quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

SERVINDO À PRESENTE GERAÇÃO

“Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.”
Atos 13:36

A importância do nosso serviço
A palavra grega traduzida por “servido” é hupereteo que tem o sentido de agir como remador, de praticar o ato de remar. O remador conduz os rumos da embarcação, o que significa dizer que, numa perspectiva espiritual, Deus colocou em nossas mãos a habilidade de conduzir os rumos da presente geração. Esta condução dos rumos da presente geração constituem maravilhas que o Senhor deseja realizar. A igreja precisa restaurar a sua função nesta geração. Esta restauração opera-se por meio de atos de santidade. Neste sentido, o texto de Jusué 3:5 é muito esclarecedor ao afirmar: “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”. Não se trata aqui de mérito humano, trata-se, na verdade, de conduta submissa ao que Deus ordenou em Sua soberania. Deus constituiu os atos de santidade como atos preparatórios para a manifestação do Seu poder. Atos de santidade são verdadeiras apropriações do próprio Cristo na vida do cristão, pois, Ele é a nossa santificação como nos afirma a Escritura, “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” (I Coríntios 1:30).

A limitação temporal do nosso serviço
Davi serviu a sua geração, porém, seu serviço, devido ao desígnio de Deus, possuía uma limitação temporal. Um dia o Rei Davi morreu. A morte é o ponto final de nosso serviço à nossa geração. Um dia a morte chegará e não mais serviremos à nossa geração. Servimos à nossa geração, mas não serviremos para sempre. Esta limitação temporal deve estimular-nos a servir nossa geração com mais qualidade! Que sejamos intensos em nosso serviço, deixando um significativo legado nesta geração.

A. M. Cunha

O SERMÃO DA MONTANHA – PARTE 2

Diferentemente do código de leis do Sinai, cujo início dá-se com o vocábulo “não”, as diretrizes de constituição do Reino de Deus contidas no Sermão do Monte tem o seu início com o vocábulo “Bem-aventurados”. A forma com que as palavras são destiladas nos versículos iniciais do Sermão da Montanha, obedece ao seguinte padrão: A benção – O ser ou fazer – A Explicação. A expressão “Bem-aventurados” é a benção. O ser ou fazer é o que se diz a respeito do cidadão do Reino de Deus, ou seja, o que ele é ou faz. A explicação é a razão pela qual o cidadão do Reino de Deus é bem-aventurado. Não nos enganemos, porém, com o pensamento de que “o ser ou o fazer” advém de méritos humanos, sendo consequência direta dos atributos ou habilidades pessoais do cidadão do Reino de Deus. Ao contrário, “O ser ou o fazer” expressam um estado ou uma conduta que decorrem da operação do Espírito Santo na vida deste cidadão.
Lembremo-nos de que, no Sermão do Monte, o Senhor Jesus está apresentando as diretrizes de constituição do Reino de Deus para os cidadãos deste Reino. O apóstolo João nos diz que este Reino somente pode ser visto por aqueles que nasceram de novo e que somente podem entrar nele aqueles que nasceram do Espírito (João 3:3 e 5). O cidadão do reino do mundo permanece sob o regime de escravidão das leis do pecado e da morte (Romanos 8:2), mas o que permanece em Cristo é nova criatura (II Coríntios 5:17), tornando-se espiritualmente abertos para os ensinamentos do Reino de Deus por terem recebido um novo coração (Ezequiel 36:26).
A. M. Cunha

Extraído de http://www.4saberes.com.br/novidades/saber-ser/

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O SERMÃO DA MONTANHA – PARTE 1

O conhecido sermão da Montanha é muito mais do que um conjunto de regras. As palavras nele contidas expressam as diretrizes que constituem o Reino de Deus, um caudaloso rio que forma a cultura de um Reino que não é deste mundo (João 18:36). As correntezas deste rio divino correm veementemente contra o fluir do rio deste mundo. Isto significa que o “mar da vida” não está no destino final do rio deste mundo, mas no glorioso desfecho do divino rio do Reino de Deus. Assim, quem segue o fluxo do rio deste mundo, afasta-se cada vez mais do propósito de Deus. Aqueles que se conformam com este mundo estão, na verdade, seguindo o curso do seu rio. Os que são conduzidos pelo curso do rio do Reino de Deus constituem aqueles que são transformados pela renovação da mente (Romanos 12:2). John Stott, ciente destas coisas afirmou o seguinte: “O Sermão do Monte é o esboço mais completo, em todo o Novo Testamento, da contracultura cristã”. As palavras do Sermão da Montanha são, portanto, um veemente choque cultural, que apresenta aos súditos do Reino de Deus uma das mais belas páginas de ensinamentos espirituais.
A quem interessam os ensinamentos do Reino de Deus? A resposta a esta pergunta passa pela percepção de que existiam duas espécies de pessoas que acompanhavam o Senhor Jesus Cristo nos dias em que Ele iniciava Sua peregrinação ministerial: As multidões e os discípulos. O texto de Mateus 4:25 afirma que afirma que numerosas multidões o seguiam”, ao passo que Mateus 5:1 registra o seguinte: “(...) Jesus  (...) subiu ao monte, e, (...) aproximaram-se os seus discípulos”. Seguir é bom, mas aproximar-se é muito melhor! Aproximar-se é seguir de perto. Seguir de longe pode não ser uma coisa boa. Pedro, por exemplo, em certo momento de sua vida, adotou o seguinte comportamento com relação a Jesus Cristo: “Mas Pedro o seguia de longe” (Mateus 26:58). A consequência deste tipo de conduta é conhecida: Pedro O negou. Aproximar-se de Jesus, por outro lado, conduz à maravilhosa experiência descrita em Mateus 5:2, que nos diz: “e ele (Jesus) passou a ensiná-los”. Assim, os ensinamentos do Reino de Deus interessam àqueles que, não apenas seguem a Jesus, mas se aproximam dEle.
A. M. Cunha

Gravura extraída de http://www.snpcultura.org/destaque_index.html

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FRASES SOBRE O REINO DE DEUS

A chegada do Reino de Deus sobre um determinado grupo de pessoas é marcada pela ação, promovida por este grupo e sob a influência do Espírito Santo, de subjugar os espíritos malignos (Mateus 12:28).

A religiosidade torna improdutivo aquele que por ela é dominado. A vida no Reino de Deus, por outro lado, torna produtivo aquele que nele está inserido, de modo que, sob a influência do poder do Espírito Santo, produza os frutos inerentes ao Reino de Deus (Mateus 21:43).

A vinda do Reino de Deus instala um ambiente de arrependimento e de crença no evangelho. Se não se observa um estado de arrependimento e o evangelho encontra-se em descrédito, pode-se concluir que tal ambiente não se encontra sob a influência do Reino de Deus (Marcos 1:15).

Uma singular evidência do Reino de Deus na vida de determinado grupo de pessoas é a capacidade que tal grupo possui para acolher os aflitos, anunciar-lhes o Reino de Deus e socorrer os que possuam necessidade de cura (Lucas 9:11).

O novo nascimento confere àquele que nasceu uma dupla aptidão: Em primeiro lugar confere-lhes a capacidade para ver o Reino de Deus, numa clara demonstração de que a cegueira do príncipe das trevas foi derrotada em sua vida. Em segundo lugar, assegura-lhe o poder para entrar neste Reino, de modo que todas as suas palavras e ações serão executadas sob a influência das leis deste Reino (João 3:3 e 5).

É a manifestação de poder que evidencia a existência do Reino e não meramente as palavras a seu respeito (I Coríntios 4:20).
A. M. Cunha

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O ADORADOR PREENCHE LACUNAS


“E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.”

Lucas 7:44

Certo fariseu convidou Jesus para um jantar em sua casa. No entanto, Jesus não foi o único a entrar naquela casa: Uma mulher, qualificada como pecadora, também compareceu àquele jantar, não para ser servida, mas para prostrar-se aos pés de Jesus e, chorando, regá-los com suas lágrimas enquanto ternamente os enxugava com seus cabelos, ao mesmo tempo em que os beijava e os ungia com precioso bálsamo [Lucas 7:38]. O fariseu, seco em sua alma, não ofereceu a Jesus nem água, nem beijos e nem óleo, conquanto fosse esse o costume de então. Aquela mulher, por outro lado, preencheu a lacuna deixada pelo fariseu, oferecendo a Jesus, não apenas coisas exteriores, como o bálsamo perfumado, mas aquilo que brotava do seu interior, seus beijos, suas lágrimas e seus cabelos. Jesus, ao contemplar a lacuna deixada pelo fariseu e preenchida por aquela mulher, disse a Simão, o fariseu: “Vês esta mulher?” [Lucas 7:44]. Aquela mulher, cujo nome não se revela nesta narrativa, provavelmente invisível àquela sociedade e, quem sabe, notada tão somente pelos olhos de condenação, foi contemplada pelo Senhor Jesus, que não somente recebeu sua adoração, mas também eliminou sua invisibilidade ao perguntar: “Vês esta mulher?”.
A. M. Cunha

Gravura extraída de https://jovensapostolos.wordpress.com/2010/08/10/a-pecadora-arrependida/

ENQUANTO COMÍAMOS NOS ALIMENTÁVAMOS: PENSAMENTOS SOBRE ADORAÇÃO

Movidos por um “trem” oco no estômago, saímos da casa para comer um “trem”, no “Trem das Onze”, um restaurante localizado no Shopping Flórida Mall em Brasília.
Deixemos um pouco esse “trem” de lado e passemos ao que interessa. Estávamos almoçando eu, meu filho e minha esposa. Enquanto comíamos nos alimentávamos. Não, não é estranho falar assim! Comíamos o “pão da terra” e nos alimentávamos do “pão celestial”. No meio da conversa, meu filho lembrava-nos do texto do Salmo 115:8, que nos diz: Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam”. O contexto do Salmo são os ídolos de prata e outro, fruto das mãos de homens (Salmo 115:4). Nós, porém, não estávamos olhando para os “ídolos”, mas para a frase “tornem-se semelhantes a eles”.
É incrível como nos assemelhamos com aquele a quem adoramos! Se o objeto de nossa adoração forem os ídolos, tornamo-nos semelhantes a eles. Contudo, não faço referência aos ídolos de prata e ouro, mas àqueles, de carne e osso, que andam entre nós, aos quais damos lugar de destaque em nossos corações, construindo um trono para eles, mesmo que isto nos custe colocar Deus no esquecimento. O “Deus Esquecido” é o Deus que deve ser adorado, aquele que não dá Sua glória a outrem, nem a Sua honra às imagens de escultura (Isaías 42:8).
O cristão, que adora ao verdadeiro Deus, sabe que ainda não se manifestou o que haverá de ser. Ele está ciente de que, quanto mais Cristo se manifestar em sua vida, mais semelhante a Ele será (I João 3:2). A manifestação de Cristo é o desvendar de nosso rosto para contemplarmos a glória do Senhor e sermos transformados na própria imagem do Senhor (II Coríntios 3.18).
A adoração encerra em si um glorioso princípio espiritual: O adorador caminha para tornar-se semelhante com aquele a quem adora. É por isso que a Escritura diz a respeito daqueles que adoram o Pai Celestial, que eles são tão gloriosamente transformados a ponto de “serem conforme à imagem de seu Filho” (Romanos 8:29).
Pensemos, pois, no seguinte: Tu te tornas semelhante com aquele a quem tu adoras.
A. M. Cunha

O ARREPENDIMENTO PRODUZ MOVIMENTOS ESPIRITUAIS

“E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.”
Lucas 15:20

Este texto da conhecida parábola do filho pródigo revela dois importantes movimentos espirituais: O primeiro deles é o movimento do pai, o segundo, é o movimento do filho.
O movimento do pai dá-se em dupla perspectiva. Primeiramente ele espera que os Seus filhos regressem. Trata-se de uma representação da expectativa celestial: O Pai Celestial aguarda o regresso dos Seus filhos! É o que se pode chamar de “o repouso divino”. Deus, como decorrência do Seu amor pelo mundo, realizou toda atividade necessária à reconciliação dos homens consigo mesmo. Após todo o Seu trabalhar, o Pai Celeste repousa aguardando a manifestação da fé na vida de “todo aquele que crê”. O repouso divino não lhe cega os olhos! Ele pode ver e compadecer-se do pecador moribundo que regressa! A segunda perspectiva do movimento do pai anuncia que Ele, cheio de compaixão, corre, abraça e beija o filho arrependido.
O segundo movimento indicado nesta porção das Escrituras Sagradas é o movimento do filho. O texto diz: “E, levantando-se, foi para seu pai”. O filho levantou-se, não sem antes se arrepender. O arrependimento do pecado interrompe a expectativa divina e a compaixão celestial aciona a “corrida de Deus” para encontrar-se com o pecador arrependido. Quão forte é o arrependimento! Tudo isto ocorreu quando “Vinha ele ainda longe”. O arrependimento é uma dádiva celestial, por isso se diz: “foi por Deus concedido o arrependimento para vida. (Atos 11:18)! Diz-se dádiva, porque é “a bondade de Deus” que “conduz ao arrependimento” (Romanos 2:4).
A. M. Cunha

Gravura extraída de http://allenvaz.blogspot.com.br/2006_07_01_archive.html