Comentário
O
povo de Israel estava na fronteira com a Terra Prometida, acampado no deserto
de Parã. Deus ordena a Moisés que envie espias para a Terra de Canaã ao mesmo
tempo em que os faz lembrar de sua promessa de lhes dar esta terra. Eis a
palavras proferidas pelo Senhor Deus a Moisés: “Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos
de Israel” (Números 13:2). Após quarenta dias os espias retornaram com um
relato dividido em duas partes: 1) Relato de que a terra verdadeiramente manava
leite e mel (Números 13:27); e 2) Relato de que os habitantes da terra eram
poderosos e as suas cidades mui grandes e fortificadas. Dez dos espias concluíram
o seu relato dizendo: “Não poderemos
subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.” (Números 13:31).
Este diagnóstico desprovido de fé e, portanto, desestimulante, conduziu aqueles
dez espias a concluírem o seguinte: “Também
vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e
éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos
seus olhos.” (Números 13:33). Em tão
pouco tempo eles se esqueceram do poder do Deus que os libertou na escravidão
egípcia. Nem mesmo atentaram para a seguinte repetição da promessa a eles
reiterada quando foram convocados: “espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar
aos filhos de Israel”. Estes espias perderam sua identidade como povo que
foi libertado do Egito e conheceu o braço poderoso do Senhor em favor dos Seus
filhos.
O
apóstolo João percorre um caminho contrário ao percorrido por aqueles dez
espias. João se alinha à fidelidade e à confiança que repousava sobre Josué e
Calebe, dois dos doze espias que foram enviados à Terra Prometida. Estes dois
espias foram diferentes em suas conclusões quanto à terra. Ele disseram: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque,
certamente, prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30). João anuncia aos
seus irmãos em Cristo que eles são amados por Deus, são filhos de Deus e estão
vocacionados a serem semelhantes a Jesus. Deixemos que as palavras do apóstolo
João falem por si mesmas: “Vede que
grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus;
e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece,
porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda
não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”
(I João 3:1-2). João não se alia àqueles que acham que são como que gafanhotos
diante de seus inimigos, ao contrário, ele discerne sua posição como alguém que
é amado por Deus filho de Deus, que se tornou filho de Deus e que está
vocacionado a ser semelhante a Jesus.
Textos
Conexos
“Também
vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e
éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos
seus olhos.”
Números
13:33
“Vede
que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de
Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos
conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele
se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”
I João 3:1-2
A.
M. Cunha
Gravura extraída de: http://gilsonsantosdotcom.files.wordpress.com/2012/08/autumn_bunch_grapesnicolas.jpg
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