segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

TEXTOS BÍBLICOS AGRUPADOS [02]

TEXTO BÍBLICO: 
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Gênesis 1.1

AGRUPANDO O TEXTO BÍBLICO:

No princípio [Cristo, que é o Verbo, estava no princípio com Deus – João 1:2, pois no princípio era o Verbo, que é Cristo, Ele estava com Deus e Ele era e é Deus – João 1:1], criou [O ato criador de Deus Pai também foi um ato pelo qual Cristo criou os céus e a terra, pois todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, Cristo, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez – João 1:3] Deus [Aquele por cuja Palavra o universo foi formado, de modo que o visível veio a existir das coisas que não aparecem – Hebreus 11:3] os céus [Os quais proclamam a glória de Deus – Salmo 19:1] e a terra [Tão certo como vive o Senhor Jesus Cristo, toda a terra se encherá da glória do Senhor – Números 14:21].

A. M. Cunha

TEXTOS BÍBLICOS AGRUPADOS [01]


Nesta nova série de postagens do blog Moradaviva, um determinado versículo será selecionado com o propósito de conectá-lo a outros textos das Escrituras Sagradas, gerando um agrupamento de textos bíblicos. O texto na cor preta corresponde ao texto bíblico selecionado, ou seja, o texto principal, ao passo que os textos na cor azul são os textos mesclados ao texto principal. É recomendável que se façam duas leituras: A primeira leitura deve ser feita apenas do texto na cor preta, para se ter uma noção exata do texto bíblico selecionado. A segunda leitura deve incluir tanto o texto na cor preta quanto o na cor azul, assim, o leitor terá uma noção ampla da conexão bíblica realizada. Espero que seja uma útil leitura a todos. Que Deus os abençoe!
Até o próximo ano! 

TEXTO BÍBLICO: 
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16

AGRUPANDO O TEXTO BÍBLICO:

Porque Deus [Aquele que é pai de todos, é sobre todos, age por meio de todos e está em todos – Efésios 4.6] amou [não apenas de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade – I João 3.18] ao mundo [A totalidade dos homens que existiram, existem e existirão, entre os quais emergem aqueles que, em Cristo, foram reconciliados com Deus, e, uma vez tendo sido reconciliados, não mais lhes serão imputadas suas transgressões – II Coríntios 5.19] de tal maneira que deu o seu Filho [Aquele em quem o Pai Celestial se compraz e a quem devemos ouvir – Mateus 17.5] unigênito, para que todo o que nele crê [ação por meio da qual se tem certeza de coisas que se esperam e se tem convicção de fatos que se não vêem – Hebreus 11.1 e mediante a qual é possível agradar a Deus – Hebreus 11.6] não pereça [estar morto nos delitos e pecados – Efésios 2.1], mas tenha a vida [Esta vida estava em Cristo e era a luz dos homens – João 1.4. Cristo veio aos homens para que tenham vida e a tenham em abundância – João 10.10] eterna.

A. M. Cunha

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [22]

“José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui.”

Gênesis 50.25

Breve análise:
Este texto nos apresenta um terceiro olhar de José. Já vimos que ele aprendeu a olhar para além de si mesmo, com o propósito de contemplar a estado da alma daqueles que estavam a sua volta. Vimos ainda, que ele aprofundou o seu olhar, aprendendo a interpretar sua história. Mas agora, vemos José olhando para o futuro, pautado tão somente na promessa de Deus. Observemos suas palavras: “Certamente Deus vos visitará” (Gênesis 50.25).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Moisés, o autor do livro de Gênesis, afirma que José, confiando na promessa de Deus e, portanto, na certeza de que Deus visitaria Seu povo e os faria subir para a terra que prometeu dar a Abraão, Isaque e Jacó, fez com que os filhos de Israel prometessem que levariam seus ossos para esta Terra Prometida (Gênesis 50.24-25).

Reflexão:
José estava convicto de que os israelitas deixariam o Egito para habitarem na Terra Prometida. Tal convicção estava pautada na promessa de Deus aos patriarcas. A promessa de Deus foi a base pela qual José aprendeu a olhar para o futuro. Meu olhar para o futuro está pautado na promessa de Deus? Não posso, no entanto, confundir a promessa de Deus com meus desejos pessoais. O que desejo pode não ser a promessa de Deus para mim. Tenho a convicção de que o local onde posso discernir a promessa de Deus é a Palavra de Deus?

Oração:
Querido Deus, conduza o meu olhar para o futuro, porém, não sem antes pautá-lo em Tua promessa. Que a minha vida esteja pautada em Tua Palavra, pois nela está a Tua promessa.

A. M. Cunha

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [21]

“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.”

Gênesis 45.5

Breve análise:
José não apenas tornou-se exímio na arte de olhar para além de si mesmo com o propósito de contemplar a estado da alma daqueles que estavam a sua volta, mas o seu olhar tornou-se ainda mais profundo, a ponto de aprender a interpretar a história. Sim, José aprendeu a interpretar a história, sua história, e nela ver a mão condutora de Deus!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Mesmo tendo sido alvo do ciúme de seus irmãos e das levianas acusações da mulher de Potifar, José, contemplando as circunstâncias atuais, foi capaz de identificar a mão de Deus ao longo de sua história pessoal. Os sofrimentos suportados como consequência do ciúme e das levianas acusações faziam parte de um propósito maior, pois José estava sendo usado para sustentar a vida de toda a sua família.

Reflexão:
O mundo está carente de pessoas que sejam capazes de interpretar a história anunciando, ousadamente, como a mão de Deus a está conduzindo. Estou realmente disposto a ser este intérprete? Tenho buscado em Deus a condição espiritual para ser um autêntico intérprete da história?

Oração:
Bondoso Deus, ajuda-me a ser um fiel intérprete da história, dando-me a condição de contemplar a Sua mão conduzindo-a ao encontro da Tua vontade soberana.
A. M. Cunha

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [20]

“O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.”

Gênesis 40.23

Breve análise:
José tornou-se especialmente atento na arte de olhar para além de si, de modo que podia contemplar o estado da alma daqueles que estavam a sua volta. Esta atitude, porém, não lhe garantia que receberia a mesma atenção de outras pessoas. São fortes as palavras que registram o descuido para com ele: “O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.” (Gênesis 40.23). Este descuido, no entanto, não foi para sempre, pois o copeiro-chefe, ainda que muito tempo depois, porém nunca tarde demais, lembrou-se de José (Gênesis 41:9-13). Desta lembrança emanaram as seguintes palavras do monarca egípcio: “Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra” (Gênesis 41:14).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
A arte de olhar para além de si não deve ser praticada interesseiramente, mas totalmente desapegada de interesses secundários. O arquiteto da história, porém, conduzirá os acontecimentos no Seu tempo e a Seu modo. Confiemos, pois nossas vidas aos Seus cuidados e continuemos, com perseverança, olhando para além de nós mesmos!

Reflexão:
Quando me sinto esquecido pelas demais pessoas, sinto-me desencorajado e desestimulado em continuar olhando para além de mim, com o específico propósito de contemplar o estado de alma daqueles que estão a minha volta? Estou ciente de que caso eu interrompa, por este motivo, o meu olhar para além de mim mesmo, tal conduta revelará que não confio os rumos de minha vida aos cuidados de Deus?

Oração:
Amado Deus, dá-me forças e graça suficientes para jamais interromper o meu olhar para além de mim mesmo, ainda que me sinta esquecido pelos que estão à minha volta!

A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [19]

“Vindo José, pela manhã, viu-os, e eis que estavam turbados. Então, perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor: Por que tendes, hoje, triste o semblante?”

Gênesis 40.6-7

Breve análise:
José estava preso no cárcere, tanto quanto os oficiais de Faraó! Ele, no entanto, não praticava um olhar egocêntrico, focado tão somente nos seus problemas típicos do cárcere. Ele olhava para além de si, percebendo as pessoas a sua volta. Observe que a intervenção divina na vida de José, que culminaria em sua libertação do cativeiro, passou exatamente pela capacidade de José em responder ativamente a sua percepção com respeito ao semblante turbado dos oficiais de faraó. José não foi descuidado quanto à sua percepção acerca do estado de alma dos oficiais de Faraó.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
O coração dos homens é aberto quando lançamos a pergunta certa que brota de nossa percepção com respeito ao estado de suas almas. A pergunta de José foi: "Por que tendes, hoje, triste o semblante?". Esta pergunta abriu a porta do coração dos oficiais de faraó e, ao mesmo tempo, deu vazão ao rio divino que conspirava a favor de José, servo de Deus, para libertá-lo do cárcere.

Reflexão:
Não podemos ser descuidados quanto às percepções que o Senhor nos permite ter acerca das pessoas que estão à nossa volta. À menor percepção que tenhamos com respeito ao estado de alma das pessoas, devemos ser cuidados em lançar-lhes a pergunta certa, de modo que o seu coração, por confiar em nós, compartilhe os seus segredos mais doídos.

Oração:
Deus, não apenas eu, mas as pessoas ao meu redor também sofrem. Ajuda-me a ser cuidadoso na percepção deste sofrimento para que eu possa oferecer-lhes um amoroso coração, e assim elas possam encontrar o Teu poder libertador!
A. M. Cunha

sábado, 12 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [18]

“E edificou ali um altar e ao lugar chamou El-Betel; porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão.”
Gênesis 35.7

Breve análise:
A percepção espiritual de Jacó foi profundamente influenciada pela maturidade que ele adquiriu ao longo dos anos. Em Gênesis 28.19, quando ainda era um fugitivo amedrontado, Jacó chamou Betel à cidade de Luz, o lugar onde repousara de sua fuga. No entanto, após experimentar o caminho do amadurecimento e percebendo que não havia mais o que temer, pois Deus era com ele, e a face do seu irmão, seu antigo algoz, agora era como a face de Deus, Jacó dá um novo nome a este mesmo lugar: El-Betel. Betel significa a “casa de Deus” e El-Betel quer dizer “o Deus da casa de Deus”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Quando o lugar era apenas Betel, Jacó fez um voto condicional (Gênesis 28.20-21). Era como se ele dissesse: Na casa de Deus eu imponho as condições. Quando já estava maduro, e seguia firmemente o caminho da obediência sujeitando-se à soberania de Deus, Jacó chama àquele lugar de El-Betel. Era como se ele dissesse: Na casa de Deus quem dá as ordens é Deus!

Reflexão:
Tenho servido a Deus impondo minhas condições pessoais? Estou convicto de que para caminhar com Deus devo adequar minha vida às condições fixadas por Ele?

Oração:
Amado Deus, faça-me honrar a Tua soberania vivendo de acordo com os princípios fixados por Ti para a minha vida.
A. M. Cunha

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [17]

“Levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei.”
Gênesis 35.3

Breve análise:
O Jacó maduro é, sem dúvida, um Jacó obediente. Observe a ordem divina: “Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão.” (Gênesis 35.1). As tarefas de “levantar-se” e de “subir” foram compartilhadas por Jacó com sua família e todos os que com ele estavam, porém, a tarefa de “fazer um altar”, ele a assumiu para si somente. Observe suas palavras: “Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Existem decisões que podemos e devemos compartilhar com a família e com todos os que conosco estão. No entanto, a construção de um “altar pessoal” é uma intransferível decisão, ninguém pode fazê-la por nós e não podemos promovê-la em favor dos outros.

Reflexão:
Tenho por hábito compartilhar minhas decisões com minha família? E quanto à construção de “meu altar pessoal”, tenho assumido esta tarefa como minha somente? Tem sido comum o fato de transferi-la para que outro o faça por mim?

Oração:
Senhor meu Deus, faça-me compartilhar as decisões que podem e devem ser compartilhadas e ter como intransferível a tarefa de construir meu “altar pessoal de comunhão contigo”, pois somente a mim cabe construí-lo.
A. M. Cunha

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [16]

“Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou, arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.”
Gênesis 33.4

Breve análise:
O temido encontro enfim aconteceu: Jacó encontrou-se com Esaú, seu irmão. O mesmo Esaú que queria matá-lo, por isso Jacó o temia. Jacó temia morrer, mas encontrou o abraço de seu irmão. Um choro incontido seguiu-se ao abraço e ao beijo! O ódio de Esaú foi radicalmente transformado em amor! Jacó, tendo contemplado o rosto de seu irmão, curvou-se diante do poder transformador de Deus e disse: “vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus; e te agradaste de mim.” (Gênesis 33.10).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
A obediência de Jacó fez com que ele percebesse o transformador poder de Deus, pois aquele encontro mortal transformou-se no encontro do abraço. Jacó teve condições, enfim, de ver o semblante de Deus no rosto do seu irmão.

Reflexão:
Tenho visto o semblante de Deus no rosto dos meus irmãos? Estou ciente de que é a minha obediência a Deus que me fará transpor a cegueira espiritual, de modo que eu possa ver o semblante de Deus no rosto de meu irmão?


Oração:
Querido Deus, torna-me um servo obediente. Faça-me ver o Teu semblante no rosto do meu irmão. Que ao longo de minha vida eu não tenha encontros mortais, mas encontros de abraço com os meus irmãos.


A. M. Cunha

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [15]

“Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”
Gênesis 32.30

Breve análise:
Em sua jornada de volta para sua terra, Jacó orou a Deus para ser salvo de Esaú, seu irmão, que queria matá-lo. Como Jacó temia este encontro! Nesta jornada de obediência, Jacó foi conduzido ao ribeiro de Jaboque onde se encontrou com Deus. Este encontro salvou sua vida! Mesmo antes de ser salvo de Esaú, Jacó foi salvo de si mesmo, para tornar-se um novo homem. Após este encontro a Escritura diz o seguinte a respeito de Jacó: “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gênesis 32:30). A contemplação da face de Deus proporciona salvação!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Requer-se da humanidade que continuamente corrija o foco de sua vida, pois é comum estar focado nos inimigos de fora e esquecer-se de que, por vezes, é preciso ser salvo de si mesmo. Frequentemente me esforço para corrigir o foco de minha vida?

Oração:
Senhor meu Deus, dá-me uma sadia espiritualidade que me faça discernir o quanto preciso ser salvo de mim mesmo. Este é um seguro caminho para que eu possa estar profundamente focado em Ti, pois somente em Ti a minha vida é salva.


A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [14]

“Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar- me e as mães com os filhos.”
Gênesis 32.11
Breve análise:
Jacó, por ordem divina, estava regressando para a terra dos seus pais, conforme Gênesis 31:13, que nos diz: “levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.” Esta ordem, porém, implicava na realização de algo que Jacó muito temia: Um encontro com Esaú, seu irmão. Permaneciam vívidas em sua alma as palavras de sua mãe: “Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te” (Gênesis 27:42). Enquanto obedecia, sua alma temia! No entanto, Jacó encontrava forças na oração para prosseguir sua jornada de obediência. Jacó apresenta o seu temor diante de Deus com as seguintes palavras: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo” (Gênesis 32:11). Seu temor, porém, não o impedia de obedecer às ordens divinas!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Minha alma tem sido obediente mesmo diante do temor? Meus temores têm sido um impedimento para que eu manifeste minha obediência às ordens divinas?

Oração:
Querido Deus, reconheço o poder devastador dos temores sobre a alma humana. Mas graças a Ti, pois mesmo diante dos temores eu sou desafiado a continuar obedecendo aos Teus mandamentos. Ajuda-me a prosseguir em obediência, mesmo que minha alma esteja sendo atacada por temores atrozes.


A. M. Cunha

sábado, 5 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [13]

“E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel. Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.”
Gênesis 28.19-22

Breve análise:
Este Jacó de Gênesis 28 não estava tão maduro quanto o Jacó de Gênesis 35. Observe que, em seu voto, Jacó declara que Deus será o seu Deus, não, porém, sem antes apresentar algumas condições: “Se Deus for comigo (...) e me guardar (...) e me der pão (...) e roupa (...) de maneira que eu volte em paz”. Na conclusão de seu voto Jacó diz: “então, o Senhor será o meu Deus”. Àquele lugar Jacó deu o nome de “Betel”, cujo significado é “Casa de Deus” (Gênesis 28.19). Contemple agora o capítulo 35 de Gênesis e perceba um Jacó um pouco mais maduro. Ele está novamente em Betel, porém, depois de muitas experiências que o tornaram uma pessoa mais amadurecida. O mesmo lugar que antes for por ele chamado de Betel, agora é chamado, também por ele, de El-Betel, cujo significado é “O Deus da Casa de Deus”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
O voto de Jacó em Gênesis 28 anuncia que ele, Jacó, era quem daria as regras na Casa de Deus. Porém, em Gênesis 35, após considerar aquele lugar como El-Betel, Jacó revela que o “Deus da Casa de Deus” era quem estava governando. Era como se Jacó afirmasse: Na Casa de Deus quem comanda é Deus e não o homem. Como tenho desenvolvido minha vida cristã? Tenho exigido certas condições para que Deus possa relacionar-se comigo ou estou ciente de que neste relacionamento quem realmente deve governar a minha vida é Deus?

Oração:
Amado Deus e Pai, que em meu coração não existam quaisquer indícios de um coração rebelde a Ti. Faça-me submisso, dando-me a consciência de que na Tua casa quem comando é o Senhor!


A. M. Cunha

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [12]

“E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.”
Gênesis 28.12

Breve análise:
Jacó fugia de seu irmão Esaú. Em certo lugar, tendo já se posto o sol, ali Jacó passou a noite. Uma pedra serviu-lhe de travesseiro e o cansaço de sonífero, tanto que “ali mesmo” dormiu (Gênesis 28.11). Mesmo aquele que está em fuga pode ser alcançado pela graça de Deus! O sonho de Jacó faz pressupor que uma atividade angelical já estava em atividade na terra, pois se diz que “os anjos de Deus subiam e desciam” pela escada (Gênesis 28.12).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
O Novo Testamento também revela uma atividade angelical, pois Jesus Cristo afirma: “Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.” (João 1.51). No entanto, o texto não anuncia que apenas uma atividade angelical iria acontecer, mas que o próprio céu estaria aberto! Provoca-me alegria saber que Cristo, a escada de Jacó, mantém o céu para mim?

Oração:
Amado Jesus, faça-me ser grato diante da revelação de que Tu és a escada que me conecta ao céu e que Tu o mantém aberto para mim!


A. M. Cunha

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [11]

“Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.”
Gênesis 22.13

Breve análise:
É incrível como a obediência abre nossos olhos! Embora a Bíblia não afirme diretamente, muito provavelmente o carneiro já estava ali, preso pelos cifres entre os arbustos, quando Abraão chegou àquele lugar com seu filho Isaque. Abraão, tendo sido confrontado com a pergunta de Isaque: “onde está o cordeiro para o holocausto?”, ofereceu-lhe a seguinte resposta: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”. (Gênesis 22.7-8). Enfim, seus olhos foram abertos e ele viu o cordeiro!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Quando alguém crê em Cristo, Ele O encontra como o Cordeiro de Deus. Cristo, o cordeiro de Deus, já estava ali, próximo o suficiente de Abraão, aquele que creu. Na verdade, desde a fundação do mundo o Cordeiro de Deus já havia sido morto (Apocalipse 13.8)! Que impacto o conhecimento desta verdade causa em meu coração, pois o Cordeiro de Deus morreu por mim antes da fundação do mundo?

Oração:
Deus, ajuda-me a trilhar o caminho da obediência, pois por ela meus olhos são abertos para ver o que há de mais precioso nesta vida: O Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, meu Senhor!


A. M. Cunha

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [10]

“Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.”
Gênesis 15.6

Breve análise:
Como é agradável ler a respeito de um homem que “creu no Senhor”! A fé aqui anunciada dizia respeito a sua descendência. Deus anunciara um descendente e uma posteridade numerosa para Abrão. Mesmo sem vislumbrar qualquer indício, humanamente falando, de que este dia chegaria, Abrão confiou na sua chegada tendo como único fundamento a Palavra que lhe fora anunciada por Deus!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Sou desafiado, dia a dia, a fazer como Abrão: Mesmo sem ter qualquer indício de que o dia prometido por Deus chegará, devo crer na sua chegada, tendo como único fundamento a Palavra proferida por Deus.

Oração:
Amado Deus, diante da Tua Palavra, quaisquer indícios humanos não passam de terreno instável para pautar minha confiança. Ensina-me a ter a Tua Palavra como firme fundamento para a tomada de minhas decisões, principalmente daquelas que tenham reflexos para a eternidade.

A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [09]

“Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.”
Gênesis 15.1

Breve análise:
O que você seria capaz de fazer para possuir a melhor segurança possível para sua vida? E se você soubesse que esta segurança lhe custaria todos os seus bens? Estaria disposto a abrir mão de tudo para ter esta segurança? Abrão não precisou pagar nada para ter a melhor segurança para a sua vida. Observe que Deus não lhe disse: “Abrão, eu te darei o melhor escudo para a tua proteção.” De uma forma maravilhosamente superior Deus lhe diz algo melhor: “Abrão, eu sou o teu escudo.”

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Qual deveria ser a intensidade do meu louvor e gratidão a Deus por saber que Ele é o meu escudo? Em função disto, quanto de alegria e entusiasmo eu deveria extravasar nos meus atos de louvor a Deus?

Oração:
Deus, não me deixe ser comedido nos meus atos de louvor a Ti. Que haja entusiasmo e intensidade em minha gratidão a Ti, pois Tu não me deste um escudo qualquer: Tua própria pessoa foi-me dada como meu escudo! Ajuda-me a retribuir a este gesto de amor! 

A. M. Cunha

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [08]

“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Gênesis 12.1-3

Breve análise:
O chamado de Abrão era composto, não apenas por promessas, mas por mandamentos. Os mandamentos eram: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei” e “Sê tu uma bênção!” [Gênesis 12.1 e 2]. Três verbos se destacam no mandamento: “Sair”, “Ir” e “Ser”. O sentido básico é: a) Para o verbo sair: “abandonar o que precisa ser abandonado”; b) Para o verbo ir: “ocupar o que precisa ser ocupado”; e c) Para o verbo ser: “ser um abençoador e não apenas um abençoado”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Estou consciente que quando afirmo, sou chamado por Deus, isto implica que devo abandonar tudo o que impede o meu progresso espiritual, prosseguir para conquistar o que me fará crescer espiritualmente e buscar ser mais um abençoador do que um abençoado?

Oração:
Ó Deus, o Teu chamado é radical, pois ele me convoca a deixar tudo o que possa impedir o progresso de minha alma, a conquistar aquilo que me fará crescer espiritualmente e a tornar-me um abençoador. Ajuda-me a vivenciar plenamente o Teu chamado!


A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [07]

“Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara.”

Gênesis 6.22

Breve análise:
O encontro de Noé com a graça de Deus o capacitou para a obediência! Em sua história podemos ver como é extraordinário o poder da obediência! O autor da Carta aos Hebreus afirma que Jesus “tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem” [Hebreus 5.9]. A multiplicação do estado de desobediência atraiu a tragédia do dilúvio para o mundo dos dias de Noé, mas a obediência de Noé, que achou graça diante de Deus, preparou-o para a salvação por meio da arca. Se por um lado o dilúvio tornou-se o prêmio da desobediência, por outro a arca tornou-se a recompensa daqueles que obedeceram a Deus.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Num mundo marcado pela desobediência, os filhos devem honrar a Deus pautando suas vidas pela incondicional obediência aos mandamentos divinos.

Oração:
Senhor meu Deus, meu desejo é que, por Tua graça e por ela somente, as minhas atitudes sejam caracterizadas pela obediência aos Teus mandamentos.


A. M. Cunha

terça-feira, 24 de novembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [06]

“Porém Noé achou graça diante do Senhor.”

Gênesis 6.8

Breve análise:
O diagnóstico divino acerca da humanidade era trágico: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração.” [Gênesis 6.5]. Ainda se dizia: “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.” [Gênesis 6.11]. Como um oásis que surge no árido e causticante deserto, a expressão “Porém Noé” emerge como cristalinas e refrescantes águas que aliviam a aridez desta narrativa bíblica! Em meio à maldade do homem, aos maus desígnios do seu coração, à corrupção e à violência, a graça divina envolveu a vida de Noé, conduzindo-o a andar com Deus!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
O mundo de hoje não está tão diferente assim daquele dos dias de Noé. Minha vida, porém, tem sido como um oásis no deserto desta presente era? Pode-se dizer a meu respeito que “achei graça diante do Senhor?”

Oração:
Que pelo poder da Tua graça, ó querido Jesus, eu possa verdadeiramente andar com Deus. Que o Espírito Santo testifique com o meu espírito que minha alma “achou graça diante do Senhor”.

A. M. Cunha

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [05]


“Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.”
Gênesis 4.8

Breve análise:
Como o pecado encontra no coração humano um fértil terreno para aprofundar suas raízes! Foi no coração humano, conforme Gênesis 3.6, que o pecado encontrou raízes para voltar-se contra Deus. Agora, em Gênesis 4.8, o pecado encontrou raízes para voltar-se, não apenas contra Deus, mas contra o próximo. Em Gênesis 3.6, o pecado decorre da morte do relacionamento do homem com Deus, agora em Gênesis 4.8, o pecado advém da morte do relacionamento do homem com o seu próximo.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Quando existe uma ruptura no relacionamento do homem com o seu próximo, isto é sinal de que o pecado já encontrou raízes no coração humano. É meu dever diário verificar cuidadosamente a existência destas raízes em meu coração.

Oração:
Gracioso Deus, todo pecado é uma ofensa contra a Tua pessoa, mesmo aquele que parece voltar-se unicamente contra o meu próximo! Guarda-me de pecar contra Ti, e se isto acontecer comigo, dá-me a graça de arrepender-me sem demora!

A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [04]

“E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.”
Gênesis 3.21

Breve análise:
As vestimentas aqui mencionadas, por serem feitas de peles de animal, implicavam, necessariamente, na morte de uma vítima inocente. Este texto aponta para Jesus Cristo que teve que morrer como uma inocente vítima para cobrir a nudez espiritual da humanidade. Esta porção das Escrituras anuncia a necessidade de uma morte. É como se a voz de Deus ecoasse por toda a eternidade dizendo: “Haja cruz. E houve cruz!”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Jesus Cristo é o personagem central da história humana, não somente por ser quem Ele é, mas por ter feito o que Ele fez: morreu pela humanidade. Cristo tem sido o personagem central em minha vida?

Oração:
Senhor Jesus, obrigado por Teu inefável amor! Numa profunda demonstração de amor eterno, em Ti cumpriu-se o “Haja cruz”. Posso até imaginar a divina voz afirmando: “Haja amor. E houve amor!”. Que meus atos e palavras expressem minha gratidão ao Teu amor para comigo!


A. M. Cunha