A
disposição mandamental de Deus com respeito ao amor, conforme Mateus 22.37-40,
reveste-se de uma veemente bilateralidade, que impõe aos homens o dever de amar
a Deus [o outro Supremo] e ao próximo [o outro semelhante]. Por
outro lado, a advertência bíblica quanto ao fenecimento do amor, que, como nos
anuncia Mateus 24.12, decorre do acirramento da iniquidade, deve fazer-nos
perceber que tal fenecimento sorrateiramente alcança a mencionada
bilateralidade, de modo que tanto o amor para com Deus quanto o amor para com o
próximo são maculados em sua intensidade. E esse é um terrível engano que
assola a humanidade, pois por esse fenecimento, passa-se a amar menos aqueles a
quem deveríamos amar intensamente.
Não
sejamos, pois, descuidados com a peçonha mortal produzida pela iniquidade.
Requer-se de cada um de nós, portanto, a firme consciência de que, uma vez
existindo em nossas entranhas o arrefecimento do amor, seja para com Deus, seja
para com o próximo, inevitavelmente estaremos sendo tocados, em alguma medida,
pela peçonha mortal da iniquidade.
A.
M. Cunha
“E
Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E
o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes
dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Mateus
22:37-40
“E,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”
Mateus
24:12
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