Um
jardim é comumente percebido como um lugar de flores e de perfumes
agradavelmente naturais! A narrativa contida no capítulo 18 do Evangelho
Segundo João tem o seu início num jardim conhecido como Getsêmani. O texto
bíblico afirma que “[...] Jesus [...] saiu juntamente com seus discípulos [...] para [...] onde havia um
jardim; e aí entrou com eles” [João 18.1]. O texto é ironicamente trágico,
pois Jesus, ao mesmo tempo em que “entrava
no jardim”, estava também entrando numa atmosfera onde os odores do
sofrimento e da dor seriam agressivamente suportados por Ele. E isto, era só o
início das dores! O final da narrativa, porém, quando Jesus já se encontrava
diante de Pilatos, revela uma das mais belas peças da teologia da redenção: a “expiação substitutiva”, ou seja, o ato
pelo qual Jesus Cristo, tomando o lugar dos pecadores, morreu por eles e no
lugar deles. O apóstolo Paulo aborda este evento espiritual afirmando que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo
o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões [...] Aquele que não conheceu pecado, ele o fez
pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” [2
Coríntios 5.19-21]. O capítulo 18 do Evangelho Segundo João refere-se à “expiação substitutiva”, ao registrar
as seguintes palavras de Pilatos: “É costume
entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos
solte o rei dos judeus?” [João
18.39]. O traço final deste desenho expiatório foi concluído com as seguintes
palavras: “Então, gritaram todos,
novamente: Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador” [João
18.40]. Barrabás tornara-se um representante de todos os homens. Ele deveria
morrer, mas Cristo morreu em seu lugar, “para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus
enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele.” [João 2.16-17]! Todos os homens deveriam
permanecer espiritualmente mortos [ou seja, permanecer eternamente separados de
Deus], mas Cristo morreu em lugar deles! O Espírito Santo, pela boca do
apóstolo Pedro já havia afirmado: “Pois
também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos”
[1 Pedro 3.18]. Como é forte a expressão “Não
este, mas Barrabás!” [João 18.40]! Barrabás foi libertado do cativeiro
romano, mas Jesus Cristo foi momentaneamente aprisionado e definitivamente
condenado à morte para, por Sua morte e ressurreição, oferecer a “verdadeira liberdade”!
A.
M. Cunha
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