quinta-feira, 8 de maio de 2014

O DIVINO APASCENTAR DESPERTA UMA CONDUTA PRÁTICA NA VIDA DA OVELHA

O salmista, que se manteve passivo durante todo o Salmo 23, agora, no versículo 6, tendo o coração dilatado pelo divino amor, mostra sinais de uma ativa conduta em sua jornada ao lado do pastor divino. O amor destilado neste Salmo transborda na vida do salmista concedendo-lhe duas importantes perspectivas para sua peregrinação nesta terra: 1) a prática da bondade e da misericórdia; e 2) uma firme resolução de habitar na Casa do Senhor. Esta dupla perspectiva, fruto do divino apascentar, é o despertar de uma conduta prática na vida da ovelha.

“Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.
Salmo 23:6

A primeira perspectiva da jornada do salmista é a “prática da bondade e da misericórdia”:
O salmista anuncia que a “bondade e a misericórdia” certamente o seguirão. Não se fala aqui do salmista como destinatário da “bondade e da misericórdia”, mas como alguém, cuja peregrinação neste mundo deixará um rastro de “bondade e misericórdia”. Sim, o salmista, após desfrutar da doçura do divino apascentar, tem a sua alma inundada pela convicção de que ele mesmo praticará a “bondade e a misericórdia”. Nesta perspectiva, o salmista se dispõe a obedecer a ordem do Senhor anunciada pelo profeta Zacarias que assim fez ecoar a sua voz: “Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão” (Zacarias 7:9).

A segunda perspectiva da jornada do salmista é a firme resolução de habitar na Casa do Senhor para sempre:
O salmista declara: “habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.” De acordo com o Salmo 27:4, este habitar decorre de um pedido e de uma busca. O Salmo 27:4 registra a seguinte fala do salmista: “Uma coisa peço (pedido) ao Senhor, e a buscarei (busca): que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida”. Observe que não existe passividade aqui; ao contrário, o salmista, numa conduta marcantemente prática, “pede” e “busca” habitar na Casa do Senhor. O ato de “pedir” aponta para a existência de oração, e o ato de “buscar” aponta para a existência de um conjunto de atitudes práticas que se harmonizam com a oração.

O divino apascentar é um indicador de caminhos para a frágil ovelha que, de tanto ser amada e cuidada com a bondade e a misericórdia do divino pastor, sente-se encorajada a imitá-Lo, fazendo de sua própria peregrinação um rastro de “bondade e misericórdia”. Sua alma é fortemente dominada pelo desejo de habitar na Casa do Senhor, pois esta habitação é expressão de um singular desejo de inunda o seu coração: Estar, tanto quanto possível, perto do Senhor, para dEle continuar aprendendo os segredos de uma peregrinação que reproduza o Seu divino apascentar.

Bom desfrute a todos.


Em Cristo.

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