O capítulo 6 do Evangelho Segundo
Mateus revela-se como tendo um perfil profundamente prático. O capítulo 5 pode
ser designado como a teoria do Reino de Deus. O capítulo 6, por outro lado,
assume uma natureza mais prática acerca da justiça do Reino de Deus. Ao longo
da sua narrativa, este capítulo apresenta um conjunto de condutas cristãs
capacitantes, ou seja, são condutas que norteiam e capacitam os cristãos a se
tornarem sal da terra e luz do mundo [Mateus 5:13-14].
[a] A prática da ajuda comunitária: Esta
conduta deve ser vivenciada sem o propósito de obter a glorificação dos homens [Mateus
6:2-4];
[b] A prática da oração: Esta conduta deve
assumir uma dupla perspectiva: Ser secreta [Mateus 6:5-8] e corporativa [Mateus
6:9-15]. Não deve ser apenas secreta ou apenas corporativa, mas ambas, pois
aquele que, no silêncio do seu quarto desfruta da comunhão com Deus, também deve
desfrutá-la na comunidade dos discípulos;
[c] A prática do jejum: Esta conduta não deve
ser praticado com o objetivo de se obter o reconhecimento humano, mas como uma
expressão do íntimo relacionamento que aquele que jejua nutre para com o Pai a
quem se jejua [Mateus 6:16-18];
[d] A busca prioritária por riquezas celestiais:
Esta conduta revela quão grandioso é o coração daquele que as persegue. É o
coração que determina o tipo de tesouro que será buscado, pois o tesouro que se
busca revela o caráter do coração [Mateus 6:19-21];
[e] O domínio sobre a ansiedade: Esta conduta
está vinculada à convicção [Fé] de que Deus é o bom e perfeito provedor. Aquele
que se vê livre das algemas da ansiedade estará mais propício a buscar o Reino
de Deus em primeiro lugar [Mateus 6:25-34].
A.
M. Cunha
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