“A viagem mais significativa da
história de Israel foi feita coletivamente”. Esta foi uma interessante frase
proferida pelo Pr. Heber Campos Jr. Fui conduzido às seguintes reflexões: O
salmista já havia dito: “Sou peregrino na terra” [Salmo 119:19]. Perceber-se
peregrino nesta terra pressupõe perceber-se a si mesmo como não sendo
vocacionado a ter residência fixa neste lado da eternidade. Mas o salmista não
conclui suas palavras apenas afirmando sua condição de peregrino. Ele sussurra
uma impactante implicação para tão singular percepção. Ouçamos o que ele diz: “não
escondas de mim os teus mandamentos” [Salmo 119:19]. Portanto, o salmista
parece não apenas reconhecer a si mesmo como peregrino, mas, numa clara
compreensão de sua real condição, percebe-se a si mesmo como não possuindo
qualquer habilidade para viver adequadamente sua condição de peregrino, sem que
para isso seja ajudado pelas indispensáveis orientações da Palavra de Deus! A
Escritura é o guia do peregrino! Considerando que nenhum peregrino está apto
para, individualmente, obter e seguir todas as orientações da Escritura, a
noção da viagem coletiva ajuda-nos a perceber que, quanto mais significativa
for a nossa percepção acerca da necessidade de viajarmos em comunidade, maior
será o proveito que teremos das orientações bíblicas para a nossa peregrinação.
Somente vivendo em comunidade, sob a luz da Palavra de Deus e plenamente
convictos de que estão em jornada, é que os peregrinos poderão adequadamente compreender
que não devem ceder aos encantos de fixarem morada nesta terra, pois a sua
pátria está nos céus [Filipenses 3:20].
A.
M. Cunha
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