A segunda conduta que intensifica
a alegria no povo de Deus é a unidade de
amor. O apóstolo, ao ordenar “tenhais
o mesmo amor”, faz uso do vocábulo grego ἀγάπη [ágape] para designar a mais elevada
expressão de amor. Em sua primeira carta aos Coríntios, ele assim conceitua o
amor: “O amor é paciente, é benigno; o
amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba”.
Um amor tão elevado assim não
pode ter origem humana. Sua origem é divina, suprema e celestial! Conquanto
seja tão elevado e sublime, este amor graciosamente toca a história humana e
escreve biografias inesquecíveis entre os filhos de Deus, pois as Escrituras
afirmam que “o amor de Deus é derramado
em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” [Romanos 5:5].
Por ser divino, supremo e celestial, este amor é imutável e absolutamente
estável, qualquer que seja a situação que o envolva! O amor humano, por outro
lado, é diferente de pessoa para pessoa, tendo diferentes nuances, perspectivas,
matizes e intensidade.
No que se refere à unidade de
amor ordenada pelo apóstolo Paulo, não se deve perder de vista o fato de que é
a comunidade dos filhos de Deus, e não apenas um indivíduo, que está sendo
chamada a experimentar e viver no mesmo amor. Quando o amor divino é
experimentado no contexto comunitário os filhos de Deus desfrutarão de uma
gloriosa intensificação nos níveis de alegria, pois haverá extraordinário equilíbrio
e perfeita cooperação entre os filhos de Deus que vivem sob a regência do amor
de Deus!
A.
M. Cunha