Depois de desfrutar do cuidadoso pastoreio do
soberano Deus, conforme se observa na expressão “O Senhor é o meu pastor”, o
Salmo 23 nos apresenta mais uma graciosa perspectiva deste majestoso apascentar:
O Senhor faz despertar na alma dos Seus discípulos desejos espirituais que, de
outra sorte, jamais seriam despertados. O salmista não promove, por si mesmo, o surgimento destes desejos espirituais.
Observe a doçura da expressão “Ele me faz
repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso.”
(Salmo 23:2). Note a passividade que pode ser percebida na conduta do salmista:
O salmista não realiza esforços pessoais para repousar em pastos
verdejantes.
O Senhor é que o faz repousar. O desejo do salmista para repousar nos pastos
verdejantes não brota de si mesmo, mas o Senhor promove o surgimento deste
desejo. O homem, em sua natureza caída, não detém a natural aptidão para
desejar coisas celestiais. Tal desejo decorre de uma profunda infusão da graça
divina na vida humana.
O salmista, por si mesmo, não caminha para junto das águas
de descanso.
O Senhor é que o conduz para esta zona de refrigério. Nenhum homem, em sua
natural condição, deseja estar próximo das águas de descanso do Espírito de
Deus. Tal desejo é despertado pelo próprio Senhor.
Estes desejos estão vinculados a duas
importantes esferas na vida do discípulo de Cristo: a) A esfera da alimentação
espiritual, pois os “pastos verdejantes” apontam para a Palavra de Deus como
alimento para a alma faminta; b) A esfera da comunhão do Espírito Santo, pois
as “águas de descanso” apontam para o Espírito Santo como descanso para a alma
cansada.
Os traços da soberana presença de Deus podem
ser vistos no versículo 2 deste gratificante Salmo. Dele: “Porque dele, e por
meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente.
Amém!”.
Bom desfrute a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário