O
capítulo 3 do Evangelho de Mateus acha-se dividido em duas narrativas
principais:
[a]
A primeira delas refere-se a João Batista, que fez do deserto da Judeia o
seu púlpito, de onde pregava a necessidade de arrependimento. Sua voz ecoava do
deserto anunciando: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”
[Mateus 3:1-2]. O âmago e a urgência de sua pregação deviam-se ao fato de que
sem arrependimento não há como fugir da ira vindoura [Mateus 3:7-8]!
[b] A segunda narrativa refere-se a
Jesus que voluntariamente foi ao encontro do pregador do deserto para ser
batizado por ele [Mateus 3:13-17]. Muitos afirmam que o batismo de Jesus foi o
marco do início do Seu ministério.
Digno de nota é o fato de que a voz
do Pai se fez ouvir imediatamente após o Batismo de Jesus. O conteúdo do falar
paterno de Deus foi o Seu próprio filho. A divina voz não se ocupou em declarar
o que o Filho faria [quais seriam Suas ações] ou o que Ele falaria [quais
seriam Suas palavras]. Tudo o que o Pai disse foi: Eu amo o meu Filho e tenho
nEle prazer! Uma perspectiva extremamente útil para o início de um ministério é
a plena convicção de que se é amado por Deus! Quem assim começa o ministério
não carregará sobre si o peso de, inutilmente, se esforçar para conquistar o amor
do Pai! Não há necessidade alguma de se realizar qualquer esforço para conquistar aquilo que já
se possui por graça!
A.
M. Cunha
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