, ... ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo". Não pretendo alimentar a discussão acerca do sábado. Particularmente penso que não devemos ficar em discussões acerca do sábado. No entanto, em meu espírito vem o encargo de anunciar a seguinte percepção: A realidade do sábado está escrita em Mateus 11:28-29. Jesus disse: "Vinde a mim ... e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis DESCANSO para a vossa alma." O sábado irmãos, de acordo com esta percepção pessoal, não é um dia ... é uma pessoa: CRISTO JESUS!
Maravilhoso, maravilhoso!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A EVOLUÇÃO DE UMA VIDA


Esta mensagem foi liberada pelo autor deste blog no dia 20 de setembro de 2009, na SGAS Quadra 915.


TEXTO: Gênesis 45.4-10 e 25-46.1-5.

TEMA: A EVOLUÇÃO DE UMA VIDA


“Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito. Apressai-vos, subi a meu pai e dizei-lhe: Assim manda dizer teu filho José: Deus me pôs por senhor em toda terra do Egito; desce a mim, não te demores. Habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu, teus filhos, os filhos de teus filhos, os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens.” [Gênesis 45:4-10]


“Então, subiram do Egito, e vieram à terra de Canaã, a Jacó, seu pai, e lhe disseram: José ainda vive e é governador de toda a terra do Egito. Com isto, o coração lhe ficou como sem palpitar, porque não lhes deu crédito. Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras que José lhes falara, e vendo Jacó, seu pai, os carros que José enviara para levá-lo, reviveu-se-lhe o espírito. E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu morra.” [Gênesis 45:25-28]


“Partiu, pois, Israel com tudo o que possuía, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaque, seu pai. Falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação. Eu descerei contigo para o Egito e te farei tornar a subir, certamente. A mão de José fechará os teus olhos. Então, se levantou Jacó de Berseba; e os filhos de Israel levaram Jacó, seu pai, e seus filhinhos, e as suas mulheres nos carros que Faraó enviara para o levar.” [Gênesis 46:1-5]


INTRODUÇÃO: Domingo passado falamos sobre a renovação de uma vida. Nosso fundamento foi a vida de Moisés. Hoje falaremos sobre a evolução de uma vida. Nosso fundamento será a vida de Jacó.


A história de Jacó está associada ao uso de, pelo menos, três nomes:


1. O PRIMEIRO NOME está registrado em Gênesis 25.26 – Este foi o nome dado a Jacó quando do seu nascimento.


2. O SEGUNDO NOME está registrado em Gênesis 27.18-19 – Este foi o nome utilizado por Jacó quando ele enganou o seu pai por ocasião da bênção que Isaque daria a Esaú. Jacó, aproveitando-se da deficiência visual de seu pai, disse que era Esaú. Dessa forma, ele obteve a bênção proferida por Isaque.


3. O TERCEIRO NOME está registrado em Gênesis 32.24-28 – Após o encontro seu com Deus, no vau de Jaboque, Jacó recebeu um novo nome: Israel.


Outra importante curiosidade com relação à vida de Jacó está registrada em Gênesis 27.19-36 e em Gênesis 37.31-33. De acordo com estes textos, Jacó enganou seu pai usando as vestes do seu irmão e uma cabra morta. Posteriormente, o próprio Jacó seria enganado por seus filhos que lhe apresentam as vestes de José e o sangue de um cabrito morto.


Ditas estas coisas iniciais, entremos na vida de Jacó – um dos personagens bíblicos que experimentou uma grande evolução em sua vida. Inicialmente enfocaremos a divisão na vida de Jacó.


A DIVISÃO DA VIDA DE JACÓ


A vida de Jacó pode ser dividida em três períodos distintos.


Um período em que ele praticara trapaças

Um período em que suportara trapaças

Um período de grande despojamento


Ao final de cada período Jacó evolui em sua vida aprendendo novos valores espirituais


PRIMEIRO PERÍODO: TRAPAÇAS E ENGANOS PRODUZIDOS POR ELE.


a) Lutava com o irmão desde o ventre da mãe (Gn. 25:22);

b) Provocava desavenças entre os seus pais (Gn. 25:27-28);

c) Aproveitava a fragilidade de seu irmão para levar vantagem (Gn. 25:30-31);

d) Enganou o pai para obter uma bênção (Gn. 27:23);

e) Tornou-se um fugitivo pois seu irmão Esaú passou ter o desejo mortal de matá-lo (Gn. 27:41).


Como podemos ver, neste primeiro período de vida, Jacó era um homem extremamente aprisionado às coisas materiais. Sua vida era a terra. Jacó era um homem rasteiro. Ao final deste período, Jacó tornou-se um fugitivo. Nesta época Jacó morava em Berseba. É sempre assim amados irmãos. Quando nos apegamos às coisas terrenas, tornamo-nos fugitivos. No entanto, durante esta fuga, Jacó, deixando para trás a cidade de Berseba, experimentou um poderoso encontro com Deus em Betel. Como consequência deste encontro, Jacó aprendeu uma importante lição:


A PRIMEIRA LIÇÃO APRENDIDA: JACÓ APRENDE A SONHAR COM O CÉU – Gênesis 28.12-17


“E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido. Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus. “ [Gênesis 28:12-17]


SEGUNDO PERÍODO DE SUA VIDA: TRAPAÇAS E ENGANOS PRODUZIDOS POR SEU SOGRO.


a) trabalhou 7 anos por Raquel, mas casou-se com Lia (Gn. 29:18-20);

b) trabalhou mais 7 anos por Raquel (Gn. 29:27);

c) trabalhou para Labão por 6 anos numa sociedade profundamente desigual (Gn. 31:41);


Durante o período em que trabalhou para e com Labão, Jacó foi vítima das trapaças e enganos do seu sogro. Como podemos ver, nesse segundo período, Jacó já estava experimentando uma evolução em sua vida. Ele passou a trabalhar para conquistar o que era seu. Jacó não mais se utilizava de trapaças e enganos. No entanto, ele sofria com as trapaças de Labão, seu sogro. Ao final destes dias Jacó começou a retornar para a sua terra natal. Mas ele não fez isso como um fugitivo. Ele o fez obedecendo à ordem divina, pois Deus, em sonho falou com Jacó: “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.” [Gênesis 31.13]No entanto, Neste retorno, Jacó precisaria resolver um problema sério com seu irmão Esaú. E isto lhe causava temor. Conforme Gênesis 32.9-11, Jacó ora a Deus pedindo um livramento das mãos de Esaú: “E o Anjo de Deus me disse em sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui! Ele continuou: Levanta agora os olhos e vê que todos os machos que cobrem o rebanho são listados, salpicados e malhados, porque vejo tudo o que Labão te está fazendo. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.” [Gênesis 31:11-13].


Quando Jacó obedece à ordem de Deus e começa a retornar para a sua terra natal, ele tem um novo encontro com Deus, desta vez, no vau de Jaboque. Como conseqüência deste encontro com Deus, Jacó aprende mais uma importante lição:


A SEGUNDA LIÇÃO APRENDIDA: JACÓ APRENDE A SUPLICAR A BÊNÇÃO DE DEUS – Gênesis 32:26-31


“Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa." [Gênesis 32:26-31]


TERCEIRO PERÍODO DE SUA VIDA: O GRANDE DESPOJAMENTO


a) perdeu sua mulher, Raquel (Gn. 35:16-20);

b) perdeu seu filho José (Gn. 37:31-35);

c) ameaça de perder seu filho Benjamim (Gn. 42:4 e 34);


Como podemos ver, neste terceiro período de vida, Jacó aprende a suportar o despojamento. Tudo o que lhe era mais caro começa a ser arrancado de suas mãos. Jacó fica só, tendo apenas Deus como único apego.


No entanto, ao final deste período, Jacó recebe a notícia de que seu filho José estava vivo. Ele parece esquecer-se de tudo o que aprendeu durante o período de despojamento. Então, Ele toma a seguinte decisão: “Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu morra.” Seu filho é muito importante. Ele tem pressa! O tempo urge! Então ele decide correr para se encontrar com seu filho antes que morra. No entanto, Deus não é consultado. Seria da vontade de Deus retornar para o Egito? José seria tão importante para Jacó a ponto de fazê-lo correr para o Egito? Mas no caminho, o novo Jacó se revela. Ele então decide parar em Berseba. Berseba foi o lugar onde Jacó começou sua jornada como fugitivo. Berseba produz em Jacó as mais profundas lembranças com respeito à sua vida. Quando ele se recorda de tudo, ele decide oferecer um sacrifício ao Senhor. Amados, existem momentos em nossa vida em que devemos parar um pouco e oferecer sacrifícios ao Deus da nossa vida. Pois Ele nos dará o esclarecimento necessário para tomarmos decisões seguras. Jacó então aprendeu uma última lição nesta fase de evolução da sua vida.


A TERCEIRA LIÇÃO APRENDIDA: JACÓ APRENDE A SER GUIADO POR DEUS – Gênesis 45.25-46.4


“Então, subiram do Egito, e vieram à terra de Canaã, a Jacó, seu pai, e lhe disseram: José ainda vive e é governador de toda a terra do Egito. Com isto, o coração lhe ficou como sem palpitar, porque não lhes deu crédito. Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras que José lhes falara, e vendo Jacó, seu pai, os carros que José enviara para levá-lo, reviveu-se-lhe o espírito. E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José; irei e o verei antes que eu morra. Partiu, pois, Israel com tudo o que possuía, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaque, seu pai. Falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer para o Egito, porque lá eu farei de ti uma grande nação. Eu descerei contigo para o Egito e te farei tornar a subir, certamente. A mão de José fechará os teus olhos." [Gênesis 45:25-46:4]


Um fato muito importante na vida de Jacó merece destaque aqui. Quando ele encontrou-se com Esaú, Jacó foi alcançado pela bênção de Deus. Os irmãos se perdoaram e Jacó permaneceu vivo. Isto foi tão marcante em sua vida que Jacó, ao ver o semblante do seu irmão, expressou uma das mais importantes porções da Palavra de Deus: “Vi a sua face como se tivesse visto a face de Deus”!


VER A FACE DE DEUS NA VIDA DE NOSSOS IRMÃOS


Gênesis 33.10
A. M. Cunha

sábado, 29 de agosto de 2009

UMA VERSÃO DO SALMO 23

Esta versão do Salmo 23 foi extraída de uma série de 12 mensagens liberadas pelo autor em 2004, com o tema: "Vivendo a vida cristã". Nesta série de mensagens, o autor abordou assuntos muito importantes para a vida da igreja, tais como: mutualidade e apascentar, dando um enfoque especial acerca das marcas do genuímo apascentar.


UMA VERSÃO DO SALMO 23


“O Senhor apascenta a minha vida de várias maneiras; nada me falta. Ele me dá descanso quando me apego à Sua Palavra e vivo em comunhão com o Seu Espírito. Ele me justifica e me ensina a caminhar em retidão para glorificar o Seu nome. Ele está sempre presente comigo protegendo-me do mal, corrigindo-me quando erro e fazendo com que eu viva junto dos meus irmãos. Por isso não tenho medo quando enfrento momentos difíceis. Ele prepara um banquete onde eu sou convidado de honra e desfaz a vergonha que o inimigo preparou para mim. Ele me capacita para cumprir a minha missão no seu Reino, como profeta e sacerdote. Ele me faz marcar as pessoas que vivem ao meu redor com a vida que Ele colocou dentro de mim. É maravilhosa a forma com que o Senhor me apascenta! Tenho certeza de que a Sua bondade e a Sua misericórdia estarão sempre comigo! Por tudo isso, eu desejo ficar com Ele para sempre e jamais abandonar a Sua casa.”

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A ORAÇÃO DOS FILHOS


“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”.
Mateus 6.9-13

O texto de Mateus 6.9-13 tem sido conhecido com “A oração do Pai Nosso”. De acordo com Mateus 5.1, o Senhor Jesus subiu ao monte e, assentando-se, começou a ensinar os seus discípulos. A oração, conhecida como “O Pai Nosso”, encontra-se inserida neste contexto. Assim, melhor seria chamá-la de “A oração dos discípulos” ou, considerando que os discípulos são filhos de Deus, chamá-la de “A oração dos Filhos”. O Senhor Jesus ensina seus discípulos a orarem ao único Deus e Pai de todos (Efésios 4.6).

“A oração dos Filhos” encontra-se estruturada em duas partes principais: uma vinculada a Deus e a outra vinculada aos homens. Assim é a nossa vida: de um lado, somos peregrinos nesta terra - vinculados a Deus (Salmo 119.19) e de outro, somos luz do mundo e sal da terra - vinculados aos homens (Mateus 5.13-14).

Como peregrinos, sabendo que nossa pátria não é aqui e confessando que somos estrangeiros na terra, manifestamos nossa procura por uma pátria celestial (Hebreus 11.13-16). Como luz do mundo e sal da terra, vivemos neste mundo manifestando uma singular marca espiritual, qual seja, o bom perfume de Cristo (II Coríntios 2.14-16). Como peregrinos estamos vinculados a Deus e como luz do mundo e sal da terra, estamos vinculados aos homens.

Esta oração é a oração da nossa vida. Na parte em que estamos vinculados a Deus, “A Oração dos Filhos” apresenta três súplicas importantes: 1) Santificado seja o nome do Pai; 2) Venha o Reino do Pai; e 3) Prevaleça a vontade do Pai.

Na parte em que estamos vinculados aos homens, “A Oração dos Filhos” apresenta, igualmente, três súplicas: 1) Dá-nos o pão de cada dia; 2) Perdoa as nossas ofensas; e 3) não nos deixes cair em tentação. Nesta parte, a oração afasta a individualismo próprio da humanidade. Observe que não se ensina a pedir o pão para um, o perdão para um e a libertação da tentação para um. O pedido é plural, inclui outras pessoas. Na parte em que nos vincula aos homens, a oração nos libera do egoísmo, do individualismo e nos estimula a chorar com os que choram, a ter o mesmo sentimento uns para com os outros (Romanos 12.15-16).

A estrutura da “Oração dos Filhos” pode ser resumida na síntese que Jesus fez dos mandamentos: 1) “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.”, e 2) “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12.28-34). “A Oração dos Filhos” é a oração do amor a Deus e ao próximo.

Que Deus nos ajude a incluir em nossas orações as petições voltadas para o Seu Reino e para os homens. Que sejamos livres que nos aprisionarmos nas orações egoístas e individualistas e que possamos contemplar o Reino de Deus e os destinatários deste Reino.

A. M. Cunha

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A RESSURREIÇÃO E AS SUAS EMOÇÕES

Este poema está baseado no texto do Evangelho de João 20:19-22, e retrata o momento em que Jesus, após a Sua ressurreição, aparece a alguns dos Seus apóstolos. Como autor do poema, coloquei-me como quem estivesse naquele recinto.


A RESSURREIÇÃO E AS SUAS EMOÇÕES  


Aquele dia era noite, havia um pranto incomum:

O meu Mestre enclausurado no sepulcro de um jardim.

E eu cá bem escondido, bem trancado e muito aflito,

prisioneiro do meu medo, algemado e em pavor.

No secreto desta casa, no cantinho aqui do nada,

ouço a voz que afugenta o coração da minha fé.

 

Este dia já se finda e a esperança já se vai,

foge sem nenhum remorso e abandona a minha fé.

Embora morno em minha crença, eis que surge em raio a luz.

Ela chega bem teimosa no aposento da aflição,

e em seu brilho a luz me encanta, com seu cheiro faz surgir

o perfume bem suave que reforça a minha fé.

 

Curioso e pela fresta, vejo a fonte dessa luz.

E com surpresa vejo a cena: o sol se cai sem medo algum!

Ele voa bem faceiro, em seu voo beija o pó.

Mas ainda encontra tempo pra dar cor ao horizonte,

num cenário colorido, antes de sumir no chão.

 

O sol, mas que estranho! Corre para a escuridão.

O ocaso, a penumbra, torna-se do sol a tumba.

Sem receio e sem temor, o sol se lança noite a dentro,

pois está certo e acredita que amanhã ressurgirá,

aguerrido e muito alegre com o seu brilho matinal.

 

Mas de repente um brilho surge, é luz maior, mais eternal.

Ela brota sorrateira no aposento bem fechado:

Sem a cruz e sem a tumba, é meu Cristo que aparece!

Fulgurante e majestoso é sol que beija o amanhecer.

Quem está fora só vê trevas, quem está dentro só vê luz!

 

O que está fora não me atrai, já não seduz meu coração.

Já não olho lá pra fora, pois aqui dentro é meu chão!

É paz que fica, é paz que chega de mãos dadas com a alegria,

enquanto a noite engole o sol, o meu Cristo aqui aflora.

Já não sou mais um prisioneiro do meu medo e do pavor.

E nesta casa bem fechada, sopra um vento sobre mim,

que consome os meus temores: É o sopro do Senhor!

 Arisvaldo M. Cunha

A. M. Cunha

 

 TEXTO BASE PARA O POEMA

 “Ao cair da tarde daquele dia o primeiro da semana trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”

João 20:19-22

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A PARABOLA DO BOM SAMARITANO


O ENCONTRO MAIS PODEROSO DA VIDA
Lucas 10.30-35

Mensagem liberada aos irmãos em 06/07/2003

Lendo e desfrutando do texto:
a) Lucas 10.30 – A decisão de ir para Jericó é uma descida
b) Lucas 10.30 – Um homem destruído porque desceu para Jericó
c) Lucas 10.33 – O mais poderoso encontro da vida
d) Lucas 10.34 – Um encontro para a cura das feridas
e) Lucas 10.34 – Um encontro que conduz à hospedaria: Uma figura da igreja
f) Lucas 10.35 – O tratamento do dia seguinte

O texto que lemos fala de (02) duas cidades. Estas duas cidades sempre estarão diante de nós. Jerusalém era o centro da religiosidade da época, por isso, representa uma vida de comunhão com Deus (adoração, serviço, entrega, comunhão, etc.). Jericó, conforme Js 6:26, estava debaixo de maldição, por isso, representa uma vida afastada do Senhor (frieza, rebeldia, desobediência, divisão, contendas, etc.). Este texto possui (03) três seções, cada uma revelando uma poderosa lição para a nossa vida espiritual. Quais são as lições que podemos extrair destas (03) três seções?

I) O PERIGO DE ABANDONAR O LUGAR ADEQUADO (Lc 10:30-32) – “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó”.

Aquele homem deixou Jerusalém e foi para Jericó. Esta trajetória é chamada pela Bíblia de “descida”. Ir para Jericó nunca é uma subida. Este caminho de descida levou aquele homem a se encontrar com SALTEADORES. Quais foram as conseqüências deste encontro com os salteadores (Lc 10:30)? a) A riqueza daquele homem foi roubada; b) O vigor daquele homem foi roubado; c) Aquele homem foi abandonado (é o sentimento de solidão que invade a vida daqueles que descem para Jericó). Aquele homem, antes, andava, agora, não anda mais. QUE DESTRUIÇÃO! Aquele homem foi abandonado pela religião. QUE SOFRIMENTO! Tudo isso em conseqüência de uma decisão errada. Não devemos abandonar o lugar adequado.

PARA PENSAR: Não abandonemos o lugar adequado. Jerusalém é um lugar para permanecermos.

II) O MAIS PODEROSO ENCONTRO DA VIDA (Lc 10:33-34) – “Certo samaritano, vendo-o, compadeceu-se dele” .

Qual era o quadro da vida daquele homem? Abandonado, ferido, sem riqueza, solitário. Isto tudo aponta para MORTE. Este homem tinha apenas um destino em sua vida: A MORTE.
O versículo 33 é maravilhoso! Este versículo revela o seguinte: UMA PODEROSA MUDANÇA NA VIDA DAQUELE HOMEM! É possível mudar? Sim! Jesus é o mais poderoso encontro da vida! Aleluia! Este encontro mudou a vida daquele homem! Quais foram as conseqüências deste poderoso encontro?

a) O tratamento dos ferimentos;

b) O subjugar da vontade (Aquele homem chegou até ali com a sua própria força. Mas agora, como ele estava saindo dali? Ele foi conduzido pela vontade do samaritano – O que isto revela? Revela que ele teve a sua vontade subjugada – Deixa o Senhor subjugar a sua vontade).

c) O preparo de um local (Aquele homem foi conduzido para uma hospedaria, um lugar especial de cura: a Igreja.

PARA PRATICAR: O Senhor Jesus é o mais poderoso encontro da vida! Encontre-se com Ele todos os dias.

III) O TRATAMENTO DO DIA SEGUINTE (Lc 10:35) – “entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem”.

O bom samaritano não abandonou aquele homem. Jesus não abandona você! Ele cuida de você! Trata as feridas! Governa a sua vontade! Prepara um local para você! Ouça: Ele não apenas prepara um lugar - Ele prepara pessoas para cuidarem de você. O que envolve este tratamento do dia seguinte:

a) Uma pessoa para cuidar daquele homem – é seu direito ser cuidado! Você foi roubado? Abandonado? Ferido? Então, eu tenho uma boa notícia para você: é seu direito ser cuidado! Você pode se aproximar de seu irmão e dizer: “Meu irmão, você é pago para cuidar de mim. Então, eu me aproximo de ti para ser cuidado, amparado, protegido. Na hospedaria não pode haver a DOR PERSISTENTE. Quando estiver doendo, grite, suplique, peça. O Senhor tem hospedeiros para cuidar de você! Aleluia!;

b) O hospedeiro foi pago – Você é pago com pagamento celestial, então, cuide de seu irmão! Dois denários são suficientes para o pagamento de dois dias de trabalho. Aquele homem foi cuidado pelo samaritano por (01) um dia e pelo hospedeiro, por (02) dois dias. Total: (03) Três dias. Três é o número da ressurreição (Jesus ressuscitou ao terceiro dia). Este é o salário da ressurreição. O que é ressurreição? É a vitória sobre a morte! Amém! Somos pagos para vencermos a morte na vida de nosso irmão!

ORAÇÃO: Senhor, ajuda-me a cumprir a minha função para o tratamento do dia seguinte. Desejo vencer a morte na vida de meus irmãos! Desejo viver uma vida de ressurreição juntamente com meus irmãos! Amém

Amém.

A. M. Cunha