“[1] Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; [2] para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação.”
Salmo
67:1-2
O
salmista clama pela graça de Deus, pela benção divina e pela iluminação
celestial. É possível perceber que esta súplica refere-se a um tríplice
alinhamento.
[1]
Em sua súplica pela “graça de Deus”, o salmista pretende manter-se alinhado com
o próprio Deus, pois a graça divina estabelece uma conexão entre o doador da
graça, Deus, e aquele que a recebe, o salmista. Este alinhamento relaciona-se
com o que Deus é;
[2]
Em sua súplica pela benção divina, o salmista pretende manter-se alinhado com
as bênçãos de Deus, ou seja, ele busca manter-se conectado com os feitos
divinos. Este alinhamento relaciona-se com o que Deus faz.
[3]
Em sua súplica por ver resplandecer sobre si o rosto do Senhor, o salmista
pretende manter-se alinhado com a capacidade de refletir o esplendor de Deus. A palavra
resplandecer significa exatamente refletir o esplendor de algo ou alguém. Este
alinhamento relaciona-se com a capacidade de o salmista refletir em sua
vida o esplendor de Deus, em outras palavras, ele refletirá o que Deus é e o que
Deus faz.
Este
Salmo, porém, não possui apenas estas três súplicas, mas ele nos apresenta o
propósito pelo qual o salmista eleva aos céus o seu clamor. Observe o que o salmista diz: “para que se
conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação”. O
propósito não é o desfrute do salmista, mas ele deseja expandir para o outro, a
“terra [...] todas as nações”, tudo o que ele desfruta em Deus. Ele não deseja
apenas ser tocado por Deus, mas deseja ser como que o braço de Deus para tocar
as nações! E para que isto seja possível, ele clama pela graça de Deus, pela
benção divina e pela iluminação celestial.
A. M. Cunha
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