O Novo Testamento possui duas passagens nas quais Jesus acalmou a tempestade no Mar da Galileia. A diferença significativa entre elas é o fato de que numa delas Jesus não estava no barco com os discípulos.
A primeira delas está registrada
em Mateus 8:23-27. Nessa ocasião Jesus estava no barco, entretanto Ele dormia.
Porém, tendo-se levantado “repreendeu os
ventos e o mar; e fez-se grande bonança” (Mateus 8:26).
Na segunda ocasião, porém, Jesus
não estava no barco com os discípulos quando a tempestade os alcançou. Isso
está registrado em Mateus 14:22-33. Nessa ocasião, Pedro, atendendo ao convite
do mestre, desceu do barco. Sair do barco, naquele contexto, não significava
deixar o lugar onde Jesus estava, ao contrário, considerando que Jesus estava “andando por sobre o mar”, significava
deixar o lugar onde Jesus não estava para estar com Ele, mesmo que para isso, fosse
necessário enfrentar as bravias ondas do mar. Pedro mostra-nos, portanto, um
exemplo a seguir. Isso não significa, porém, que o caminho a seguir, para
aquele que desce do barco, será apenas de triunfo. Notemos que Pedro, tão logo
atentou para a força do vento, começou a submergir (Mateus 14:30). Nada está
perdido, porém, quando se está no lugar onde Jesus está! Pedro clamou e o
Mestre o socorreu! Assim, de mãos dadas com o mestre, Pedro subiu no barco e,
diz a Escritura em Mateus 14:32, “cessou
o vento”. É misteriosa a jornada que aguarda aquele que decide “descer do barco” para se encontrar com
Cristo.
A. M. Cunha
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