Para ser
útil e deixar um registro nas páginas brancas, o lápis precisa ser desgastado.
Quanto mais desgastado for o lápis, menor será o seu tamanho e maior poderá ser a
história dos seus registros. O apontador que o “mata”, ou seja, que o desgasta,
é o mesmo que o torna útil e profícuo em deixar importantes registros na
história. Sem a “morte” do lápis, ou seja, sem o desgaste intencional e
propositado, não haveria alguma para o lápis deixar seus registros história. O
apontador, que rasga a celulose e dilacera o grafite, parece ser um insensível
e algoz parceiro, que faz o lápis gemer antes de tornar-se útil para fazer os
seus registros.
O apóstolo
Paulo, em relação aos crentes da igreja em Corinto, era como um lápis
registrador. Este fato pode ser comprovado com a seguinte descrição: “Eu
de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma.” [II
Coríntios 12:15]. Os crentes de Corinto, em prol dos quais Paulo experimentava
o desgaste de si mesmo, eram as páginas em branco sobre as quais ele deixava o
registro do evangelho. A esse respeito o texto sagrado afirma: “Vós
sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os
homens” [II Coríntios 3:2].
Cada cristão
deve ser como um lápis nas mãos de Deus que é o grande “apontador celestial”.
Aceitemos o agir do divino apontador para desgastar a nossa alma, pois com isto
nos tornaremos úteis para o registro do evangelho nas almas de todos os homens.
A. M. Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário