Uma sociedade pode muito bem ser representada e devidamente identificada
por seu idioma. Nos tempos bíblicos, o mundo grego e seu idioma representavam a
esfera social do conhecimento; o mundo romano e seu idioma, por sua vez, faziam
alusão à esfera social do domínio bélico e político; e, por fim, o mundo
hebraico e seu idioma correspondiam à esfera social da religiosidade. Pode-se
dizer, num certo sentido, o seguinte a respeito destas três esferas sociais: [1]
A esfera social do domínio bélico e político abrange o governo e suas múltiplas
manifestações de domínio; [2] A esfera social da religião abrange a igreja; e [3]
A esfera social do conhecimento abrange a economia, a educação, o entretenimento,
a família e, finalmente, a comunicação e as artes.
O capítulo 23 do Evangelho Segundo Lucas contém um texto singular
acerca da crucificação de Jesus Cristo. O texto bíblico diz o seguinte: “E também, por cima dele, estava um título,
escrito em letras gregas, romanas e hebraicas: Este é O Rei dos Judeus” [Lucas 23.38]. É possível observar
que as três esferas sociais acima mencionadas estavam sendo representadas
naqueles três idiomas, nos quais foi escrito o título que havia sido colocado
sobre a cruz de Jesus Cristo. Assim, estes três idiomas, grego, romano e
hebraico, parecem sugerir que o mundo inteiro, em todos os aspectos de sua
manifestação social [as três esferas sociais: a esfera social do conhecimento, a
esfera social do domínio bélico e político e a esfera social da religiosidade],
a partir da cruz, deve estar ciente de que Jesus Cristo é o Supremo, Poderoso e
Absoluto Rei do Universo!
Foi exatamente em decorrência da cruz que Deus exaltou Cristo
sobremaneira “e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus,
na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai” [Filipenses 2:9-11].
A. M. Cunha