Falar, ouvir e ver são três
importantes faculdades que Deus nos concedeu e que nos conectam com o mundo à
nossa volta. O capítulo 10 do Evangelho de Marcos conta-nos a história de um
homem. Pouco se diz a seu respeito, apenas que era mendigo, filho de Timeu e
cego, portanto, desprovido de uma das três faculdades acima mencionadas. Ele,
porém, não ficava a lamentar o fato de ser cego, mas empreendia sua luta diária
pela sobrevivência! Quando Jesus saía de Jericó, aquele cego fez uso das outras
faculdades que possuía, colocando-as a serviço daquela faculdade que lhe
faltava. Primeiramente, ele “ouviu”
que era Jesus e depois, “pôs-se a
clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” [Marcos 10:47]. Aquele
cego, conhecido como Bartimeu, agarrou-se às faculdades que possuía [ouvir e falar], para conquistar a que
não possuía [ver], e tudo aos pés de
Jesus, o eterno doador da vida! Obstáculos, no entanto, sempre surgem quando
usamos o que temos para conquistar o que não temos! Não foi diferente com
Bartimeu, que enfrentou a repreensão de muitos que lhe pediam que se calasse
[Marcos 10:48]. Ele, no entanto, “cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem
misericórdia de mim!” [Marcos 10:48]. Qual não deve ter sido sua alegria quando
ouviu: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.” [Marcos 10:49]? Encontros
eternos aguardam aqueles a quem Jesus chama! A narrativa histórica deste
desconhecido homem é assim concluída: “E
imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.” [Marcos 10:52]!
A.
M. Cunha
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