É interessante a expressão
contida no versículo primeiro do capítulo 13 do Evangelho Segundo Marcos: “Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de
seus discípulos”. Uma superficial espiritualidade prepara-nos apenas para
sabermos o que fazer quando entramos no templo. Mas, e quando saímos dele,
sabemos o que devemos fazer? A narrativa do capítulo 13 do Evangelho de Marcos
possui um conteúdo profético muito interessante, cujo propósito é preparar os
discípulos para o que enfrentarão futuramente: [1] O engano dos falsos mestres
[versículos 6, 21 e 22]; [2] O surgimento de guerras e rumores de guerras,
terremotos e fome [versículos 7 e 8]; [3] Perseguição aos seguidores de Cristo,
inclusive no ambiente familiar [versículos 9, 11 a 13]; [4] Sinais
extraordinários nos céus [versículos 24 e 25]; e, por fim, [5] O retorno de
Cristo! Isto mesmo, Cristo voltará novamente [versículos 26 e 27]! Todas estas
coisas são anunciadas profeticamente, conforme Jesus declara no versículo 23: “Tudo vos tenho predito”.
Voltemo-nos, portanto, à pergunta
acima formulada: Quando saímos do
templo, sabemos o que devemos fazer? O texto bíblico responde com um
veemente “vigiai e orai” [Marcos
13:33]. Oração e vigilância espiritual não são tarefas que devem ser praticadas
unicamente quando estamos no templo. Devemos praticá-las, e com mais
intensidade, quando estamos fora do templo! Há, porém, algo revelado nas
entrelinhas deste capítulo que revela algo mais que devemos fazer: “é necessário que primeiro o evangelho seja
pregado” [versículo 10]. Assim, temos uma magnífica revelação acerca do que
devemos fazer, cuja prática promoverá um extraordinário impacto em nossa
geração: pregar, orar e vigiar! Mas
atenção, pregar não é apenas falar, mas viver, e tão intensamente quanto
possível, as verdades do evangelho de Jesus Cristo, pois o modo como vivemos na
presente geração deve, a um só tempo, confirmar e inspirar o conteúdo de nossa
pregação e guardar com especial zelo a próxima geração!
A.
M. Cunha
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