terça-feira, 20 de novembro de 2012

MAIS DO QUE VENCEDORES


É comum ouvirmos a frase “somos mais do que vencedores” sem estabelecermos qualquer conexão com ao contexto em que tal porção bíblica está inserida. Não raro as pessoas esquecem-se do que Paulo nos diz: “Mas em todas estas coisas”.

O apóstolo Paulo em Romanos 8:37 nos diz: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” Uma pergunta torna-se urgente e necessária: Quais são “estas coisas” a que o apóstolo se referia? A resposta pode surpreender alguns, mas esta é a resposta bíblica: Estas coisas são: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada, ser entregue à morte todo o dia e ser visto como ovelhas que seguem para o matadouro.

Estas são as coisas a que Paulo se referia. Somos mais do que vencedores nestas coisas, pois é isso o que nos diz o texto bíblico: “em todas estas coisas”! Como entender tão preciosa porção das Escrituras? Estas coisas cooperam para o nosso bem (Romanos 8:28), não porque o Senhor nos livrará delas ou nos dará coisas que, aos nossos olhos, são melhores do “estas coisas”. Deus pode fazer isto se desejar. Estas coisas cooperam para o nosso bem por nos tornam mais parecidos com o Nosso Amado Salvador Jesus Cristo! Não somos mais do que vencedores porque nos livraremos destas coisas, mas porque, nelas [no contexto destas coisas, ainda que elas estejam em sua fase mais aguda] Cristo é formado em nós (Gálatas 4:19). E é neste sentido que Paulo nos diz outra pérola do Espírito Santo: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Filipenses 4:13. Que “todas as coisas” são estas? Bem, deixo com vocês o desafio de descobri-las nas vibrantes páginas das Escrituras. Um grande abraço a todos os irmãos.

A. M. Cunha

terça-feira, 26 de junho de 2012

PRECISAMOS DE RESTAURAÇÃO



7 Restaurarei a sorte de Judá e de Israel e os edificarei como no princípio. 8 Purificá-los-ei de toda a sua iniqüidade com que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas iniqüidades com que pecaram e transgrediram contra mim. 9Jerusalém me servirá por nome, por louvor e glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; espantar-se-ão e tremerão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou. 10 Assim diz o Senhor: Neste lugar, que vós dizeis que está deserto, sem homens nem animais, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvirá 11 a voz de júbilo e de alegria, e a voz de noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam: Rendei graças ao Senhor dos Exércitos, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre; e dos que trazem ofertas de ações de graças à Casa do Senhor; porque restaurarei a sorte da terra como no princípio, diz o Senhor.”
Jeremias 33:7-11

Que maravilhosa promessa do Senhor para o Seu povo. Ele anuncia uma edificação. No entanto, esta edificação passa necessariamente por uma purificação (v. 8) e pelo perdão (v. 8). Tal anuncia também é prometido em I João 1:9, quando o apóstolo nos diz que: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” A confissão é um caminho percorrido somente por aquele que reconhece o seu pecado. Portanto, a confissão é uma porta que nos dá acesso à purificação e ao perdão. O perdão, em palavras resumidas, cancela os efeitos malígnos do pecado sobre nós e a purificação, por sua vez, é atribuição de uma disposição espritual interior para não nos tornarmos escravos do pecado. O perdão é um olhar para trás (apagando apagando os pecados cometidos) e a purificação é um olhar para frente, destinando-se ao esmagamento de nossa condição interior voltada para o pecado.
A promessa divina conduz-nos a uma visão de esperança
Neste lugar, que vós dizeis que está deserto (...) ainda se ouvirá a voz de júbilo e de alegria (v. 10 – 11). Haverá cântico de ações de graça pela bondade e misericórdia do Senhor que serão novamente palpáveis na vida do povo de Deus (v. 11). Haverá o cântico dos que trazem ofertas de gratidão, pois o Senhor restaurará a vida do povo aos padrões divinamente estabelecidos no Seu coração paternal.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O POVO DE DEUS SERÁ NOVAMENTE CONGREGADO

10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho. 11 Porque o Senhor redimiu a Jacó e o livrou da mão do que era mais forte do que ele. 12 Hão de vir e exultar na altura de Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor, do cereal, do vinho, do azeite, dos cordeiros e dos bezerros; a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais desfalecerão. 13 Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza. 14 Saciarei de gordura a alma dos sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o Senhor.”
Jeremias 31:10-14

Aquele que espalhou tem a missão de congregar e guardar. Note a singularidade destas expressões:

1. Congregar, do hebraico קבץ (qabats) que significa literalmente: reunir, juntar, coletar;
2. Guardar, do hebraico  שמר (shamar) que significa literalmente: vigiar, observar, prestar atenção, manter vigilância e custódia, proteger, salvar a vida.

Assim, o versículo 10 nos apresenta a seguinte premissa: Aquele que espalhou, tem a incumbência de congregar e guardar o povo. A referência ou modelo de conduta é o mesmo usado pelo pastor para congregar e guardar o seu rebanho.
A base para esta obra de ajuntamento e proteção é a redenção e o livramento concedidos pelo Senhor. Desta forma, todo o povo é chamado a contemplar a obra da restauração – Tal conclusão é extraída no texto contido no versículo 11.
As consequências desta dupla obra, “congregar e guardar”, podem ser vislumbradas nos versículos de 12 a 14, a saber:

[1] A alegria retornará para o povo, em sua totalidade (jovens e velhos). Como diz o texto, esta alegria será radiante (v. 12 e 13);
[2] Uma onda de transformação virá sobre o pranto e a tristeza, de modo que eles serão transformados em júbilo e alegria, respectivamente (v. 13);
[3] Um vigoroso consolo atingirá a alma da liderança (v. 14); e
[4] Traços visíveis da bondade do Senhor serão vistos no meio do povo (v. 14).

Não se pode perder de vista o seguinte: Aquele que dispersou é o mesmo que deve promover a dupla obra de ajuntamento e proteção.

A. M. Cunha

quinta-feira, 19 de abril de 2012

COISAS BOAS E COISAS MÁS

O universo interior dos pensamentos e indagações de muitos cristãos tem sido exaustivamente dedicado à angustiante tentativa de descobrir por que coisas boas ou coisas ruins acontecem. Esta não é a melhor forma de exercitarmos tão grandioso universo que Deus colocou em nosso interior. O homem não conseguirá compreender a razão para tais acontecimentos. Caso o cristão insista nesta inócua tarefa, caminhará velozmente para longe de um foco muito superior. Nas palavras de Agostinho de Hipona, o foco superior é aquele quais permite "procurar as coisas boas que caracterizam o homem bom e manter distância das coisas ruins que caracterizam os homens maus."

Extraído e adaptado do livro de James Bryam Smith, "O maravilhoso e bom Deus".

terça-feira, 17 de abril de 2012

RETABERNACULAÇÃO


João 1:14 nos diz que “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”. O verbo “habitou” vem de uma palavra grega cujo sentido literal é tabernacular. Cristo, nos dias de Sua carne, habitou entre nós, ou seja, tabernaculou. A presente era, também denominada de era do Espírito, é caracterizada pela seguinte perspectiva bíblica: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14: 23). Assim, o Pai e o Filho, na unção do Espírito Santo fazem morada em nós. Isto quer dizer que temos uma nova habitação, ou seja, é a segunda habitação. A primeira foi Cristo no Seu corpo físico. A segunda é a trindade na igreja, ou seja, em nós. Sendo uma nova habitação, ou seja, um novo tabernáculo ... temos uma “retabernaculação”. No entanto, qual é a essência disso? Na primeira tabernaculação, o Verbo fez-se carne. Ou seja, a Palavra de Deus foi expressa em Cristo, sendo ele mesmo a Palavra! Mas agora, o desejo de Deus é que esta mesma Palavra habite em nós pelo Espírito. É uma nova tabernaculação da Palavra de Deus, desta vez, em nós! Porém, esta Palavra precisa ser verdadeiramente incorporada no viver diário dos cristãos. A retabernaculação é uma chamada de Deus para que os cristãos vivam a vida cristã em todos os lugares. Não é apenas um viver no templo, mas é fazer de nossa vida um templo vivo, diário, que vividamente expressa cristo no lar, no trabalho, nas ruas, em todos os lugares. O Senhor Jesus Cristo viveu mais intensamente a vida cristã nas casas, nas ruas e nos desertos do que nos templos e sinagogas. As narrativas dEle no templo e nas sinagogas são pequenas se comparadas com as Suas narrativas nas ruas, nas casas e nos desertos, etc. Não podemos restringir a vida cristã às nossas reuniões no templo. Esta vida precisa ser expandida para todos os lugares! Isto é urgente! Isto é a renovação da chamada divina para nós! A redescoberta da “retabernaculação”!

A. M. Cunha

sábado, 14 de abril de 2012

LUZ E TREVAS


Que súplica maravilhosa está registrada em II Samuel 22:29 – “Tu, Senhor, és a minha lâmpada; o Senhor derrama luz nas minhas trevas.”! Trevas e Luz, desde o início o Senhor fez esta separação. Diz-nos a Palavra de Deus: “E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” [Gênesis 1:4]. Notemos que quem fez a separação foi Deus e não o homem, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;” [Jeremias 17:9]. O homem não pode, por sua própria força, realizar esta separação, pois, como poderia o homem confiar no seu próprio coração para separar a luz das trevas? Mas nós temos uma saída gloriosa: A Palavra de Deus! A Bíblia afirma o seguinte: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” [Salmos 119:105]. No entanto, a grande pergunta que devemos fazer é a seguinte: Com que frequência temos lido a Palavra de Deus? Se não temos lido a Palavra, isto significa que temos pouca luz. E sem a luz, estamos entregues às trevas, ainda que pensemos que andamos na luz. Como está a nossa comunhão com as pessoas? Ela está se rompendo? Vejamos mais esta recomendação da Palavra de Deus: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros.” [I João 1:7]. Se a nossa comunhão com as pessoas está se rompendo, isto pode ser um indício de que estamos perigosamente vivendo nas trevas. Se constatarmos que as trevas chegaram em nossa vida, precisamos clamar: “Senhor, derrama luz nas minhas trevas.”. Clamemos irmãos, aguardando com esperança a doce voz de nosso Deus ecoar, dizendo: Haja luz! E a luz surgirá! [Gênesis 1:3].
A. M. Cunha