O início da primeira carta do
Paulo aos tessalonicenses aborda o tema das orações que o apóstolo
constantemente fazia em favor deles. Observe o que o texto bíblico diz:
“[2] Damos,
sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem
cessar, [3] recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa
fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor
Jesus Cristo”
1 Tessalonicenses 1:2-3
O texto aborda o tema da oração
intercessória. Nesse modo de orar, o apóstolo descreve que ele executava duas
importantes práticas, as quais podem ser resumidas nos seguintes vocábulos: “Mencionar” e “Recordar”.
Acerca do primeiro vocábulo o
texto diz: “mencionando-vos em nossas
orações”. O vocábulo grego traduzido como mencionar, ποιεω [poieo], tem o sentido de “produzir,
construir, formar, modelar, ser o autor ou a causa de algo”. Quando o
apóstolo Paulo mencionava os tessalonicenses em suas orações, ele estava
convicto de que o Espírito Santo, por suas orações, liberaria o Seu poder para
construir algo na vida deles, tudo com o propósito de formá-los e modelá-los de
acordo com a vontade de Deus para as suas vidas.
Acerca do segundo vocábulo o
texto diz: “recordando-nos, diante do
nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da
firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”. O vocábulo grego
traduzido como recordar, μνημονευω [mnemoneuo], tem o sentido de “lembrar, trazer a mente, manter na memória,
guardar na mente”. Enquanto orava pelos tessalonicenses, o apóstolo Paulo,
a partir das lembranças de suas experiências pessoais com eles, buscava manter
firmes as suas memórias acerca de algumas das seguintes virtudes dos
tessalonicenses:
[1] A fé, que, segundo o
apóstolo, era operosa, ou seja, foi uma fé efetivamente praticada no viver dos
cristãos tessalonicenses. Pode-se dizer, portanto, que a fé dos tessalonicenses
era capaz de produzir efetiva interferência espiritual em suas vidas e nas
vidas daqueles que estavam a sua volta. Em outras palavras, a fé vivenciada
pelos tessalonicenses era capaz de atrair atos sobrenaturais de Deus em todas
as esferas de seus relacionamentos;
[2] O amor, que, segundo o
apóstolo, era abnegado, ou seja, era capaz de impulsionar os tessalonicenses a
demonstrá-lo em todas as esferas de seus relacionamentos. Era, portanto, um
amor, não de palavra, mas de fato e de verdade [1 João 3:18]. Se a fé operosa
atraía atos divinos e sobrenaturais nos relacionamentos, o amor abnegado
evidenciava atos humanos caracterizados por afetuosas manifestações de cuidado
e acolhimento em todas as esferas de seus relacionamentos; e
[3] A esperança que, segundo o
apóstolo, era firme, ou seja, era perseverante, mantendo-se inabalável até
mesmo quando enfrentava as mais acirradas provações e os mais intensos
sofrimentos.
A conclusão do apóstolo com
relação às virtudes da fé, do amor e da esperança na vida dos tessalonicenses é
magnífica. Segundo o apóstolo, a fé somente poderia ser operosa, o amor abnegado
e a esperança firme se tais virtudes estivessem “em nosso Senhor Jesus Cristo”. Tais virtudes não poderiam estar
alicerçadas nos méritos humanos, pois o dínamo que lhes conferia poder e
eficácia é o próprio Senhor Jesus Cristo!
A.
M. Cunha
Um comentário:
Glória a Deus
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