segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 19


Dos registros contidos no Capítulo 19 do Evangelho Segundo Mateus, extrai-se o fato de que as crianças não passam ao largo das bênçãos de Cristo – Mateus 19:13-15.

Colhemos, das palavras contidas nesses versículos, duas importantes ordens acerca das crianças: [1] Devemos deixar que as crianças venham a Cristo, é o que se pode chamar de “deixar vir”; e [2] Não podemos criar qualquer tipo de embaraço quanto ao acesso que as crianças devem ter a Jesus, é o que se pode chamar de “não embaraçar”.

Numa perspectiva meramente humana, poderíamos até pensar que a razão pela qual devemos deixar que as crianças, sem qualquer embaraço, venham a Jesus seja por conta de sua espontânea alegria. Outra justificativa, ainda sob o prisma humano, para que tal acesso seja garantido sem quaisquer obstáculos, é a extrema e constante necessidade de cuidados a que as crianças estão submetidas. Assim, sob a perspectiva dessas óticas, as crianças deverem ter livre o acesso a Cristo por serem alegres e necessitadas.

No entanto, Cristo nos oferece uma justificativa muito mais elevada para que as crianças, sem embaraço algum, tenham livre acesso a Ele e à Sua mensagem: Porque delas é o Reino de Deus [Mateus 19:14]! Uma vez que o Reino de Deus lhes pertence, as crianças devem ter assegurado o acesso ao Senhor deste Reino e à Sua mensagem. Em decorrência, Cristo requer que os adultos adotem duas condutas com relação às crianças: “Deixar vir” e “Não embaraçar”, pois a elas pertence o Reino de Deus!

O chamado para “não embaraçar” confronta-nos com a seguinte advertência: É possível que homens, destituídos do genuíno amor, criem embaraços no caminho das crianças, em decorrência dos quais elas venham a ser impedidas de se aproximarem de Cristo, ou tenham este caminho dificultado. Os homens devem, portanto, abrir caminhos e não colocarem entulhos na jornada dos pequeninos até Cristo.

Por outro lado, o chamado para “deixar vir” lança-nos diante de uma gloriosa esperança: É possível que os homens sejam dotados de um tão singular amor que os transformem em canais que assegurem o acesso dos pequeninos ao Senhor. Os homens podem, portanto, viabilizar o caminho das crianças até Cristo!

Nunca é demais lembrar o fato de que existem as seguintes classes de pessoas em relação às quais o Evangelho Segundo Mateus descreve como sendo portadoras do reino de Deus:

[1] Os humildes de espírito [Mateus 5:3];
[2] Os perseguidos por causa da justiça [Mateus 5:10]; e
[3] As crianças [Mateus 19:14].

A. M. Cunha

OS QUE SE RENDERAM A CRISTO SÃO MEMBROS DA FAMÍLIA DE DEUS


“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”
Romanos 8:15-17

Nestes preciosos versículos, o apóstolo Paulo efetua uma importante conexão entre o “viver atemorizado” e o “espírito de escravidão” de um lado e, de outro, entre o “ser membro da família de Deus” e o “Espírito Santo”.

O “espírito de escravidão” enclausura os homens numa vida atemorizada, fazendo com que se tornem “escravos do medo”.

O Espírito Santo, por outro lado, introduz na vida divina todos os que se renderam a Cristo, fazendo com que se tornem “filhos de Deus” por adoção, portanto, membros da família de Deus. Os filhos de Deus são introduzidos numa esfera de íntima comunhão com Deus, de modo que podem livremente clamar: “Aba, Pai”.
A. M. Cunha

DEUS ESTÁ COMPROMETIDO COM O NOSSO APRIMORAMENTO ESPIRITUAL


“Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!”
1 Pedro 5:10-11

Podemos ter plena convicção de que o Deus de toda Graça está intensamente interessado em nosso aprimoramento espiritual.

[1] Ele nos aperfeiçoará: Isso significa que aquilo que começou em nós [a sua boa obra], Ele há de completar [Filipenses 1:6]. Muitas vezes Deus levanta algumas pessoas em nosso meio como agentes desse aperfeiçoamento [Efésios 4:11-12];

[2] Ele nos firmará e fundamentará: Isso significa que podemos ter firmeza na fé [I Pedro 5:9] e na genuína graça de Deus [I Pedro 5:12]. Temos aqui também, a transmissão da ideia de que há uma construção e que um fundamento precisa ser posto. Deus está edificando uma casa espiritual [Sua Igreja] sobre um fundamento especial: Cristo é o fundamento [I Coríntios 3:9-11 e Mateus 16:18]. Os dias maus podem chegar, mas estaremos firmes como quem edifica a sua casa sobre a rocha [Mateus 7:24 e 25];

[3] Ele nos fortificará: O Senhor, que é a nossa fortaleza [Salmo 46:1], é quem nos dá a força. Força para amar [I Pedro 4:8], para resistir ao diabo e ao mundo [I Pedro 5:9], para sermos sóbrios e vigilantes [I Pedro 5:8], para praticarmos o bem [I Pedro 5:19], para nos abstermos das paixões carnais [I Pedro 2:11].

Por conta de todo esse cuidado divino para conosco, podemos seguramente declarar que a “ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!”
A. M. Cunha

sábado, 29 de dezembro de 2018

O ESPÍRITO DA VERDADE ESTARÁ PARA SEMPRE COM OS DISCÍPULOS DE CRISTO


“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”
João 14:16-17

Estamos diante de uma gloriosa promessa: a promessa do “outro Consolador”, descrito aqui como o “Espírito da Verdade”. Por ser quem é e por fazer o que faz, o Espírito da Verdade está umbilicalmente ligado a Cristo, que é a verdade, como descrito em João 14:6! O Espírito da Verdade estará para sempre com os discípulos de Cristo!

Se de um lado contemplamos uma gloriosa promessa, de outro, deparamo-nos com uma vigorosa advertência, pois um contundente contraste entre o mundo e os discípulos de Cristo é aqui apresentado: Estes podem receber e conhecer o Espírito da Verdade, aqueles, dado ao seu estado de entranhável incredulidade, não podem vê-lo nem conhecê-lo. O mundo, portanto, está privado das inefáveis benesses proporcionadas pelo Espírito da Verdade!
A. M. Cunha

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

CONFIEMOS NO SENHOR A PONTO DE NOS SENTIRMOS ABSOLUTAMENTE SEGUROS EM SEUS BRAÇOS


“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.”
Salmo 37:5

O que fazer diante de um texto tão magnifico quanto esse? Resta-nos a absoluta entrega ao curso caudaloso das suas vibrantes promessas! Quando entregamos o curso de nossa vida ao Senhor [é a isso que se refere a expressão “Entrega o teu caminho ao Senhor”] e Nele confiamos, tão intensamente quanto possível, a ponto de nos sentirmos absolutamente seguros em Seus braços, nossos olhos serão abertos para contemplarmos o que Ele já está fazendo e o que Ele ainda fará em nosso favor, para que o glorifiquemos em todos os atos de nossa vida!
A. M. Cunha

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

TUDO O QUE ESTÁ PROMETIDO NA ESCRITURA, CUMPRIR-SE-Á INEXORAVELMENTE

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.”
João 14:12-13

Que extraordinária promessa de Nosso Senhor! A fé em Cristo produz um benefício e uma gloriosa missão para o que crê:

[1] O benefício produzido diz respeito a uma mudança de natureza familiar, pois concede ao que crê o poder de ser filho de Deus, integrando-o, por conseguinte, na família de Deus [João 1:12];

[2] A missão conferida refere-se à atribuição de uma representação espiritual, pois concede ao que crê o poder para ser um representante de Jesus neste mundo. De acordo com João 14:12, Jesus deixou claro que o fato de Ele estar indo para junto do Pai seria o motivo pelo qual os Seus discípulos fariam as obras [no plural] que Ele fazia. Fazer as mesmas obras significa continuar fazendo o que Ele fazia como Seu representante! Há ainda, um motivo adicional para isso! Conforme João 14:16-17, os seguidores de Jesus receberiam o “Consolador”, o “Espírito da Verdade” que, não estaria apenas com eles, mas estaria “neles” para sempre! E é exatamente o poder do Espírito Santo em suas vidas que os faria viver como legítimos representantes de Cristo!

O tempo futuro empregado para o verbo “fazer”, no grego, serve para indicar uma ocorrência contemplada ou certa de um fato que ainda não aconteceu. Isso significa, portanto, que o que está prometido na Escritura, cumprir-se-á inexoravelmente.
A. M. Cunha

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 18


No texto de Mateus 18:1-6, Jesus ensina os Seus discípulos a lidar com o egocentrismo. Eles estavam envolvidos na seguinte discussão: Quem seria o maior entre eles? Esse aspecto da discussão pode ser visto mais diretamente em Marcos 9:34 e Lucas 9:46.

De acordo com Mateus 18:2, o Senhor, para responder À indagação dos Seus discípulos sobre quem seria o maior entre eles, “chama uma criança” e a coloca no “meio deles”. Desse modo, Jesus dá um destaque muito especial às crianças e, a partir da singularidade delas, passa a ensinar os Seus discípulos a como vencerem o egocentrismo.

No Seu ensino, o Senhor diz ser necessária a “conversão” [Mateus 18:3]. Surpreendentemente, Ele acrescenta algo mais em Sua resposta, ao dizer: “e não vos tornardes como crianças”. O foco é claramente “entrar no reino dos céus”, por isso se diz: “de modo algum entrareis no reino dos céus” [Mateus 18:3]. Há, no entanto, um foco implícito: “viver na terra como criança”! Essa é uma segura forma de expressar o caráter de Cristo e evidenciar a verdadeira natureza da “conversão”. Nesse sentido, a criança torna-se “um modelo”, um “referencial” a ser seguido!

O Senhor prossegue Seu ensinamento dizendo: “aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” [Mateus 18:4]. Portanto, ser maior não se relaciona com a capacidade de comandar, mas com a disposição de se submeter! Aprofundando ainda mais o Seu ensinamento, o Senhor anuncia que o ato de receber uma criança em Seu nome é equivalente ao ato de recebê-lo [Mateus 18:5].

O Senhor, então, passa a ensinar que não se deve fazer tropeçar os pequeninos que creem nEle [Mateus 18:6]. Assim, de acordo com essa passagem do Evangelho Segundo Mateus, o Senhor faz dois importantes destaques para revelar a importância das crianças: [1] As crianças são destacadas como modelo de humildade e de vida. Isso pode ser visto na expressão: “e não vos tornardes como crianças” [Mateus 18:3]; [2] As crianças são destacadas como alvo de nosso constante cuidado, de modo a não contribuirmos para o seu tropeço. Isso pode ser visto na expressão: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho [...] [Mateus 18:6].
A. M. Cunha

AS RESPOSTAS DE JESUS SÃO MAIS AMPLAS DO QUE OS NOSSOS QUESTIONAMENTOS


“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
João 14:6

O texto de João 14:6 foi uma resposta de Jesus ao seguinte questionamento de Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” [João 14:5]. Se observarmos atentamente, a pergunta de Tomé estava restrita ao caminho. Ele nada perguntou sobre a verdade ou sobre a vida. No entanto, Jesus foi além da pergunta formulada por Tomé. Com Jesus sempre será assim: Suas respostas são mais amplas do que os nossos questionamentos! Ele sempre nos responderá muito além do que tudo o que perguntarmos! Quando pensamos que o “caminho” é tudo o que queremos saber, Jesus nos mostra que “o caminho, a verdade e a vida” são tudo o que necessitamos compreender!
A. M. Cunha