“Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu,
também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o
tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o
joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada
um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns
aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.”
Romanos
14:10-13
A questão do julgamento nas escrituras deve ser
mais bem compreendida por nós. Neste ponto, abordaremos especificamente a
questão do julgamento das profecias. Precisamos lançar alguns pontos
fundamentais, a saber:
1) Não podemos desprezar
as profecias (I Tessalonicenses 5:20);
2) As profecias devem ser
julgadas (I Coríntios 14:29).
As Escrituras dizem “Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mateus 7:1). Porém, outra
porção das Escrituras afirma o seguinte: “Não julgueis segundo a aparência,
mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7:24). Então, as
Escrituras não proíbem o julgamento, como tem sido divulgado. Elas proíbem o
julgamento baseado na aparência e sem fundamento na reta justiça. O apóstolo
Paulo lança luz acerca disso ao afirmar o seguinte: “Falo como a entendidos;
julgai vós mesmos o que digo.” (1 Coríntios
10:15). Observe que o julgamento aqui não está focado na pessoa, mas naquilo
que a pessoa diz.
Quando à questão das profecias, devemos
inicialmente observar o que nos diz o apóstolo Paulo em (1 Coríntios 14:32): “E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas.” O que este texto significa? De uma forma resumida
concluímos que este texto aponta para o seguinte: O exercício do dom de
profecia pode ser influenciado pelo próprio profeta. Em outras palavras, é
possível que algumas interferências influenciem o exercício deste dom. O
profeta pode receber uma mensagem e adotar algumas posturas, como por exemplo:
a) é possível que ele não fale exatamente aquilo que Deus revelou; b) é
possível que ele, ao transmitir a mensagem, fale além daquilo que Deus revelou;
e c) é possível que ele não transmita nenhuma mensagem. Como fazer então? Vamos
rejeitar o exercício deste dom? Não, a Escritura é muito clara ao afirmar “Não
desprezeis as profecias.” (1 Tessalonicenses
5:20). O que fazer então? Devemos julgar as profecias! Quero destacar: julgar
as profecias e não os profetas. Estaremos cometendo algum pecado se julgarmos
as profecias? Não, pois a própria Escritura diz o seguinte: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” (1
Coríntios 14:29).
Devemos observar
algo muito importante aqui: Nenhuma profecia pode contrariar aquilo que Deus já
revelou em Sua Palavra. Se isto acontecer, estamos diante de uma interferência
no exercício deste dom. Assim, o conteúdo profetizado deve ser rejeitado, por
uma razão muito simples: não se trata de uma profecia verdadeiramente bíblica!
Assim, irmãos,
julguemos a profecia e não o profeta. Julguemos não segundo a aparência, mas
segundo a reta justiça. Se seguirmos estes passos simples, o nosso julgamento
das profecias não será um desprezo às profecias, mas um reconhecimento da
Supremacia da Palavra de Deus.
Em Cristo.
Textos
bíblicos de referência
- E falem dois ou
três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29
- Não julgueis, para
que não sejais julgados. Mateus 7:1
- E os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas. 1 Coríntios 14:32
- Não julgueis
segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. João
7:24
- Falo como a
entendidos; julgai vós mesmos o que digo. 1
Coríntios 10:15
- Não desprezeis as
profecias. 1
Tessalonicenses 5:20
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