“Nós
sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele
que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino;
ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto
conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida
pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão
padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o
amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de
verdade.”
I João 3:14-18
É maravilhosa a conexão que existe
entre o Evangelho de João e a Primeira Carta de João. Por exemplo, o Evangelho
nos fala sobre “passar da morte para a vida”, com a seguinte afirmação:
“Em verdade,
em verdade vos digo quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a
vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”
João 5:24
Existem
três importantes afirmações que são feitas com relação àquele que ouve a Palavra
de Jesus e crê em Deus que O enviou: 1) Tem a vida eterna; 2) Não entra em juízo;
e 3) Passou da morte para a vida.
O
anúncio contido nestas palavras proferidas por Jesus é esclarecedor, na medida
em que se mostra revelador da realidade de que toda a humanidade encontra-se em
estado de morte. A Bíblia afirma em Romanos 5:12, que “a morte passou a todos os homens, porque
todos pecaram.” Em decorrência, percebemos que o pecado foi responsável pela
passagem da morte a todos os homens.
Agora,
porém, o Senhor Jesus nos oferece “uma nova passagem”, desta vez, da “morte
para a vida”.
O
apóstolo João nos apresenta uma realidade muito prática destinada a responder à
seguinte pergunta: “Como podemos saber que já passamos da morte para a vida?” O
amor é erguido como um poderoso veículo para responder a esta pergunta, a
partir da seguinte perspectiva: “Amar os irmãos é a segura evidência de que
passamos da morte para a vida.” Por via de consequência, “aquele que não ama
permanece na morte.”
O
apóstolo João nos assegura que “aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê.” (I João 4:20). Amar reclama atitudes
profundamente práticas, tais como “dar nossa vida pelos irmãos.” (I João 3:16)
e abrir o coração sempre que “seu irmão padecer necessidade” (I João 3:17).
Não
podemos passar pelo caminho de fecharmos o nosso coração para as necessidades
de nossos irmãos (sejam eles da família natural, da família espiritual ou de ambas
as famílias). Fechar o coração para as necessidades de nossos irmãos é uma
evidência de que o amor de Deus não permanece em nós, conforme I João 3:17.
Em
decorrência disto, o apóstolo João encerra suas orientações com respeito à
passagem da morte para a vida com a seguinte afirmativa: “Filhinhos, não amemos
de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (I João 3:18).
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