“Vós sois o sal da terra; ora, se o
sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta
senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não
se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”
Mateus 5:14-16
A igreja deve exercer influência na
geração para a qual foi chamada a servir. Não há mérito em apenas existir e, ao
final dos anos, afirmar que apenas sobreviveu às intempéries. O galardão não
foi destinado a meros sobreviventes. A igreja é chamada a influir a vida divina
para um mundo que dela é carente. Seu papel requer o exercício pleno e efetivo
de uma conduta curativa em relação a uma comunidade que, inconscientemente, vocifera gemidos de quem suporta a angústia de estar afastada de Deus. O poder
do evangelho que Deus compartilhou com a igreja deve ser exercido com amor e
graça, para que a igreja exerça influência na presente geração. Se o sal vier a
se tornar insípido, é porque ele já está destituído de todos os atributos que
lhe permitiram ser identificado como sal. Se uma cidade edificada pode ser
escondida, é porque seus fundamentos não foram fincados no monte. Se a candeia
está debaixo do alqueire, é porque a chama que nela ardia apagou-se ou nunca
foi acessa. A luz divina, que por um breve espaço de tempo pode ser chamada de
“nossa luz”, deve brilhar diante dos homens, e isto se torna possível quando a
igreja transforma sua convicção teológica em prática teológica. O coração do
mundo glorificará a Deus quando seus olhos contemplarem as “boas obras” da
igreja que transforma a sua mensagem na sua prática.
A.
M. Cunha
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