Nem
sempre olhar para Jesus, por mais que tal atitude assuma uma aparência piedosa,
será uma atitude tão piedosa assim. Isto pode soar estranho à primeira vista,
mas este é um dos princípios anunciados nos versículos de 1 a 6 do capítulo 3
do Evangelho Segundo Marcos. Algumas pessoas estavam na sinagoga, onde também estava
um homem, oculto pela penumbra do anonimato, que tinha uma das mãos ressequida.
Aquelas pessoas observavam atentamente Jesus, não para receberem as virtudes
celestiais que Dele emanavam, mas porque procuravam ocasião para acusá-Lo caso
Ele realizasse alguma cura em dia de sábado. Nenhum poder existe no olhar de
acusação, a não ser o poder de provocar destruição e ampliar a dor, pois o
olhar de acusação tem sua origem na “dureza do coração humano” [Marcos 3:5]. Jesus, no entanto, olha para aquele homem e
opta por “fazer o bem [...] Salvar a vida [...]” [Marcos 3:4], pois o Seu
olhar, ao contrário do olhar acusador daquelas pessoas, estava repleto de
piedade!
A.
M. Cunha
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