“Porque
ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há
entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos. Tire ele a sua vara de cima
de mim, e não me amedronte o seu terror; então, falarei sem o temer; do
contrário, não estaria em mim”
Jó
9:32-35
Neste
extraordinário texto, Jó reconhece a Supremacia de Deus, ao proferir as
seguintes palavras: “Porque ele não é
homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo” [Jó 9:32]. É
como se Jó declarasse: [a] Deus não é homem, e por isso eu não posso
responder-lhe de qualquer maneira; e [b] Deus não é homem, e por isso Ele não
poderá, como os homens, ser submetido a julgamento.
Jó finaliza seu
argumento sobre a Supremacia de Deus afirmando que “Não há
entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.” [Jó 9:33]. É como se Jó
perguntasse: É possível que exista alguém que seja capaz de unir o homem
moribundo e indigno com esse Deus Supremo?
O
árbitro a que Jó buscava seria um intermediário entre Deus e os homens. A
resposta nós já sabemos, pois “há [...] um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus” [1 Timóteo 2:5]. Jó argumentava que se existisse tal mediador,
a vara do juízo de Deus não mais estaria sobre ele e, como consequência, ele
não seria amedrontado pelo terror do juízo divino. Com um mediador assim, Jó
poderia falar com Deus sem temor.
Jó
finaliza suas palavras com a seguinte expressão: “do contrário, não estaria em mim” [Jó 9:35]. O que o patriarca
quis dizer com essa expressão? Em outras palavras, Jó estava afirmando que sem
o mediador, qualquer atitude sua de responder a Deus ou de intentar falar com
Ele, seria como se ele, Jó, estivesse fora de si.
Por
tais palavras, conclui-se que Jó estava afirmando que seria loucura qualquer
tentativa humana de falar com Deus sem o mediador! Um pouco mais adiante no seu livro,
Jó chama de redentor o árbitro que ele estava procurado: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a
terra” [Jó 19:25]. Assim, o redentor que Jó procurava, não apenas existia, mas estava
vivo, e não apenas estava vivo, mas era o “seu” redentor pessoal!
A.
M. Cunha
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