Assim como na língua portuguesa,
a língua grega também possui um verbo de ligação que significa “ser” ou
“estar”: [εἰμί]. O presente do
indicativo deste verbo relativo à terceira pessoa do singular é [ἐστί], que significa “ele é” ou “ele
está”. No tempo imperfeito, este verbo é assim conjugado na terceira pessoa do
singular: [ἦν], cujo significado é
“ele era” ou “ele estava”. No capítulo 15 do Evangelho Segundo Marcos, o
centurião que presenciou o exato momento da morte de Jesus, fez uso do tempo
imperfeito para declarar algo a respeito de Jesus: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” [Marcos 15:39].
Esta, embora seja uma linda declaração, não revela toda a essência de Jesus
Cristo. E por quê? Porque “Jesus Cristo,
ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” [Hebreus 13:8].
Provavelmente, o centurião tenha usado o imperfeito quando se referiu a Jesus,
porque até então não lhe tinha sido revelado que a morte jamais seria a palavra
final na história do Filho de Deus, pois a ressurreição de Jesus romperia “os grilhões da morte”, numa veemente
declaração de que “não era possível fosse
ele retido por ela.” [Atos 2:24]. Definitivamente, Jesus não apenas era o
Filho de Deus. Ele era, é e sempre será o Eterno Filho de Deus!
A.
M. Cunha