“Débito ou crédito?”, “Vai comer aqui ou
vai levar?”, estes são alguns exemplos de perguntas que estão sendo
costumeiramente realizadas, nesta era de rasos relacionamentos. Esta é a forma
como o amado irmão e pastor Davi Lago tem alertado sobre a superficialidade das
perguntas atuais. Perguntas superficiais podem, invariavelmente, apontar para
diálogos superficiais.
O capítulo 12 do Evangelho Segundo Marcos,
no entanto, contém a narrativa de um diálogo muito profundo. Um escriba faz a
seguinte pergunta para Jesus: “Qual é o principal de todos os mandamentos?”
[Marcos 12:28]. Se a pergunta é profunda, muito provavelmente o diálogo que dela
emergirá será igualmente profundo. Este é o caso do diálogo entre Jesus e aquele
escriba, conforme podemos observar na narrativa apresentada pelo evangelista
Marcos.
Em Sua resposta, Jesus aprofunda o discurso
para apontar, não apenas um mandamento, mais dois mandamentos: O principal:
Amar o Senhor Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e
de toda a força [Marcos 12:29-30]; e O segundo: Amar o próximo como a si mesmo
[Marcos 12:31].
Jesus afirma que não “há outro mandamento
maior do que estes” [Marcos 12:31]. O escriba, por sua vez, seguindo o
aprofundamento proposto por Jesus, afirma que estes dois mandamentos excedem “a
todos os holocaustos e sacrifícios” [Marcos 12:33]. De fato, o amor para com
Deus e o próximo está infinitamente além do que quaisquer dos rituais
articulados pela religiosidade! Este diálogo foi finalizado com a afirmação de
que as palavras do escriba revelaram sabedoria! Eis o modo como o evangelista
Marcos destaca esta passagem: “Vendo Jesus que ele havia respondido
sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus.” [Marcos 12:34]!
Que maravilha, pois quem faz uma pergunta
profunda desfrutará de um diálogo profundo! Lembre-se: Perguntas profundas
anunciam um diálogo profundo! E quando tais perguntas são dirigidas ao Soberano
Senhor do Universo, Jesus Cristo, as respostas não serão apenas profundas, mas
transformadoras!
A. M. Cunha