As
telas do cinema mundial fizeram ecoar, pela boca do “tio Ben”, a memorável
frase dita para o seu sobrinho Peter Parker, o homem aranha: “Com grandes poderes vêm grandes
responsabilidades”. Alguns anunciam que esta frase reverbera o pensamento
do filósofo Augusto Comte, um defensor da chamada responsabilidade social, cujo
cerne parece ter sido: ao detentor de alguma forma de poder impõe-se o dever de
agir, não para usufruir, por si e para si, das benesses inerentes ao poder, mas
para benefício da sociedade. O capítulo 14 do Evangelho Segundo João inaugura
os discursos de Jesus acerca do Espírito Santo, apresentando-O como o Supremo
Doador de poder para os filhos de Deus. Por que tão grande poder é dispensado
para os filhos de Deus? Resposta: Porque a eles foi incumbida uma grande
responsabilidade: Propagar o Evangelho do Reino de Deus a toda criatura!
[Marcos 16:15]. Sob a perspectiva do Evangelho, a frase do “tio Ben” assume a
seguinte configuração: “É necessário um
grande poder para que uma grande responsabilidade possa ser cumprida”. O
capítulo 14 do Evangelho Segundo João assim descreve o poder que o Espírito
Santo dispensa aos filhos de Deus: “mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”
[João 14:26]. A transformação da sociedade, como um dos necessários reflexos da
missão primária dos discípulos de Jesus, requer que os filhos de Deus promovam
um poderoso e impactante compartilhamento do Evangelho, sob a necessária,
soberana e direta influência do Espírito Santo! Por quanto tempo o Espírito
Santo estará com os discípulos de Jesus? O Evangelho assim responde a esta
pergunta: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos
dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” [João 14:16]!
O Consolador garante presença eterna na construção da biografia daqueles cujas
ações, por serem espiritualmente relevantes e transformadoras, têm reflexos
eternos!
A.
M. Cunha
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