Unção, esta tem sido uma palavra muito em voga.
O sentido deste vocábulo como nos é apresentando pelo Novo Testamento parece
sugerir para o seguinte: A consagração
de um filho de Deus para uma tarefa espiritual, mediante a concessão dos
poderes necessários para o seu cumprimento, ou, em outras palavras, significa revestir
o cristão com o poder do Espírito Santo para o cumprimento de uma missão
espiritual.
Um dos textos no Novo Testamento que nos eferece um singular indicativo
desta palavra é Atos 10:38, que nos diz:
“como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o
qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele;”
De início, aprendemos que a unção é ato que vem
de outro, profundamente conectado com o Espírito Santo e o poder a Ele inerente.
Aquele que é ungido não o é para quedar-se estagnado, mas para “andar por toda
parte”. A unção expressa-se em duas importantes manifestações espirituais:
(1) a bondade; e
(2) o sobrenatural.
A unção bíblica não é apenas sobrenatural ou
apenas bondade, mas a profunda conexão destas duas manifestações.
Assim, o correto diagnóstico da unção na vida
de um filho de Deus requer a identificação de que a bondade e o sobrenatural
estão presentes na vida do discípulo de Cristo. Tanto a bondade como o
sobrenatural são manifestações para fora, altruístas, portanto, destinadas ao
próximo.
A força humana não é capaz de conduzir o
discípulo a experimentar tais manifestações. O que se constitui no dínamo
capacitador do discípulo de Cristo? A Escritura, em Atos 1:8, oferece-nos excelente esclarecimento nos seguintes
termos:
“recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”
À luz desta porção das Escrituras,
identificamos o momento em que a unção é recebida e o propósito pelo qual ele é
concedido ao discípulo de Cristo.
(1)
Aspecto temporal da unção: Quanto ao momento, o texto nos assegura que o poder é
recebido quando o Espírito Santo desce sobre o discípulo de Cristo;
(2) Aspecto
propositado da unção:
Por sua vez, o propósito pelo qual o poder é recebido é para capacitar o
discípulo de Cristo para ser uma testemunha de Cristo na terra.
Assim, a unção é propositada, ou seja, é
voltada para o cumprimento de um propósito específico.
Duas coisas são requeridas do discípulo de
Cristo no que se refere à unção: Em primeiro lugar, considerando que o momento
em que a unção é recebida é o mesmo em que o Espírito desce sobre a vida do
discípulo, a unção requer do discípulo proximidade com o Espírito Santo. Por
outro lado, considerando que a unção é propositada, ou seja, volta-se para o
cumprimento de um propósito, a unção requer que o discípulo seja comprometido com
o seu propósito.
Se o que alguém chama de “unção” não o
impulsiona ao testemunho a respeito de Cristo, esta tal “unção” não é unção no
sentido bíblico.
A. M. Cunha
Um comentário:
Interessante que essa tal "unção" dita no final do post, revela a necessidade do povo de Deus de conseguir, por meio do ES, discernir o que é - de fato - espiritual daquilo que é humanamente motivacional, tendo este tempo determinado: início e fim.
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