quarta-feira, 7 de maio de 2014

AS DORES DO SOFRIMENTO NÃO RETIRAM DAS OVELHAS A CAPACIDADE DE SEREM ALIMENTADAS

A brisa do Salmo 23 continua a soprar e a tanger para longe os meus temores e a embebecer minha alma com a doçura do divino amor! Neste momento deparo-me com o versículo 5, cujo conteúdo e sentido explodiu em meu coração com a impactante ternura do divino amor que se revela tão próximo, a ponto de sentir-me abraçado pelo Pai Celestial! Contemplar as palavras deste Salmo é como contemplar o semblante de Deus!



Eis a doçura destilada por este versículo:

“Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.”
Salmo 23:5

Muitos podem até pensar que as palavras “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários” são uma declaração triunfalista sobre os inimigos, daquele tipo que salta de alegria ao vislumbrar a ruína dos adversários. Nada pode estar mais longe da verdade! Não, não é disto que se trata aqui! Este Salmo destila doçura! Ele “não se ressente do mal”, ele “não se alegra com a injustiça” (I Coríntios 13:5-6). Sim, não é típico do amor o ressentimento do mal e não lhe é peculiar alegrar-se com a injustiça. Ao contrário, é disto que trata este Salmo: do amor, do divino amor!

Este Salmo é uma veemente resposta à indagação que se encontra no Salmo 78:19, cuja origem está no coração dos que falam contra Deus. A indagação é a seguinte: “Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?” A doçura da brisa contida neste Salmo experimenta uma breve pausa, para que um vigoroso “sim” ecoe por entre a brisa, fazendo surgir uma veemente declaração de que o pastor do Salmo pode preparar uma mesa para as Suas ovelhas, mesmo “na presença dos adversários”! Isto significa que a afronta das adversidades, e a agonia por ela produzida, não detém o poder de retirar das ovelhas do pastor divino a capacidade de desfrutarem de uma mesa de refrigério e quietude que o pastor do Salmo constrói para as Suas ovelhas no meio da provação e da afronta.

Não é um ato de vingança divina ou de desforra das ovelhas, mas de uma terna demonstração do poder do divino pastor que, mesmo diante dos adversários, revela que a maior necessidade das ovelhas não é de vingança, mas de alimento. As afrontas que suportamos constituem uma declaração de que ainda resta um banquete disponível para o povo de Deus! Com tanto amor sendo destilado dos céus, a ovelha pode declarar com divina segurança: “o meu cálice transborda.”

Bom desfrute a todos.


Em Cristo.

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