O
apóstolo João compreendia como poucos o efeito multiplicador do amor. De acordo
com este apóstolo, conhecemos o amor, não apenas quando contemplamos o “ato de
amar” na vida de alguém, mas quando percebemos que este “ato de amar” desperta
na vida daquele que é amado o desejo de também praticar “atos de amar”. Tal
princípio pode ser visto nas seguintes palavras do apóstolo João: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos.” (I João 3:16).
O
amor, na teologia do apóstolo João, é manifestado a partir de duas importantes dádivas
promovidas por aquele que ama, a saber, 1) dar a própria vida; e 2) dar vida.
A primeira dádiva do amor impele aquele que ama a dar “a
própria vida” pelo amado, ou seja, dar a si mesmo, oferecendo, voluntaria e
graciosamente, toda a energia da vida em favor daquele que é amado, mediante a
prática de intensos e profundos atos de bondade. Os textos a seguir expressam
este importante aspecto do amor: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” (João 10:11) e “Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15:13).
A
segunda dádiva do amor impele aquele que ama a “dar vida ao mundo”, ou seja,
dar vida àquele que não a possui. Este “dar vida ao mundo” refere-se a conceder
ao mundo a aptidão para desfrutar a plenitude da vida que pertence a Deus,
significando, portanto, dar a vida de outro, no caso Deus, para aquele que não
a possuía. São estas as palavras do apóstolo: “Porque o pão de Deus é o que desce do
céu e dá vida ao mundo.” (João
6:33).
A. M. Cunha
Gravura
extraída de http://www.semeandovida.org/2008/05/2-joao_26.html
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