“Não acumuleis
para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e
onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu,
onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque,
onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”
Mateus 6:19-21
Considerando o
fato de que as ações humanas promovem o acúmulo de tesouros, Jesus acrescenta
ao Sermão do Reino duas ordens, autênticos mandamentos que revelam uma dupla
perspectiva: a perspectiva terrena e a perspectiva da eternidade. Suas palavras
são claras, diretas e contundentes.
A primeira destas perspectivas,
que enseja uma ordem para “não fazer”, é a terrena. O Senhor diz: “Não acumuleis [...] tesouros na terra”. Não envidem
esforços, não concentrem energias, não direcionem suas forças para o acúmulo de
tesouros nesta terra. Quem assim vive revela que o seu coração fixou residência
nesta terra, fazendo dela sua origem, sua razão de ser e seu destino final.
A segunda
perspectiva, que evidencia uma ordem para “fazer”, é tipicamente celestial. Em
Suas palavras o Senhor ordena: “ajuntai
para vós outros tesouros no céu”. Aquele que acumula tesouros nos céus
demonstra cabalmente que a terra não é sua residência final. Sua pátria é
celestial, pois ele compreende que o céu não é apenas sua razão de ser ou o seu
destino final, mas sua poderosa, definitiva e transformadora origem. Seu
coração está livre da terra e intensamente se mantém escravo do céu!
Os tesouros da
terra são facilmente corroídos pela traça e pela ferrugem e são drasticamente
alcançados por ladrões que escavam e roubam! Os tesouros celestiais, por outro
lado, estão definitivamente protegidos, não estando sujeitos, de forma alguma,
aos ataques das traças, da ferrugem e dos ladrões!
A. M. Cunha