“porque todo o que
é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa
fé”
1 João 5:4
Esse texto possui
um importante conectivo, “porque”,
que nos reporta necessariamente ao versículo imediatamente anterior. Portanto,
somos invariavelmente impulsionados para o seguinte conteúdo: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos
os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos” [1 João
5:13]. A expressão “este é o amor de
Deus” não tem, neste versículo em particular, o propósito de estabelecer
uma conceituação acerca do que seja o amor de Deus. Não é, portanto, um texto
conceitual. Seu perfil é profundamente empírico, servindo muito mais para
evidenciar uma relação de causalidade entre o amor e a obediência, como se o
apóstolo estivesse afirmando: Obedecemos a Deus porque O amamos! Além disso, das
palavras do apóstolo, é possível extrair a realidade de que a obediência, umbilicalmente
impulsionada pelo amor não é e jamais será penosa, pois “os seus mandamentos não são penosos”!
O texto de 1 João
5:4, como vimos, estabelece uma magnífica conexão com o versículo anterior: O
vocábulo “porque” relaciona a
obediência por amor [e aqui falamos da
obediência aos mandamentos divinos] com o novo nascimento. Noutras palavras
o apóstolo diz: Aquele que verdadeiramente experimentou o novo nascimento demonstrará
que ama a Deus por meio dos seus atos de obediência para com os mandamentos divinos!
O apóstolo
aprofunda ainda mais sua aguda percepção espiritual, concedendo-nos a gloriosa
visão de que nossa obediência não é apenas uma evidência de que amamos a Deus, mas
é, também, uma prova cabal de que podemos derrotar o mundo que veemente se opõe
à vida cristã autêntica. Nossa obediência é, portanto, um ato de vitória, e não
apenas isso, ela é um ato de fé, “esta é
a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Assim, obediência, amor, vitória
e fé são extraordinários princípios espirituais que emergem de 1 João 5:3-4.
Sendo, portanto, impulsionados pelo amor de Deus, pela fé obedecemos aos Seus
mandamentos, na certeza de que derrotaremos o mundo que se opõe ao nosso viver
cristão autêntico!
A. M. Cunha
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