sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SÉTIMA SEÇÃO – SALMO 119:50

Salmo 119:50 – “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica.” Que maravilha é saber que a Palavra de Deus é um poderoso consolo em tempos de angústia! Assim, o consolo divino sempre será uma possibilidade na vida do servo de Deus! O servo que esteja angustiado sempre encontrará na Palavra de Deus a vivificação que necessita para superar os tempos de angústia! A Palavra de Deus emana poder para consolação nos momentos de aflição, de modo que aquele que por Ela é consolado possa desfrutar da vida que Ela oferece. A angústia, ainda que por vezes constitua cheiro de morte, não resiste ao poder consolador da Palavra de Deus!
A. M. Cunha

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

SÉTIMA SEÇÃO – SALMO 119:49

Salmo 119:49 – “Lembra-te da promessa que fizeste ao teu servo, na qual me tens feito esperar.” Sempre que a Escritura menciona Deus lembrando-se de alguém algo extraordinário acontecia! “Lembrou Deus de Noé [...] Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.” [Gênesis 8:1]. “Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda.” [Gênesis 30:22]. O clamor do salmista aqui contido volta-se para o cumprimento da promessa que o Senhor lhe havia feito. Que maravilha, na visão do salmista, a promessa do Senhor é o “algo de extraordinário” que ele espera! O Senhor é quem inclina o coração humano a esperar na Sua promessa, por isso se diz: “na qual me tens feito esperar.” Esperemos, pois, nas promessas do Senhor!
A. M. Cunha

domingo, 25 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:48

Salmo 119:48 – “Para os teus mandamentos, que amo, levantarei as mãos e meditarei nos teus decretos.” Assim como no versículo 47, o salmista novamente declara o seu amor pelas Escrituras Sagradas. Este sublime amor o conduz a praticar duas atitudes: [1] Levantar as mãos para os mandamentos divinos, expressão esta que representa uma forma de demonstração de reverência e devoção; e [2] meditar na Palavra do Senhor, expressão usada para descrever uma forma de preencher a mente com as verdades contidas nas Escrituras Sagradas. A lição aqui revelada é muito clara: O amor que nutrimos para com os decretos divinos é a inspiração que precisamos para nos devotarmos à Palavra de Deus e para preenchermos nossa mente com Suas profundas verdades.
A. M. Cunha

sábado, 24 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:47

Salmo 119:47 – “Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo.” O prazer humano é, por vezes, voltado para sua própria satisfação. O salmista, no entanto, declara que o seu prazer estará focado na Lei do Senhor. Concentrar o nosso prazer na Lei do Senhor é uma veemente forma de declarar que amamos a Palavra de Deus. Uma boa forma de diagnosticarmos aquilo que verdadeiramente amamos é identificarmos o que de fato nos dá prazer.
A. M. Cunha

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:46

Salmo 119:46 – “Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei.”. Esta seção revela uma profunda conexão entre os versículos que a compõem. O salmista já havia declarado no versículo anterior que, por ter sido alvo da misericórdia e da salvação do Senhor, e por ter assumido um compromisso com a obediência, ele andaria com largueza diante do Senhor, ou seja, seria livre para explorar todas as potencialidades que a vida com Deus lhe oferecia. Agora ele acrescenta um elemento adicional: “Também falarei dos Teus testemunhos”. Ele declara que esta disposição em falar não lhe causaria vergonha. Sem dúvida, a vergonha é um poderoso obstáculo contra nosso testemunho, principalmente quando estamos diante de pessoas com autoridade. O salmista declara que não se envergonhará e, portanto, falará dos mandamentos do Senhor, mesmo na presença daqueles que possuem autoridade.

A. M. Cunha

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:45

Salmo 119:45 – “E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos.”. A expressão “andarei com largueza” tem o sentido de andar com liberdade para explorar todas as potencialidades que a vida com Deus pode oferecer ao fiel. A partícula “E”, contida no início deste versículo, aponta para o fato de que este “andar” é consequência direta de três importantes verdades reveladas nos versículos 41 a 44: [1] Ter sido alcançado pela misericórdia do Senhor; [2] Ter recebido a salvação do Senhor; e [3] Ter assumido o compromisso de obedecer continuamente à Lei do Senhor! Estas três verdades, misericórdia, salvação e compromisso com a obediência, abrem as portas para que o fiel ande com largueza diante do Senhor, ou seja, tenha a liberdade de explorar todas as potencialidades que a vida com Deus lhe oferece. O salmista finaliza o versículo declarando que tem se empenhado pelos preceitos divinos. O vocábulo “empenho” é traduzido do hebraico דָּרַשׁ [darash] cujo sentido é procurar, buscar com cuidado e aplicação. Assim, o salmista afirma que tem buscado com afinco os preceitos de Deus.
A. M. Cunha

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:40

Salmo 119:40 – “Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.”. Demonstrando que o seu coração está aberto diante de Deus, o salmista afirma que tem desejado obedecer aos mandamentos do Senhor. É exatamente este o sentido da expressão “Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos”. A Palavra de Deus, aqui denominada de justiça, é invocada como fonte de vivificação. Esta é a segunda vez nesta seção, que o vocábulo “vivifica-me” é pronunciado pelo salmista. Como dito anteriormente, o uso desta palavra, nesta seção, significa: “restaura a minha vida espiritual”, ou ainda, “mantenha-me espiritualmente vivo”.
A. M. Cunha

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:44

Salmo 119:44 – “Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre.”Este versículo responde à pergunta: Como poderá o homem observar continuamente a Lei de Deus? A resposta está no “Assim” declarado pelo salmista logo no início deste versículo. Contudo, não há como analisar esta passagem bíblica sem conectá-la com os versículos anteriores: 41, 42 e 43. Este versículo apresenta um desejo: observar de contínuo a Lei de Deus. Ao fazer uso do vocábulo “Assim”, o salmista está, na verdade, demonstrando que este desejo somente surgiu em seu coração pelo fato de ele ter recebido do Senhor, misericórdia e salvação! O tema abordado pelo salmista é a obediência, porém, não uma mera obediência que ele deseja, mas uma contínua, perene e perseverante obediência, por isso ele diz: “para todo o sempre”! Isto significa que o tempo oportuno para a obediência é “sempre”, e não apenas nos momentos felizes ou naqueles em que precisamos do favor divino!
A. M. Cunha

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:43

Salmo 119:43 – “Não tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos.”. O salmista declara neste versículo, que a Palavra do Senhor está nos seus lábios. Não se pode perder de vista o fato de que a Palavra da Verdade, que emana dos lábios do salmista, foi-lhe concedida porque ele recebeu misericórdia e salvação do Senhor, conforme anunciado no versículo 41. O texto revela ainda que o salmista está cheio de esperança, por isso se diz: “tenho esperado nos teus juízos.”. Juízos aqui, nunca é demais lembrar, é um vocábulo que faz referência à Palavra de Deus. E quanto a nós, nossa esperança está na Palavra do Senhor? Como saber? O salmista demonstra um caminho formidável! Segundo ele, uma forma de saber, é identificar o que está sendo abundante em nosso falar. O princípio bíblico é claro: Quando a Palavra de Deus está em nossos lábios isto revela que Ela tem sido nossa esperança!

A. M. Cunha

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:42

Salmo 119:42 – “E saberei responder aos que me insultam, pois confio na tua palavra.”. No versículo anterior, o salmista clamava pela vinda da misericórdia e da salvação sobre sua vida. Agora, neste versículo, já tendo sido abençoado pela misericórdia divina e pela Salvação do Senhor, ele declara que terá condições de responder aos que o insultam! Ele fará isso, não porque confia nos seus atributos pessoais, mas porque sua confiança está pautada na Palavra do Senhor! Assim, o insulto não precisa ser a palavra final na vida de um servo de Deus, pois ele poderá fazer uso das declarações da Escritura como sua palavra final. Estando envolvidos pela misericórdia do Senhor e tendo nossa vida alcançada pela salvação divina, estará aberta a porta para lançarmos mão das Escrituras e fazermos Dela nossa palavra final diante dos insultos que sofremos.

A. M. Cunha

domingo, 4 de dezembro de 2016

SEXTA SEÇÃO – SALMO 119:41

Salmo 119:41 – “Venham também sobre mim as tuas misericórdias, Senhor, e a tua salvação, segundo a tua promessa.”. A misericórdia pode ser percebida como uma das consequências da graça, tanto quanto o é a salvação. Se por um lado, a graça pode ser resumidamente apresentada como o imerecido favor que o homem recebe de Deus, a misericórdia, por outro lado, é um ato libertador, pois por ela o homem torna-se livre de receber a merecida condenação. A ordem aqui apresentada pelo salmista não pode ser alterada: Primeiro as misericórdias divinas, depois a salvação, e isto conforme a promessa do Senhor! O salmista revela, portanto, não apenas conhecer a dinâmica da salvação, mas ora a partir desta compreensão, por isso ele diz: “Venham também sobre mim as tuas misericórdias [...] e a tua salvação”. Assim, devemos, não apenas compreender as doutrinas reveladas pela Escritura Sagrada, mas somos convocados a orar de acordo com estas doutrinas.
A. M. Cunha

sábado, 3 de dezembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:39

Salmo 119:39 – “Afasta de mim o opróbrio, que temo, porque os teus juízos são bons.”O salmista nesta oração, assim como no versículo 22, pede ao Senhor que afaste dele o opróbrio, ou seja, qualquer circunstância que o envergue ou reprove ou dele zombe. Esta oração contém, não apenas um pedido, mas uma confissão, pois o salmista abriu o seu coração para confessar que sua alma achava-se dominada pelo medo de ser alcançado pelo opróbrio. Embora não seja identificado o opróbrio temido pelo salmista, este versículo apresenta a razão pela qual ele ora: “porque os teus juízos são bons”. Com tal expressão, o texto bíblico parece sugerir que o grande temor do salmista não era ser reprovado pelos homens, mas ser reprovado pelos juízos do Senhor. Diante de tal reprovação, diga-se de passagem, o homem não possui qualquer defesa, pois os juízos divinos são bons, ou seja, Deus jamais errará ao reprovar quem quer que seja!
A. M. Cunha

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:38

Salmo 119:38 – “Confirma ao teu servo a tua promessa feita aos que te temem.”Que oração elevada, pois o salmista não suplica nada além daquilo que o Senhor prometera aos que O temem! A expressão “Confirma ao teu servo a tua promessa” é um anúncio de que o temor do Senhor habita no coração do autor deste Salmo. Se há temor no coração, as súplicas que dele ecoarem estarão em harmonia com as promessas de Deus dirigidas àqueles que O temem. O salmista conhece o que Deus promete aos que O temem, e é exatamente pautado nestas promessas que as suas súplicas são apresentadas ao Pai Celestial.
A. M. Cunha

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:37

Salmo 119:37 – “Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.”Muito daquilo que faz o nosso coração inclinar-se em sentido contrário aos desígnios divinos, tem sua origem naquilo que nossos olhos contemplam. Os olhos de Eva foram a sutil porta por meio da qual ela enveredou quando de sua desobediência ao Mandamento Divino, por isso o texto bíblico afirma: “Vendo a mulher que a árvore era [...] agradável aos olhos” [Gênesis 3:6]. Reconhecendo que seus olhos podiam fazê-lo apegar-se à vaidade, o salmista suplicou ao Senhor: “Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade”! Este não foi, porém, o único pedido do salmista nesta oração. Ele ainda clamou ao Senhor: “vivifica-me”, em outras palavras, restaura a minha vida espiritual ou ainda, mantenha-me espiritualmente vivo. A expressão “no teu caminho” sugere que o salmista ansiava por experimentar a vivificação a partir da Palavra de Deus, pois o vocábulo “caminho”, utilizado neste Salmo é uma das palavras utilizadas para referir-se aos Mandamentos Divinos. O salmista, não se sentindo satisfeito com seu estado espiritual, ansiava por mais: Ele desejava experimentar uma restauração espiritual enquanto trilhava sua jornada de acordo com os caminhos do Autor da Vida!
A. M. Cunha

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:36

Salmo 119:36 – “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça.”Sabendo que o seu coração pode tender a voltar-se para direções opostas aos caminhos indicados pela Palavra de Deus, o salmista suplica que o Senhor exerça influência em sua vida, dobrando-lhe a natural inclinação do coração! Somente o mais forte pode inclinar o mais fraco! E por que o salmista envereda-se por esta súplica? Porque ele sabe que a cobiça é profundamente contrária aos Testemunhos Divinos, pois, como nos diz o apóstolo Tiago, “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz [...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” [Tiago 1:14-15]. Em sua oração, o salmista reconhece duas verdades: a) o poder do Senhor, o único capaz de fazê-lo amar a Palavra de Deus; e b) a profunda fraqueza de suas habilidades naturais, que são incapazes de fazê-lo, por seus próprios méritos, amar os Estatutos Divinos! É como se o salmista clamasse: Senhor, dobra o meu coração, fazendo-o inclinar-se para os Teus Mandamentos, e afasta-o da cobiça, pois ela pode matar a minha alma!
A. M. Cunha

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:35

Salmo 119:35 – “Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.”. Que súplica este versículo revela! O salmista, nesta oração, não deseja apenas ser instruído pelo Senhor, ele suplica que o Senhor o guie na vereda dos Mandamentos Divinos. Esta é uma oração singular, pois é como se por ela o salmista suplicasse: “Senhor, vem comigo! Anda comigo enquanto obedeço aos Teus mandamentos!”. Guiar pela vereda é muito mais do que apontar um caminho, é manter-se ao lado daquele que observa os Decretos divinos! Não se trata, portanto, de meramente desejar obedecer aos Mandamentos do Senhor! O anseio do salmista é mais elevado, pois ele deseja que o Senhor, o supremo autor dos mandamentos, o acompanhe em sua jornada!

A. M. Cunha

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:34

Salmo 119:34 – “Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.”. O salmista continua sua peregrinação em busca de direção para sua vida. Ele não almeja apenas informação, ele anseia por discernimento e compreensão! Ele deseja ver sua alma domada pelos mandamentos divinos para que possa obedecê-los de todo o coração! Não se trata aqui unicamente de uma questão de obediência, mas de reconhecer que a Escritura Sagrada é o único guia para a vida do Salmista! O amor para com a Palavra de Deus é uma expressão do amor para com o Deus da Palavra. A expressão “de todo coração”, conforme Mateus 22:37, aparece tanto para definir o amor para com o Deus da Palavra [“Amarás o Senhor, Teu Deus, de todo o teu coração”] como para especificar, conforme anuncia este versículo, o amor para com a Palavra de Deus [“tua lei; de todo o coração a cumprirei”].
A. M. Cunha

terça-feira, 22 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:33

Salmo 119:33 – “Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.”. Os mandamentos do Senhor fornecem para o cristão as mais valiosas instruções para a construção de uma fascinante jornada cristã! O vocábulo hebraico ירה [yarah], traduzido por “ensinar”, não tem apenas o sentido de instruir e dirigir, mas também o sentido de lançar flechas, chover e ser atingido. A súplica do salmista por ensino é intensificada, pois ele almeja, não apenas o conhecimento, mas a indicação de uma jornada: conselhos sobre como conduzir-se em sua vida. Assim, os Decretos do Senhor devem atingi-lo como flechas, devem molhá-lo totalmente como chuva! Ao ser atingido ele deve morrer e renascer como um novo homem. Ao ser molhado ele deve receber vida para frutificar! Estamos, pois diante de uma súplica cuja intensidade faz a alma tremer! O vocábulo “Ensina-me” pode ser visto como a oração que mais se repete em todo o Salmo 119: Ele aparece nos versículos 12, 26, 33, 64, 68, 108, 124 e 135. Que esta seja a oração de nossa vida!

A. M. Cunha

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:32

Salmo 119:32 – “Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando me alegrares o coração.”. Poucos sentimentos consomem tanto a energia de nossos corações quanto a tristeza provocada pelas angústias existenciais! Por conta disso, muitos, quando estão entregues ao esgotamento emocional, abandonam o caminho dos Mandamentos Divinos, pois, em tempos de angústias, por estarem sufocados pela dor, não lhes resta mais nenhuma energia para observarem os ensinamentos da Palavra de Deus. O salmista reconhece que, se o Senhor não lhe alegrar o coração, ele não terá uma reserva de energia que lhe permitirá buscar e observar os Mandamentos Divinos! A alegria de coração, quando provocada pelo Senhor, concede a energia necessária para que o servo de Deus possa buscar as orientações da Palavra de Deus e segui-las em sua jornada.
A. M. Cunha

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:31

Salmo 119:31 – “Aos teus testemunhos me apego; não permitas, Senhor, seja eu envergonhado.”. Esta, sem dúvida, é uma extraordinária declaração: “Aos teus testemunhos me apego”! É como se o salmista dissesse: “Senhor, eu confio tanto nos Teus Mandamentos e estou tão certo de que Eles são a verdade, que tenho conduzido minha vida de acordo com Suas orientações.”. Esta é, portanto, uma declaração de coerência, uma demonstração de que o salmista, não apenas possui a intenção de observar os Mandamentos divinos, mas de fato tem observado os Testemunhos do Senhor em sua conduta diária! O princípio é profundo, muito embora seja simples: Nossa vida diária deve manter coerência com as orientações da Palavra de Deus! A segunda parte deste versículo, “não permitas, Senhor, seja eu envergonhado”, é uma veemente súplica para que o Senhor firme os passos do salmista nesse propósito de seguir as orientações da Palavra de Deus. Esta súplica tem origem na convicção que o salmista possui de que, se não seguir as diretrizes da Palavra de Deus, o que o espera em sua jornada será um estado de vergonha! Deparamo-nos, portanto, com outro princípio: Envergonhados serão os que não observam os Mandamentos Divinos!
A. M. Cunha

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:30

Salmo 119:30 – “Escolhi o caminho da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos.”. Quão maravilhoso é perceber que o salmista adotava posturas em sua vida que se harmonizavam com suas orações! No versículo anterior ele clamou: “Afasta de mim o caminho da falsidade”. Neste versículo, como sugerem os vocábulos “escolhi” e “decidi-me”, o salmista intencionalmente escolheu o caminho da fidelidade. Isto significa que ele agia conforme orava. Uma vez que ele orava para afastar-se da falsidade, suas atitudes perseguiam a fidelidade! As orações do salmista possuíam a força necessária para reger sua conduta, ao mesmo tempo, sua conduta era um vivo reflexo do conteúdo de suas orações. Sua escolha para ser fiel estava alinhada com sua decisão de seguir os mandamentos divinos!
A. M. Cunha

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:29

Salmo 119:29 – “Afasta de mim o caminho da falsidade e favorece-me com a tua lei.”A expressão “caminho da falsidade” não faz referência apenas a um lugar por onde se possa andar, mas se refere a um estilo de vida. Por entender que a alma humana pode facilmente inclinar-se ao estilo de vida de falsidade, o salmista reconhece, em seu clamor, que Deus é poderoso para afastá-lo do “caminho da falsidade”! Como impedir que esta inclinação para a falsidade exerça poder sobre a alma humana? O salmista, em sua oração, reconhece que a Lei do Senhor é suficientemente poderosa para impedir que a alma humana incline-se para a falsidade, por isso ele clama: “favorece-me com a tua lei”. Basta-nos um leve sopro da Palavra de Deus para que a alma humana não mais se incline para a falsidade. Este é o testemunho do Salmista no Salmo 107:20, que nos diz: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal.”.
A. M. Cunha

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:28

Salmo 119:28 – “A minha alma, de tristeza, verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra.”. Neste versículo, o salmista fala de um choro da alma, muito provavelmente para denunciar a intensidade de sua tristeza. Esta é a segunda vez, nesta seção, que o salmista faz referência às dificuldades enfrentadas por sua alma. Na primeira vez, quando se referia à tristeza com as palavras “minha alma está apegada ao pó” [v. 25], ele clamou por vivificação! Agora, em seu clamor, o salmista deseja o fortalecimento prometido nas Sagradas Escrituras, por isso ele clama: “fortalece-me segundo a tua palavra”. Nossas orações voarão mais alto quando as Escrituras Sagradas forem o fundamento no qual elas se sustentam! 
A. M. Cunha

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:27

Salmo 119:27 – “Faze-me atinar com o caminho dos teus preceitos, e meditarei nas tuas maravilhas.”. Como poderia a alma humana desejar tão intensamente os preceitos divinos a ponto de compreendê-los com profundidade? Isto somente ocorrerá se o Senhor incliná-la a desejá-los! O coração humano não poderia por si só inclinar-se a tais desejos! Tampouco poderia discernir tão profundamente os mandamentos divinos sem a influência de uma inspiração celestial! Sopra, ó Senhor, a inspiração dos céus para que possamos compreender os Teus mandamentos, pois desta forma nossa alma será aberta para contemplarmos as Tuas maravilhas!
A. M. Cunha

sábado, 12 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:26

Salmo 119:26 – “Eu te expus os meus caminhos, e tu me valeste; ensina-me os teus decretos.”. Neste versículo o salmista menciona que fez uma exposição dos seus caminhos para o Senhor. Este relato do salmista é uma desafiadora abertura de alma, uma verdadeira confissão! Diante da honestidade do salmista, a resposta divina vem em forma de testemunho e aprovação, pois a expressão “me valeste”, no original, tem o sentido de testificar ou responder como testemunha, o que sugere uma maravilhosa aprovação divina. Tal aprovação é libertadora! A alma assim tocada pelo Senhor, não resistindo às chamas que ardem em seu coração, finalmente clama em resposta ao profundo anelo que a envolve: “ensina-me os teus decretos”!
A. M. Cunha

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:25

Salmo 119:25 – “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.”. O clamor apresentado neste versículo, em sua essência revela dois importantes aspectos: [1] Em primeiro lugar, pode-se perceber que o clamor será sempre uma possibilidade na vida de um filho de Deus. Isto significa dizer que, mesmo quando os filhos de Deus estejam enfrentando circunstâncias que os façam sentir-se no pó, ainda assim eles poderão clamar, pois tais circunstâncias não possuem o poder de privá-los do direito e do privilégio de clamarem ao seu Deus! [2] Em segundo lugar, pode-se perceber que o clamor proferido pelo salmista reconhece a Palavra de Deus como fonte de autêntica vivificação. Observe que o clamor aqui proferido não está focado em narrar a angústia suportada pela alma, mas em declarar o poder vivificador da Palavra de Deus. O clamor autêntico deve conter declarações que, por estarem firmadas nas Escrituras, opõem-se às circunstâncias enfrentadas pelos filhos de Deus!
A. M. Cunha

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:24

Salmo 119:24 – “Com efeito, os teus testemunhos são o meu prazer, são os meus conselheiros.”A declaração contida neste verso anuncia que o salmista obtinha prazer nos mandamentos divinos, e não apenas isso, as mais valiosas orientações para sua jornada nesta terra eram obtidas nos preciosos conselhos da Palavra de Deus! O salmista contemplava nas Sagradas Escrituras, uma segura fonte que lhe oferecia contínua direção, de modo que a partir dos Conselhos Divinos ele saberia como agir, ser e pensar ao longo de sua peregrinação nesta terra. A Escritura Sagrada é a fonte da real felicidade!

A. M. Cunha

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:23

Salmo 119:23 – “Assentaram-se príncipes e falaram contra mim, mas o teu servo considerou nos teus decretos.”. Quais sentimentos envolvem nossa alma quando estamos sob ameaça? As ameaças podem até fazer com que uma pessoa espiritualmente despreparada interrompa sua jornada espiritual, mas não aquele cujo coração verdadeiramente ama o Senhor! Observe que o salmista, mesmo ciente de que pessoas providas de autoridade o estavam ameaçando, não permitiu que tais ameaças lhe tirassem o foco dos mandamentos divinos! E nem poderia ser assim, pois aquele que ama o Senhor tem em Seus mandamentos a fonte de toda esperança e consolo! Movido pela graça de Deus, as ameaças não perturbavam o salmista!

A. M. Cunha

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:22

Salmo 119:22 – “Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.”. Os filhos de Deus, mesmo manifestando uma conduta de obediência para com os mandamentos divinos, sofrerão em sua jornada as dores e o incômodo que são peculiares ao opróbrio [condição daquele que é zombado, envergonhado ou reprovado] e ao desprezo que, por vezes, os discípulos de Cristo suportam por se dedicarem avidamente à Palavra de Deus. Seu olhar, no entanto, não pode afastar-se do foco espiritual de sua existência: manterem-se em conexão espiritual com Deus! Pertence-lhes, portanto, o direito de, com ousadia e fé, clamarem ao Senhor que lhes retire o opróbrio e a vergonha.
A. M. Cunha

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:21

Salmo 119:21 – “Increpaste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.”. O Salmo 119 inicia-se com uma gloriosa afirmação: Bem-aventurados são aqueles que andam na lei do Senhor e guardam as suas prescrições [Salmo 119:1-2]. Agora, porém, no versículo 21, ecoa a vibrante afirmação de que aqueles que se desviam dos mandamentos divinos são considerados soberbos e malditos. É perigosa, portanto, a postura daqueles que se desviam dos mandamentos divinos, pois, conforme Deuteronômio 27:26, “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo.” [Deuteronômio 27:26]. A expressão “Increpaste os soberbos, os malditos” anuncia que Deus repreende asperamente os que se desviam dos Seus mandamentos. Este é, literalmente, o sentido do vocábulo “increpaste”: repreender asperamente! Como se pode observar, Deus, movido por santo amor e inigualável misericórdia, e considerando que a soberba e a maldição são implacáveis malefícios para a alma humana, repreende asperamente os que se desviam dos Seus mandamentos. Seu propósito, como sempre, é trazer o homem de volta para Si!
A. M. Cunha

domingo, 6 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:20

Salmo 119:20 – “Consumida está a minha alma por desejar, incessantemente, os teus juízos.”. O salmista não apenas deseja os juízos divinos, mas incessantemente anela por eles. O vocábulo “consumida” vem do hebraico garac [גרס], cujo significado sugere: ser esmagado, ser quebrado. Esta porção sugere que o salmista está sob a influência de um desejo tão profundo pela Palavra de Deus, que nada lhe desperta profunda atenção como as maravilhas contidas nos mandamentos divinos! A oração contida no versículo anterior, “não escondas de mim os teus mandamentos”, parece encontrar sua razão de ser no desejo por conhecer os mandamentos divinos aqui revelados! A alma humana, em sua condição natural, acha-se mais inclinada a satisfazer-se com os desejos terrenos do que com os prazeres inerentes ao Reino dos Céus. O salmista, no entanto, declara neste versículo que sua alma, ao contrário de sua inclinação natural, foi tomada pelo contínuo desejo de conhecer os mandamentos divinos, e com tal intensidade, que não lhe restaram mais forças para inclinar-se aos deleites terrenos.

A. M. Cunha

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:19

Salmo 119:19 – “Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.”. A condição de peregrino, aqui destacada pelo salmista, revela que ele não percebe a si mesmo como sendo vocacionado a ter residência fixa nesta terra! Além de não possuir tal vocação, o salmista reconhece que não possui qualquer habilidade para, por si só, descobrir os mandamentos divinos. Ao clamar “não escondas de mim os teus mandamentos”, o salmista, ciente de que não possui  residência fixa neste lado da eternidade, está reconhecendo que, sem a Palavra de Deus, jamais conseguirá viver nesta terra com espiritualidade significativa.

A. M. Cunha

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:18

Salmo 119:18 – “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.”. A Lei do Senhor não é um conjunto de regras do tipo “pode e não pode”, Ela está repleta de maravilhas! O salmista, no entanto, reconhece que, a menos que o Senhor lhe desvende os olhos, tais maravilhas permanecerão inacessíveis diante de suas habilidades meramente naturais. Por mais vibrante que seja a luz natural ela é incapaz de dissipar as densas trevas que obscurecem a percepção espiritual do homem em sua natural condição. É a invisível mão do Espírito Santo que conduz o homem a contemplar as maravilhas da Lei do Senhor!

A. M. Cunha

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:17

Salmo 119:17 – “Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra.”O salmista, ao se utilizar da expressão “Sê generoso para com o teu servo”, reconhece que precisa do favor de Deus, pois somente assim poderá viver e obedecer à Palavra de Deus. Observe que o salmista considera o dever de observar a Palavra de Deus como um grandioso propósito da vida. Assim, ele não deseja viver, apenas por viver, mas sua alma anela por viver para obedecer à Palavra de Deus! Feliz é a alma que contempla em sua existência a necessidade de viver para obedecer. E não apenas obedecer a um comando qualquer, mas aos imutáveis comandos da Palavra de Deus! O salmista reconhece que é a generosidade do Senhor que fará com que ele viva e observe a Palavra de Deus. Em outras palavras, o salmista estava afirmando que enquanto ele vivesse, sua dedicação seria concentrada em observar os mandamentos divinos.
A. M. Cunha

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:16

Salmo 119:16 – “Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra.”. À semelhança do versículo anterior, o salmista anuncia que sua alma encontra-se envolta com dois outros desejos: [1] ter prazer nos decretos divinos, e [2] não se esquecer da Palavra de Deus. Em outras palavras o salmista deseja alegrar-se e não se esquecer dos mandamentos do Senhor: alegrar-se e lembrar-se! Num ambiente caracterizado por alegrias decorrentes dos “prazeres da carne” [hedonista, portanto], o salmista manifesta uma contracultura, por meio da qual o seu prazer estará focado nos decretos divinos, por isso ele diz “Terei prazer nos teus decretos”! Num ambiente caracterizado por atividades mentais concentradas naquilo que somente aproveita ao homem [hedonista, portanto], o salmista manifesta uma contracultura, por meio da qual sua mente estará focada na Palavra de Deus, por isso ele diz: “não me esquecerei da tua palavra”!

A. M. Cunha

terça-feira, 1 de novembro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:15

Salmo 119:15 – “Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito.”. O salmista vê sua alma envolvida em dois preciosos desejos: [1] meditar nos preceitos divinos, e [2] respeitar as veredas do Senhor. Em outras palavras, ele desejava meditar e obedecer! O filho de Deus que se aproxima da Palavra de Deus deve fazê-lo em condição de vulnerabilidade. Esta condição de vulnerabilidade nada mais é do que adotar uma postura reflexiva diante das Sagradas Escrituras, ou seja, o discípulo de Cristo deve lê-la e deixar-se ser lido por Ela; deve investigá-la e deixar-se ser investigado por ela; deve nela meditar e deve observar os caminhos por ela apontados. Meditar e obedecer, eis os desejos que devem envolver nossa alma!
A. M. Cunha

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:14

Salmo 119:14 – “Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.”. Observe a expressão “o caminho dos teus testemunhos”. É assim que o salmista descreve a Palavra de Deus! A palavra “caminho, do hebraico derek [דרךְ], além de referir-se a estrada, distância, jornada e direção, refere-se também a maneira, hábito. Nesta últimas acepções, este vocábulo pode ser empregado, como é o caso aqui, referindo-se “ao curso da vida” e ao “caráter moral”. Em outras palavras, o salmista percebia nas Escrituras a bússola capaz ditar-lhe o curso da vida e o caráter moral de sua conduta. E é exatamente nesta direção segura que o salmista ancorava sua alegria, por isso ele diz “mais me regozijo”! Enquanto muitos procuram estabilidade nas riquezas, o salmista encontra mansidão nos caminhos do Senhor, e isto lhe causa indescritível regozijo! O profeta Isaías comprova esta verdade ao dizer: “Os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor” Isaías 29:19. Onde está posto o coração do salmista? A resposta ecoa retumbante: No caminho dos testemunhos divinos e não em todas as riquezas! O mestre da vida, Jesus Cristo, afirma: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6:19-21.

A. M. Cunha

sábado, 29 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:13


Salmo 119:13 – “Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.”. Sem dúvida, expressar com nossos lábios os Decretos Divinos é um extraordinário bem que fazemos, não apenas para nós, mas para o próximo! Nosso Senhor Jesus Cristo já havia falado: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem”! E é exatamente por nosso falar que o bem é extraído do coração, pois “a boca fala do que está cheio o coração” [Lucas 6:45]. Por duas vezes nesta segunda seção do Salmo 119, o salmista mencionou o coração. Na primeira vez, para anunciar que buscava o Senhor de todo o coração [Salmo 119:10]. Na segunda, para destacar que guardava no coração a Divina Palavra [Salmo 119:11]. Portanto, com o coração ele busca o Senhor e no coração ele guarda a Palavra do Senhor! Tendo o coração assim comprometido com o Senhor e com Sua Palavra, não é de estranhar que os lábios do salmista proclamassem os juízos divinos! Observe, porém, que não há, nos lábios do salmista, uma preferência a certas passagens dos Decretos Divinos, como uma espécie de “caixa de promessas”, ao contrário, seus lábios proclamavam “todos” os juízos” divinos!
A. M. Cunha

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:12

Salmo 119:12 – “Bendito és tu, Senhor; ensina-me os teus preceitos.”. O salmista, não apenas bendiz ao Senhor, mas ergue uma súplica por aprendizado. É importante perceber, porém, que não se trata de um aprendizado qualquer: Ele deseja aprender os preceitos divinos! Além disso, esta súplica não pode referir-se apenas à obtenção de informações sobre os preceitos de Deus. O anseio do salmista é por um aprendizado que o conduza à obediência! Ele anseia aprender a obedecer! Esta é a vocação dos mandamentos divinos, despertar nossa obediência. Foi exatamente assim que o Senhor compartilhou conosco a Grande Comissão! Ele não disse: “ensinando-os todas as coisas que vos tenho ordenado”. Suas palavras foram além de uma mera transferência de informações. Ele planejava despertar a obediência dos Seus discípulos, por isso falou: “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Essa palavra, guardar, qual flecha do arqueiro, tem por alvo nossa obediência! O mesmo se dá aqui, neste salmo. É como se o salmista dissesse: Senhor, não desejo apenas obter informações sobre os Teus preceitos, pois minha alma encontra-se sedenta por saber como poderei obedecê-los!
A. M. Cunha

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO - SALMO 119:11

Salmo 119:11 – “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”O profeta Isaías aponta os nefastos danos do pecado, ao anunciar que as nossas iniquidades são a raiz da mais perversa das separações, pois o pecado faz com que o pecador encontre-se privado da comunhão com o criador do universo. E não apenas isso, em sua fala, o profeta revela que nossas iniquidades atuam como névoa que nos encobre o rosto divino, de modo que o pecador não consiga contemplá-lo em comunhão. Eis as palavras do profeta: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” [Isaías 59:1-2]. O salmista, em harmonia que esta revelação profética e concluindo que o pecado é uma perigosa influência na vida dos filhos de Deus, demonstra que tal influência será desfeita quando a Palavra tornar-se um valioso tesouro guardado no coração! A influência do pecado não resiste àquele que guarda no coração a Divina Palavra.
A. M. Cunha

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO - SALMO 119:10

Salmo 119:10 – “De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.”. Mesmo aquele que busca o Senhor de todo coração deve manter-se vigilante. Existe uma natural inclinação, fruto da rebeldia inerente ao coração humano, que intenta fazer com que a alma constantemente fuja dos mandamentos divinos. O fiel deve abrigar-se na oração, obtendo dela a força necessária para resistir aos impulsos do coração rebelde, e deve fazê-lo buscando o Senhor de todo o coração! Esta intensa busca despertará na sedenta alma o veemente clamor: “não me deixes fugir aos teus mandamentos”. A humanidade, em sua natural inclinação, intentará fugir dos decretos divinos, mas aquele que de todo coração busca o Senhor há de empreender, por impulso do Espírito de Deus, uma avassaladora corrida ao encontro das Sagradas Escrituras! A alma de quem assim busca o Senhor Deus não encontrará descanso espiritual, a menos que mergulhe nas cristalinas águas da obediência aos decretos divinos!
A. M. Cunha

SEGUNDA SEÇÃO - Salmo 119:9

Salmo 119:9 – “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.”. A juventude poderá manter-se purificada, mesmo diante das paixões que fazem guerra contra a sua pureza! O apóstolo Paulo, em sua segunda Carta a Timóteo já advertira: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade.”. O caminho de pureza para o jovem é uma possibilidade real, desde que a Palavra de Deus torne-se para ele o único suporte sobre o qual ele construa a sua jornada espiritual neste mundo! A Escritura Sagrada assegura-nos que, pela confissão, obteremos perdão e purificação para construirmos uma jornada espiritual madura. Assim nos afirma a Palavra de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” [1 João 1:9].
A. M. Cunha