“Senhor,
tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes
nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és
Deus. Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. Pois mil
anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da
noite”
Salmo
90:1-4
O
salmista declara: “Senhor, tu tens sido o
nosso refúgio” [Salmo 90:1]. Observemos o caráter corporativo desta
declaração! O salmista não está a reconhecer o Senhor unicamente como seu
pessoal e particular refúgio! Ao contrário, ele o faz enfaticamente conectado à
coletividade do povo de Deus! Tal reconhecimento é fruto de uma cuidadosa
interpretação da história do povo de Deus. O salmista, portanto, conhecendo a
história dos israelitas, nela identificou muitos sinais da ação divina como
refúgio para o Seu povo! Em outras palavras, Deus sempre esteve agindo no Seu
povo para protegê-lo! Assim, os olhos do salmista não estão unicamente focados
em sua história pessoal ou particular, mas na coletividade do povo de Deus, ou
seja, estão voltados para a história dos israelitas. Por conseguinte, o
salmista atua como um intérprete da história do povo de Deus, pois nela, e a
partir dela, seus olhos foram capazes de contemplar os atos de misericórdia e
graça que o Senhor lhes tem fielmente dispensado. Sim, conquanto Deus seja um
Deus pessoal e íntimo em relação a todo aquele que nele crê, Ele jamais deixará
de ser um Deus intensamente envolvido e comprometido com a coletividade
daqueles que nele creem.
A.
M. Cunha
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