O início
da igreja em Filipos foi marcado pela oração. Assim tendo sido também com
relação ao início de nossa vida espiritual: A oração esteve presente. Se a
oração foi importante para início de nossa vida espiritual, qual não seria,
portanto, sua importância para que a nossa vida com Cristo seja relevante e
continuamente inspiradora? Existe uma expressão muito importante que podemos
ver quando lemos a seguinte porção da Escritura Sagrada que extraímos do livro
de Atos dos Apóstolos.
“No sábado, saímos da cidade para
junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e,
assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. Certa
mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a
Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que
Paulo dizia. (...) Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos
saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual,
adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. (...) Isto se repetia por
muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em
nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.”
Atos 16:13-14, 16 e 18
Esta
porção das Escrituras nos apresenta um importante esclarecimento acerca do que
se pode chamar de “lugar de oração”. Este tema foi
abordado por Nosso Senhor quando Ele proferiu o conhecido sermão da montanha [Tenho
preferido chamar este sermão de “o sermão
do Reino”]. Deste sermão, extraímos a seguinte orientação:
“Tu, porém, quando orares, entra no
teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu
Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Mateus 6:6
Tal
orientação nos oferece uma importante visão acerca do lugar de oração,
descrevendo-o como muito mais do que um ambiente. Na verdade, esta expressão
compreende muito mais uma conduta cristã do que um ambiente cristão. Neste
sentido, o texto que lemos no livro de Atos dos Apóstolos nos apresenta duas
importantes lições acerca da necessidade de experimentarmos um lugar de
oração em nossa vida cristã diária.
Vejamos estas lições:
1. O lugar de
oração requer de nós uma atitude: Foquemos
nossa atenção nas seguintes expressões extraídas do texto de Atos 16: “saímos
da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração”
(v. 13) e “indo nós para o lugar de oração” (v. 16). Estes textos
apresentam uma forte ênfase na conduta na conduta de “sair” e “ir”. Em outras
palavras, podemos ver aqui a presença da atitude. Sem uma firme atitude para
estabelecermos o hábito de orar, não será possível construir um lugar de
oração. Às vezes lutaremos contra nossa agenda particular, nosso
desenfreado desejo de desfrutar descanso, nosso cansaço, nossa apatia, nossa
frieza espiritual. Esta luta nada mais é do que adotar uma firme postura de
estabelecer um lugar de oração.
2. O lugar
de oração é um lugar que tornará possível o desfrute das seguintes experiências:
[1] Resistência espiritual: “nos saiu ao encontro uma jovem
possessa de espírito adivinhador” (v. 16). Este encontro tem uma forte
conotação de oposição e resistência. Assim, o estabelecimento de um lugar de
oração fará com que enfrentemos resistência espiritual;
[2] Cooperação divina: “o Senhor lhe abriu o coração para
atender às coisas que Paulo dizia” (v. 14). A prática de um lugar de oração fará
com que tenhamos a rica oportunidade de vivenciarmos experiências com Deus. A
cooperação divina é tudo o que precisamos para o desfrute de uma vida
espiritual profundamente equilibrada. É confortante saber que podemos contar
com o auxílio do Senhor. Tal auxílio, que é constante e efetivo, é o que
denomino de “cooperação divina”.
A. M.
Cunha
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