Salmo 119:153 – “Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei”.
O
salmista invoca o Senhor por livramento, tendo como fundamento o princípio
espiritual de que a obediência à Lei do Senhor libera ações sobrenaturais de
livramento. Seu foco está no livramento da aflição, pois o salmista estava
plenamente consciente dos danos que a aflição poderia provocar em sua fé. A
narrativa bíblica da libertação do cativeiro egípcio já nos dava conta dos
perigos da aflição na alma do fiel. Após ter-se encontrado com a sarça ardente,
Moisés anunciou ao povo de Israel que Deus iniciara o processo de libertação. A Escritura afirma que “o povo creu; e,
tendo ouvido que o Senhor havia visitado os filhos de Israel e lhes vira a aflição,
inclinaram-se e o adoraram” [Êxodo 4:31]. Após este momento, porém, as
garras da escravidão tornaram-se ainda mais cruéis. Faraó aumentou as
angústias do povo de Israel e Moisés, recorreu ao Senhor suplicando por direção. Novamente
orientado por Deus acerca do livramento, Moisés anunciou ao povo o intento
libertador de Deus. Porém, uma daninha incredulidade surgiu no coração do mesmo povo
que anteriormente havia crido. Qual a razão para isso? O texto bíblico responde
anunciando o seguinte: “mas eles não
atenderam a Moisés, por causa da ânsia de espírito e da dura escravidão” [Êxodo
6:9]. Eis o dano que a ânsia de espírito e o acirramento da aflição provocaram
na fé do povo de Deus! Não raro somos envolvidos em situações de profunda
angústia, as quais sufocam a nossa fé. Acautelemo-nos para que tais momentos
não aniquilem o fôlego de nossa fé! O salmista, portanto, percebendo os riscos
que o acirramento da aflição poderia produzir em sua fé, aplicou em sua vida
uma dupla ação capaz de lhe preservar o fôlego de fé: Ele, em primeiro lugar, clamou ao Senhor e, em segundo lugar, não se
afastou da Sua Lei! Duas preciosas sementes para a maturidade espiritual estão
lançadas: A prática da oração e o contato com a Palavra de Deus!
A. M. Cunha