“Pois
o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo,
todos morreram”
2
Coríntios 5:14
Não
nos parece razoável que o apóstolo Paulo, ao fazer uso da expressão “o amor de Cristo nos
constrange”, tenha pretendido dizer que Cristo nos impõe uma vergonha tal a ponto de nos constranger. A Escritura afirma que aqueles que cometem abominação serão envergonhados [Jeremias 6:15]. O amor de Cristo, no entanto, não nos envergonha! Aquilo que produz vergonha não
evidencia o amor, pois no “amor não
existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” [1 João 4:17].
O
vocábulo grego, συνέχω [sunecho] tem
sido usado para designar algo que comprime, que pressiona por todos os lados,
ou ainda, para descrever um estreito que força um navio a seguir um curso
através de um determinado canal. Portanto, parece-nos razoável que o constrangimento
aqui abordado refira-se à capacidade que o amor de Cristo tem de nos
impulsionar para uma direção que cooperará para o nosso bem e glorificará a
Deus! Não há amor naquilo que envergonha, mas, aquilo que promove o
crescimento e impulsiona o amadurecimento é uma extraordinária manifestação de
amor!
A.
M. Cunha
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