Salmo 119:4 – “Tu
ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca”.
A expressão “para que” é um importante
indicativo de que existe propósito nos mandamentos divinos. Percebemos neste
texto que os mandamentos de Deus têm o propósito de provocar nossa obediência. Assim,
conclui-se que não precisamos esperar termos vontade para cumpri-los, pois podemos
e devemos cumpri-los mesmo que não tenhamos vontade de fazê-lo. Os mandamentos
de Deus existem “para que os cumpramos à
risca”, isto significa que não existe mandamento em relação ao qual seja
impossível exercermos nossa obediência. Portanto, todo mandamento divino é compatível
com a obediência humana! Isto ocorre porque Deus, juntamente com Seus
mandamentos, concede-nos o poder necessário para que possamos cumpri-los! E é
exatamente aqui que se abre uma nova perspectiva diante de nós: Os mandamentos divinos
não são apenas mandamentos, mas neles encontramos também a promessa de que os
cumpriremos! Sim! Uma vez tendo percebido que todo mandamento é compatível com
a obediência humana, isso nos faz perceber que Deus, juntamente com Seu
mandamento, há de nos conceder o poder necessário para o Seu cumprimento. Oh!
Todo mandamento contem, portanto, uma preciosa promessa! Uma vez tendo os mandamentos
divinos o propósito de provocarem nossa obediência, revela-se deficiente o
comportamento daqueles que apenas contemplam os decretos das Sagradas
Escrituras.
Salmo 119:5 – “Tomara
sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos”.
O salmista deseja que seus passos [ou seja, sua conduta diária] sejam firmes o
suficiente para que ele obedeça aos mandamentos divinos. Em outras palavras, a
obediência aos preceitos divinos requer que tenhamos uma postura firme frente
aos impulsos que intentam despertar nossa rebeldia. Não raro sentimo-nos
desafiados a desonrar o Senhor com nossa desobediência. Uma postura firme,
porém, constitui singular auxílio para que possamos rejeitar a prática desta
desonra, por isso se diz “Tomara sejam
firmes os meus passos”.
A. M. Cunha