Três perguntas são, até uma certa medida, cruciais para proporcionar a qualquer pessoa a possibilidade de compreender a razão para estar viva:
[1] De onde vim?;
[2] Para onde vou?; e,
[3] Qual a origem do potencial que
a habilita a cumprir a sua missão?
Uma honesta resposta a estas três
perguntas pode revelar o “Estado de Consciência” de uma pessoa a
respeito da sua missão na vida, ou, em outras palavras, a razão para estar viva
para um determinado tempo.
O “Estado de consciência de
Jesus” era extremamente elevado. Há um versículo no Evangelho Segundo João
que contém importantes afirmações, que podem, e muito, ajudar-nos a compreender
quais respostas Jesus teria dado a estas três perguntas acima mencionadas. Estas
respostas, sem dúvida, são muito reveladoras quanto ao acurado “Estado de
consciência” que Jesus possuía com respeito a Sua missão para com a
humanidade.
O texto a que me refiro é o
versículo 3 do capítulo 13 do Evangelho Segundo João, que apresenta a seguinte
narrativa sobre Jesus: “sabendo este que
o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus”
[João 13:3].
Portanto, o estado de consciência
de Jesus com respeito a Sua missão entre nós pode ser assim delineado:
[1] Em resposta à primeira
pergunta, qual seja, “De onde vim?”, Jesus estava plenamente consciente
de Sua origem divina, por isso o texto bíblico afirma: “sabendo este [...] que ele
viera de Deus”. Jesus, portanto,
estava plenamente consciente quanto a sua origem;
[2] Em resposta à segunda pergunta,
qual seja, “Para onde vou?”, Jesus estava plenamente consciente do lugar
para onde Ele estava indo. O texto bíblico diz: “sabendo este que [...] voltava
para Deus”. Jesus, desta forma, estava plenamente consciente de que a sua
missão na terra estava quase concluída, e assim Ele poderia retornar para o
Pai!
[3] Em resposta à terceira
pergunta, Jesus estava plenamente consciente de que, não apenas possuía
autoridade para realizar a Sua missão terrena, mas também, Ele estava convicto
de que esta autoridade estava pautada no supremo poder que Ele recebera do Pai.
Assim, o Pai Celestial era a origem do poder que habilitava Jesus a cumprir a sua
missão, por isso o texto bíblico diz: “sabendo
este que o Pai tudo confiara às suas mãos”. Desta forma, percebemos que Jesus também possuía uma resposta à
terceira pergunta: “Qual a origem do potencial que me habilita
a cumprir a minha missão?”. O potencial de Jesus para cumprir a Sua missão
era absolutamente divino!
Quem possui um verdadeiro,
definitivo e acurado “Estado de consciência” quanto a sua missão na
vida, ou seja, quanto à razão para estar vivo para um determinado tempo, não
precisa recorrer aos caminhos da arrogância. Tal pessoa não será dominada por
qualquer tipo de insegurança, instabilidade, hesitação ou temor para trilhar o
caminho da humildade!
Os versículos 4 e 5 do capítulo 13
do Evangelho Segundo João demonstram que Jesus, num ato de extrema humildade, e
como manifestação da mais acurada expressão do Seu “estado de consciência”,
“levantou-se da ceia, tirou a vestimenta
de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia
e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que
estava cingido”. Esta atitude, sem dúvida, foi uma magnífica demonstração
da humildade de Jesus.
A prática de atos de humildade não
desqualifica aquele que está consciente de sua missão; ao contrário, expressa
sua habilidade para despertar outros a viverem sob o mesmo senso de missão!
Por ter tão sublime “Estado de
Consciência”, estando, desta forma, plenamente convicto quanto à razão para
estar vivo no tempo em que esteve entre nós, Jesus tornou-se o maior exemplo de
vida para nós!
A respeito de Jesus, podemos dizer
que o céu não era, nem o Seu destino, nem a Sua origem; ao contrário,
considerando a essência divina de Cristo, Ele é quem é a gênese primária do céu
e é Nele, por Ele e para Ele que o céu obtém a eternidade que lhe é inerente!
As realidades do céu, sempre pautaram todos os atos de Cristo nesta terra, por
meio dos quais Ele cumpriu a Sua missão terrena para com a humanidade.
Se quisermos seguir os passos de
Cristo e experimentarmos, ainda que timidamente, um vislumbre do Seu acurado “Estado
de consciência”, devemos igualmente pautar todos os nossos atos nas
realidades do céu! Nossos atos, conquanto devam tocar o mundo em que vivemos e
as pessoas com as quais nos relacionamentos, não podem estar pautados neste
mundo, nem nas pessoas; mas nas realidades do céu, de onde também aguardamos o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo!
A. M. Cunha
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