terça-feira, 30 de dezembro de 2014

(26) Conexões bíblicas – Filho meu, dá-me o teu coração.

Comentário
Num dos livros da poesia bíblica, o pai suplica ao filho que lhe dê algo: o seu coração (Provérbios 23:26). Este pedido é um vislumbre do pedido que Deus faz aos Seus filhos. Entre tantas ofertas possíveis de serem entregues ao Supremo Criador, Ele, figuradamente, ergue a Sua voz para solicitar o coração humano!
Como pode o coração ser útil como oferta ao Senhor? A Escritura afirma o enganoso caráter do coração, bem como sua acentuada tendência à corrupção (Jeremias 17:9). O diagnóstico de Cristo a seu respeito não é diferente. Ele afirma que “de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”  (Marcos 7:21-23).
No entanto, nada escapa ao poder transformador de Deus, nem mesmo o coração! O profeta Ezequiel nos oferece um vislumbre da transformação a que pode ser submetido o coração ao afirmar o seguinte: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo” (Ezequiel 36:26). Uma vez transformado, o coração torna o homem bom. Noutro giro, sem experimentar tal transformação o coração revela quão mau é o homem que o possui. Esta diferenciação fica evidente nas seguintes palavras de Jesus: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Lucas 6:45).
Por que o Senhor solicita que lhe ofertemos o nosso coração? É porque em suas mãos o coração será bem conduzido. Diz-nos a Escritura: “Ora, o Senhor conduza o vosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo.” (II Tessalonicenses 3:5)! O coração em Cristo tem uma jornada feliz e segura: Ele é conduzido ao amor de Deus e à constância de Cristo!

Textos conexos
“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.”
Provérbios 23:26

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”
Jeremias 17:9

“Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.”
Ezequiel 36:26-27

“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.”
Lucas 6:45

“Ora, o Senhor conduza o vosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo.”
II Tessalonicenses 3:5

“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”
Marcos 7:21-23
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.30giorni.it/articoli_id_710_l6.htm.

(2) Crescimento em graça – Quem confia em Deus frequentemente clama a Ele.

“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.(Lucas 2:52).

Ensinamento
Quando mantemos firme o propósito de verdadeiramente confiarmos em Deus somos introduzidos numa atmosfera de paz. O Senhor detém o poder de conservar a nossa alma neste estado de paz. A Escritura demonstra que todo aquele que teme o Senhor adquire a aptidão de confiar nele (Salmo 115:11). A confiança no Senhor é fruto da percepção de que Ele é amparo e escudo (Salmo 115:11). É impressionante como torna-se espiritualmente estável todo aquele que confia no Senhor! Disto nos dá conta o Salmo 125:1 que nos diz: “Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre”.
Como saber se confiamos em Deus? Os versículos 4 e 5 do Salmo 22 nos oferece uma importante sinalização a este respeito, ao revelarem o seguinte: “Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste. A ti clamaram e se livraram; confiaram em ti e não foram confundidos.”. O versículo 4 conecta a confiança ao livramento, ao passo que o versículo 5 faz uma conexão entre o clamor e o livramento. A isto chamamos de paralelismo da poesia hebraica. Isto nos autoriza a afirmar o seguinte: Quem confia clama para aquele que é alvo de sua confiança, porque sabe que nele obterá livramento. De uma forma resumida, sabemos que confiamos em Deus quando constantemente a Ele clamamos, sabendo que somente nele teremos o livramento. Para saber se confiamos em Deus, devemos responder à seguinte pergunta: A quem recorremos com frequência quando enfrentamos momentos de dificuldade? A resposta indicará se confiamos em Deus ou na força do homem.

Desafios espirituais

1) Assuma o compromisso de recorrer a Deus antes de tomar qualquer decisão. Adquira o hábito de orar com frequência pedindo a ajuda de Deus para cada situação que você enfrentar no seu dia;
2)  Localize o maior número de textos bíblicos que falem sobre confiança em Deus. Leia-os atentamente e procure descobrir o maior número possível de princípios espirituais sobre a confiança em Deus.

Texto bíblico
“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
Isaías 26:3
A. M. Cunha

Gravura extraída de: https://www.tumblr.com/search/prostrado.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

(1) Crescimento em graça – Introdução aos passos para crescimento espiritual.

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)

Ensinamento
Entre os vários aspectos de crescimento que Jesus experimentou, destacamos o seguinte: Ele crescia em graça diante de Deus.
Este aspecto do crescimento é importantíssimo, pois, de acordo com a Carta aos Hebreus, é pela graça que podemos servir a Deus de modo agradável.
Deixe-me reproduzir o texto de Hebreus 12:28, que nos diz o seguinte: “Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor;”.
Assim, a graça do Senhor Jesus potencializa a qualidade do nosso serviço espiritual. Eis a razão pela qual é importante crescer na graça.
O apóstolo Pedro, em sua segunda carta, ciente desta importância, nos dá a seguinte ordem: “antes, crescei na graça (...) de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (II Pedro 3:18).

Desafio espiritual
Desafio você a separar alguns minutos para oração. Sua súplica será por crescimento espiritual na graça de Jesus Cristo. Peça ao Espírito Santo que ilumine e guie pessoalmente os seus passos rumo ao crescimento na graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Textos bíblicos
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.
(Lucas 2:52)
“Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor;”
Hebreus 12:28
“antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.”
II Pedro 3:18
A. M. Cunha
Gravura extraída de:
Soundcloud:

(25) Conexões Bíblicas – A prática do perdão nos aproxima dos atos que, em sua essência, expressam aquilo que é divino.

Comentário
Abraço é uma palavra que carrega em si uma força especial. Ele pode significar uma despedida, uma gratidão, um consolo, uma felicitação ou uma evidência de perdão. Os seres humanos, quando praticam a ação de perdoar, aproximam-se dos atos que, em sua essência, expressam aquilo que é divino.
Jacó experimentou esse toque divino partindo de um ser humano. Um dos pontos marcantes de sua história foi a fuga que ele empreendeu porque seu irmão procurava matá-lo. O consolo de Esaú seria a morte de Jacó (Gênesis 27:42). Por ordem divina o reencontro dos dois tornou-se fato inevitável, pois Deus disse a Jacó: “levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela” (Gênesis 31:13). O temor dominou o coração de Jacó quando ele descobriu que não somente ele ia para Esaú, mas Esaú vinha para ele. Assim nos diz a narrativa bíblica: “também ele vem de caminho para se encontrar contigo, e quatrocentos homens com ele” (Gênesis 32:6). A reação de Jacó foi assim descrita: “Então, Jacó teve medo e se perturbou;” (Gênesis 32:7). Tal reação converteu-se na seguinte oração: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos” (Gênesis 32:11). O temor de Jacó não se concretizou, o ódio carregado de peçonha mortal não se materializou. Ao contrário,“Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.” (Gênesis 33:4). A conduta de Esaú para com Jacó veio com o cheiro do que é divino. A força do perdão dissipou todos os temores de Jacó com relação ao seu irmão. Jacó ao final disse a Esaú: “vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus” (Gênesis 33:10). De fato, a prática do perdão nos aproxima dos atos que, em sua essência, expressam aquilo que é divino. O perdão pertence ao Senhor (Daniel 9:9) e sua prática adestra o coração dos homens para temerem a Deus (Salmo 130:4).
O filho pródigo também experimentou a força do perdão. Após afastar-se voluntariamente da casa de seu pai e dissipar todos os seus bens como consequência de uma vida dissoluta (Lucas 15:13), o filho pródigo, reconhecendo o estado miserável que o acometeu, tomou a seguinte atitude: “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Gênesis 15:18). O reencontro entre os dois tornou-se inevitável. Reconhecendo sua indignidade de “ser chamado” filho, seu desejo era retornar ao ambiente da casa paternal, ainda que como um dos trabalhadores do seu pai (Lucas 15:19). O texto bíblico deixa evidente a força do perdão paterno ao dizer: “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (Lucas 15:20). Aquela visão paterna, aquela compaixão, aquela corrida, aquele abraço e aquele beijo vinham carregados com a força do perdão! Ao filho pródigo lhe bastava ser um trabalhador, mas o pai afirma a sua filiação ao dizer, não apenas para o filho, mas para todos: “porque este meu filho estava morto e reviveu (Lucas 15:24).

Textos conexos
“Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.
Gênesis 33:4

“E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
Lucas 15:20
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Return_of_the_Prodigal_Son_(Rembrandt).

domingo, 28 de dezembro de 2014

(24) Conexões Bíblicas – Andar com Deus fazendo-o conhecido.

Comentário
A Bíblia diz que Enoque andou com Deus. Este andar foi tão profundo que “Deus o tomou para si.” (Gênesis 5:24). Isto significa que Enoque foi transportado para a presença de Deus.
O Novo Testamento de que Filipe era um homem muito especial, pois ele também andava com Deus. Sua jornada era pautada por revelações do Espírito Santo que, à medida que caminhava, anunciava-lhe a coisas que haviam de acontecer. Cumpria-se assim, na vida de Filipe, a anúncio profético de Jesus: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.” (João 16:13). A Escritura nos apresenta o seguinte vislumbre deste “andar com Deus” na vida de Filipe:
1) Um ano lhe disse: “Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.” (Atos 8:26). Num ato de obediência, Filipe levantou-se e foi, pois sabia que o Espírito de Deus estava anunciando coisas que haviam de acontecer.
2) Quando chegou ao lugar indicado pelo anjo do Senhor, Filipe viu “um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes” (Atos 8:27). Ele nada fez, senão apenas observar, até que o Espírito Santo lhe disse: “Aproxima-te desse carro e acompanha-o” (Atos 8:29). Filipe, novamente num ato de obediência, correu, aproximando-se o suficiente para ouvir o que o eunuco estava lendo. Desta aproximação deu-se o transformador diálogo contido em Atos 8:30-38, em decorrência do qual o eunuco experimentou uma poderosa transformação em sua vida. A essência deste pode ser resumida na seguinte expressão “Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou- lhe a Jesus.” (Atos 8:35).
3) Após o diálogo e o batismo do eunuco, diz-nos a Escritura o seguinte: “Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.” (Atos 8:39). Milagrosamente Filipe fora transportado, por modo unicamente espiritual, para um lugar chamado Azoto, “e, passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia.” (Atos 8:40), continuando sua jornada espiritual.
Filipe era, portanto, um homem que andava com Deus. Por estar na presença de Deus, Deus o transportou de um lugar para outro, para que ele continuasse sua jornada espiritual de anunciar o reino de Deus.

Textos conexos
“Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.”
Gênesis 5:24
“Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.”
Atos 8:39
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.artehistoria.com/v2/obras/122.htm.

(23) Conexões Bíblicas – Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo

Comentário
A entrada do pecado no ambiente da humanidade causou rupturas profundas no relacionamento dos homens com Deus. Os homens tornaram-se fugitivos à procura de um lugar onde não seriam “incomodados” pela voz de Deus. De acordo com Gênesis 3:10, quando Deus tomou a iniciativa de buscar o homem, Adão disse o seguinte para Ele: “Ouvi a tua voz no jardim, e (...) e me escondi.”. O argumento humano para sua atitude de fuga foi “porque estava nu, tive medo, e me escondi” (Gênesis 3:10). Deus, então, providenciou a correção do estado de nudez de Adão e Eva, pois assim promoveria a remoção daquilo que dera origem ao medo com respeito à voz de Deus. Diz o texto sagrado que o Senhor Deus fez “vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3:21). Há um pressuposto de derramamento de sangue para que tal vestimenta pudesse ser feita.
Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo, verteu o Seu sangue para que, mediante a fé, a nossa nudez pudesse ser removida. Assim nos diz a Escritura do Novo Testamento com relação à conduta que devemos adotar com respeito ao nosso revestimento espiritual: “revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Romanos 13:14). Não nos revestimos de peles de animal, mas da pessoa de Jesus Cristo! A Escritura assim nos diz: “revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Romanos 13:14).

Textos conexos
“Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”
Gênesis 3:21

“mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.”
Romanos 13:14

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.panterafm.com.br/?p=159.

sábado, 27 de dezembro de 2014

(22) Conexões Bíblicas – O homem, em estado de pecado, foge quando ouve a voz de Deus!

Comentário
As árvores do jardim que foram dadas ao homem como alimento, exceto a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:16-17), agora, em decorrência do pecado, tornaram-se um inócuo esconderijo. Assim que pecaram contra o Senhor, Adão e Eva fugiram ao ouvir a voz de Deus. O texto bíblico nos diz que quando “ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus” (Gênesis 3:8). Não existe lugar de fuga para o pecador. O salmista já dizia: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Salmos 139:7). O que lhes causou tanto espanto, a ponto de desejarem um esconderijo? A voz do Senhor! A mesma voz que “é poderosa” e “cheia de majestade” (Salmo 29:4). O homem, em estado de pecado, foge quando ouve a voz de Deus!
João, quando estava prisioneiro “na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apocalipse 1:9), também ouviu a voz do Senhor. No entanto, sua reação foi diferente daquela adotada pelo primeiro casal. A Escritura nos apresenta o relato do próprio João quanto a este episódio: “Voltei-me para ver quem falava comigo” (Apocalipse 1:12). João não foge, não procura um esconderijo. Sua reação move-se na linha do seu desejo: “ver quem falava com ele”. A diferença fundamental entre João e o primeiro casal, quando da prática do pecado inicial, era a seguinte: João, por ter experimentado o novo nascimento, estava em Cristo, e “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5:17). Aquele que está em Cristo não foge quando ouve Sua voz!

Textos conexos
“Voltei-me para ver quem falava comigo”
Apocalipse 1:12

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”
Gênesis 3:8
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://blogs.odiario.com/dyaryodyumhebreu/2013/03/22/adao-e-evana-visao-judaica/

(21) Conexões Bíblicas – Jesus Cristo, o Cordeiro que não envelhece!

Comentário
Duas palavras significativas utilizadas pela Escritura são Cordeiro e serpente. A primeira tem sido utilizada, em muitos momentos, para referir-se a Jesus Cristo, ao passo que a segunda, noutras ocasiões, refere-se ao diabo.
Quando Abraão fora posto em prova, seu filho Isaque dirigiu-lhe um especial questionamento: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22:7). Em resposta, Abraão lhe disse: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22:8). Este cordeiro aponta para Cristo, tanto quanto o cordeiro da páscoa registrado em Êxodo 12:1-28, em relação à qual se diz “cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:3). João Batista foi o primeiro personagem do Novo Testamento a lançar luzes sobre a percepção de Jesus Cristo como o Cordeiro, ao afirmar: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). O livro de Apocalipse reforça esta ideia ao afirmar que este cordeiro foi morto e, por ter sido morto, tornou-se digno de “receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Apocalipse 5:12). O cordeiro é o mesmo, tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento: Ele não envelheceu!
O capítulo 3 de Gênesis narra as incursões da serpente como provocadora das más notícias da entrada do pecado na humanidade. Após lograr êxito no seu intento, a serpente vê-se diante do julgamento divino. Disse o Senhor Deus à serpente: “Maldita és (...) rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:14-15). A narrativa bíblica a respeito da serpente comprova o seu envelhecimento, pois dela se diz em Apocalipse 20:2, “a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos” (Apocalipse 20:2).
A serpente já não é mais a mesma, ela envelheceu, diferentemente do Cordeiro de Deus que, “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8)!

Textos conexos
“Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.”
Gênesis 22:7-8

“Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.”
Êxodo 12:3

“proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”
Apocalipse 5:12

“Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos”
Apocalipse 20:2

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://palavraestudada.blogspot.com.br/2012/02/pequenos-estudos-deus-como-redentor.html.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

(20) Conexões Bíblicas – A face de Cristo é a glória de Deus!

Comentário
Jacó, por ordem divina, estava regressando para a terra dos seus pais (Gênesis 31:13). Esta ordem, porém, implicava na realização de algo que Jacó muito temia: Um encontro com Esaú, seu irmão. Permaneciam vívidas em sua alma as palavras de sua mãe: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te” (Gênesis 27:42). Enquanto obedecia, sua alma temia! Jacó encontrava forças na oração para prosseguir sua jornada de obediência. Após reconhecer a promessa, as misericórdias e a fidelidade de Deus para com sua vida (Gênesis 32:9-12), Jacó apresenta o seu temor diante de Deus com as seguintes palavras: Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo” (Gênesis 32:11). Seu temor não o impedia de obedecer às ordens divinas!
Esta jornada de obediência conduziu-o ao Ribeiro de Jaboque, onde se encontrou com Deus. Este encontro o salvou! Mesmo antes de ser salvo de Esaú, ele foi salvo de si mesmo, para tornar-se um novo homem. Após este encontro, Jacó exclamou: “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gênesis 32:30). A contemplação da face de Deus proporciona salvação!
É especial a conexão que a Escritura faz entre a glória de Deus e Sua face. A Bíblia diz que Moisés pediu para ver a glória de Deus (Êxodo 33:18). Em resposta Deus lhe disse: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êxodo 33:20). O próprio Deus conectou Sua glória com Sua face. É exatamente com tal compreendeu que o apóstolo Paulo nos apresenta a percepção bíblica do Novo Testamento. Em suas páginas, o Novo Testamento apresenta o atual caminho para a contemplação da Glória de Deus, conectando-o a Jesus Cristo. Paulo nos diz que somente é possível experimentar uma iluminação espiritual para conhecer a glória de Deus se estivermos diante da face de Cristo (II Coríntios 4:6). A face de Cristo é a glória de Deus! Contemplá-lo mediante a fé proporciona salvação, pois a Escritura anuncia o Seu propósito salvador desde o Seu nascimento ao afirmar: “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21).

Textos conexos
“Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”
Gênesis 32:30

“Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”
II Coríntios 4:6
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.artbible.org/pt/pintura-livro-lucas-42/2/#.VJvvOl4CA.

(19) Conexões Bíblicas – Jesus, o Supremo Pastor!

Comentário
Por intermédio do profeta Ezequiel, Deus afirma o seguinte: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” (Ezequiel 34:11). Ao menor sinal de dispersão entre Suas ovelhas, imediatamente o Senhor Deus busca o seu rebanho (Ezequiel 34:12). Não se trata de uma busca empreendida por quem não sabe onde está o que se perdeu, mas de uma busca por despertar no coração da ovelha o desejo de estar novamente com o seu pastor.
O Novo Testamento apresenta uma passagem similar, porém, no ambiente de uma parábola contada pelo Senhor Jesus. Trata-se da parábola da ovelha perdida. Nesta parábola está registrado o valor de uma ovelha. Conquanto tenha cem ovelhas, se determinado pastor perder apenas uma, ele “vai em busca da que se perdeu, até encontra-la” (Lucas 15:4). Este homem é uma figura do pastor anunciado pelo profeta Ezequiel. Seu amor por Suas ovelhas é intenso! Sua satisfação está na completude do Seu rebanho. Tendo noventa e nove ovelhas sob Seus cuidados, Ele não descansa enquanto não faz retornar ao aprisco aquela que se desgarrou! Desânimo e desistência são verbetes que não estão no seu vocabulário de busca. Sua procura é “até encontra-la” e Seu regresso é jubiloso, mesmo que carregue sobre os ombros a ovelha perdida que se desgarrou. O texto bíblico diz: “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.” (Lucas 15:5).
O homem prefigurado em Lucas 15 é o Senhor Jesus, o mesmo Supremo Pastor anunciado profeticamente em Ezequiel 34:11-12!

Textos conexos
“Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.”
Ezequiel 34:11-12

“Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.”
Lucas 15:3-5
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://ass5dejulho.blogspot.com.br/2010/01/o-senhor-e-o-meu-pastor-salmo-23.html.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

(18) Conexões Bíblicas – Filho de Deus, eis a identidade de quem crê em Jesus Cristo

Comentário
O povo de Israel estava na fronteira com a Terra Prometida, acampado no deserto de Parã. Deus ordena a Moisés que envie espias para a Terra de Canaã ao mesmo tempo em que os faz lembrar de sua promessa de lhes dar esta terra. Eis a palavras proferidas pelo Senhor Deus a Moisés: “Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel” (Números 13:2). Após quarenta dias os espias retornaram com um relato dividido em duas partes: 1) Relato de que a terra verdadeiramente manava leite e mel (Números 13:27); e 2) Relato de que os habitantes da terra eram poderosos e as suas cidades mui grandes e fortificadas. Dez dos espias concluíram o seu relato dizendo: “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.” (Números 13:31). Este diagnóstico desprovido de fé e, portanto, desestimulante, conduziu aqueles dez espias a concluírem o seguinte: “Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.” (Números 13:33). Em tão pouco tempo eles se esqueceram do poder do Deus que os libertou na escravidão egípcia. Nem mesmo atentaram para a seguinte repetição da promessa a eles reiterada quando foram convocados: “espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel”. Estes espias perderam sua identidade como povo que foi libertado do Egito e conheceu o braço poderoso do Senhor em favor dos Seus filhos.
O apóstolo João percorre um caminho contrário ao percorrido por aqueles dez espias. João se alinha à fidelidade e à confiança que repousava sobre Josué e Calebe, dois dos doze espias que foram enviados à Terra Prometida. Estes dois espias foram diferentes em suas conclusões quanto à terra. Ele disseram: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30). João anuncia aos seus irmãos em Cristo que eles são amados por Deus, são filhos de Deus e estão vocacionados a serem semelhantes a Jesus. Deixemos que as palavras do apóstolo João falem por si mesmas: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” (I João 3:1-2). João não se alia àqueles que acham que são como que gafanhotos diante de seus inimigos, ao contrário, ele discerne sua posição como alguém que é amado por Deus filho de Deus, que se tornou filho de Deus e que está vocacionado a ser semelhante a Jesus.

Textos Conexos
“Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”
Números 13:33

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”
I João 3:1-2
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://gilsonsantosdotcom.files.wordpress.com/2012/08/autumn_bunch_grapesnicolas.jpg

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

(17) Conexões Bíblicas – Aquele que crê em Jesus Cristo viverá.

Comentários
O povo de Israel, durante os dias de sua peregrinação no deserto, teve sua trajetória manchada por desagradáveis momentos de murmuração. Assim que saíram do monte Hor, estando nos arredores da terra de Edom, diz-nos a Escritura “o povo se tornou impaciente no caminho” (Números 21:4). A impaciência parece exercer um poder para desencadear a prática da murmuração. A Escritura Sagrada é descrita como sendo portadora da paciência que, juntamente com a consolação dela decorrente, conduz-nos à esperança (Romanos 15:4). Seria a impaciência uma evidência de que os filhos de Israel estavam destituídos dos mandamentos divinos e afastados de Suas promessas? Como consequência da murmuração, surgiram no deserto “serpentes abrasadoras” que mordiam o povo e muitos do povo de Israel morreram (Números 21:6).
Deus, porém, em Sua misericórdia, proveu um escape para o Seu povo. Diz-nos a Bíblia Sagrada que o Senhor deu a seguinte ordem a Moisés: “Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá.” (Números 21:8). Um poder curativo era liberado sobre aquele que olhava para a serpente construída por Moisés! Que poder acha-se oculto nesta palavra “olhar”? O Senhor Deus diz de Si mesmo: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45:22).
O Novo Testamento nos aponta as seguintes palavras de Jesus Cristo: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3:14-15). Observe, porém, que Jesus, substitui a palavra “olhar”, pela palavra “crê”. Isto significa que olhar é sinônimo de crer. A fé assume um importante papel na vida cristã. Por isso nos é dito que “o justo viverá pela fé”, tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento (Habacuque 2:4, Romanos 1:17, Gálatas 3:11 e Hebreus 10:38).
Aquele que olhava para a serpente construída por Moisés, vencia o poder da morte das serpentes venenosas. Aquele que olha (crê) para Jesus Cristo vence o poder da morte que advém do pecado. Aquele que crê em Jesus Cristo viverá!

Textos conexos
“Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá.”
Números 21:8

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”
João 3:14-15 
A. M. Cunha
Gravura extraída de:

https://viagenzinhahein.files.wordpress.com/2014/10/800px-d184d191d0b4d0bed180d0b1d180d183d0bdd0b8-d0bcd0b5d0b4d0bdd18bd0b9d0b7d0bcd0b8d0b9.jpg

sábado, 20 de dezembro de 2014

(16) Conexões Bíblicas – Cristo expande o mandamento de amar o próximo

Comentário
O mandamento divino acerca do amor, conforme lemos em Levítico 19:18, contrapõe duas abstenções em face da ação de amar. As abstenções são: não promover vingança e não guardar ira contra os filhos do povo de Israel. O mandamento que se contrapõe a estas duas abstenções é a ação de amar o próximo como a si mesmo.
Cristo afirmou que o ato de “amar o próximo como a si mesmo” é o segundo mandamento da Lei semelhante ao primeiro (Mateus 22:39). Este segundo mandamento estabelece que “amar o próximo” tem um paradigma: como a si mesmo.
O Senhor Jesus Cristo expande o paradigma deste “amar o próximo” ao consignar o seguinte: “como eu vos amei” (João 13:34). Sabendo a profundidade desta expansão, Cristo diz aos Seus discípulos que lhes dará um “Novo Mandamento”. Eis Suas palavras reveladoras: “Novo mandamento vos dou: (...) assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” (João 13:34). Cristo expande o mandamento de amar o próximo, lançando como paradigma para o seu exercício por parte dos filhos de Deus o modo como Ele os ama.

Textos conexos
“Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.”
Levítico 19:18

“O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22:39

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
João 13:34
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.snpcultura.org/id_a_primeira_palavra_janeiro_2009.html.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

(15) Conexões Bíblicas – Cristo, o caminho que nos conduz ao Pai Celestial!

Comentário
Após a queda do homem o livro de Gênesis registra uma das mais veementes perguntas já formuladas por Deus: “E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? (Gênesis 3:9). Esta pergunta revela o desejo de Deus em ter comunhão com o homem. No entanto, a queda, por expressar o domínio do pecado sobre a natureza humana, representava um estado de separação provocado unicamente pelo homem. O texto sagrado deixa evidente este estado de separação ao mencionar o seguinte: “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59:2). Uma vez estabelecida a separação, o homem viu-se privado do contato com a árvore da vida, razão porque foi expulso do Jardim do Éden. A este respeito as Escrituras anunciam que Deus “colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gênesis 3:24). Este é um dos primeiros registros bíblicos da palavra “caminho”.
O Novo Testamento também se utiliza deste vocábulo em várias ocasiões, uma delas diz respeito a uma das mais conhecidas declarações de Jesus acerca de Si mesmo. Ele declara: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14:6).
A primeira menção do vocábulo “caminho” anunciava “o caminho está fechado”. Porém, nesta segunda citação temos o maravilhoso anúncio: “O caminho está aberto”! Maravilhoso, Cristo é o caminho que torna novamente possível o homem ter comunhão com Deus, desfazendo assim o estado de separação. Cristo, o caminho que nos conduz ao Pai Celestial!

Textos conexos
“E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Gênesis 3:24


“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

João 14:6
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.batistakoinonia.com/?p=501.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

(14) Conexões Bíblicas – O ato criador de Deus: Do jardim à cidade celestial

Comentário
No âmbito do propósito criador de Deus, nos primórdios do Seu ato criador temos uma importante edificação: Um jardim no Éden. Diz-nos a Escritura que “plantou o Senhor Deus um jardim no Éden” (Gênesis 2:8). O potencial de vida neste jardim é terreno, pois o texto sagrado nos diz: “Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores” (Gênesis 2:9).
O propósito criador de Deus está em progresso e expansão, pois o Seu ato criador não se exauriu no Éden, mas terá o seu ápice com a edificação da “Nova Jerusalém”. A seu respeito o livro de Apocalipse afirma o seguinte: “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus” (Apocalipse 21:2). João, o evangelista, mostra-nos que a capacidade para ver esta cidade celestial não decorre da natureza humana, mas de uma atividade puramente espiritual que pode ser detectada na expressão “em espírito”, contida em Apocalipse 21:10.
Assim, percebemos que o potencial de vida existente no Jardim do Éden era terreno, ao passo que o potencial de vida existente na Nova Jerusalém é celestial, por isso se diz que esta cidade “descia do céu, da parte de Deus” (Apocalipse 21:10). A atividade espiritual de Cristo em conceder a salvação àqueles que nele creem é o passaporte espiritual para entrada nesta cidade celestial. Não é a atividade humana que assegura tal ingresso, pois nesta cidade “nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:27).

Textos conexos
“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
Gênesis 2:8-9

“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. (...) e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”
Apocalipse 21:2 e 10

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Peregrino#mediaviewer/File:Pilgrim%27s_Progress_2.JPG.