No texto de Mateus 18:1-6, Jesus
ensina os Seus discípulos a lidar com o egocentrismo. Eles estavam envolvidos
na seguinte discussão: Quem seria o maior entre eles? Esse aspecto da
discussão pode ser visto mais diretamente em Marcos 9:34 e Lucas 9:46.
De acordo com Mateus 18:2, o Senhor,
para responder À indagação dos Seus discípulos sobre quem seria o maior entre
eles, “chama uma criança” e a coloca
no “meio deles”. Desse modo, Jesus dá
um destaque muito especial às crianças e, a partir da singularidade delas,
passa a ensinar os Seus discípulos a como vencerem o egocentrismo.
No Seu ensino, o Senhor diz ser
necessária a “conversão” [Mateus 18:3]. Surpreendentemente, Ele acrescenta algo
mais em Sua resposta, ao dizer: “e não
vos tornardes como crianças”. O foco é claramente “entrar no reino dos
céus”, por isso se diz: “de modo algum
entrareis no reino dos céus” [Mateus 18:3]. Há, no entanto, um foco
implícito: “viver na terra como criança”! Essa é uma segura forma de expressar
o caráter de Cristo e evidenciar a verdadeira natureza da “conversão”. Nesse
sentido, a criança torna-se “um modelo”, um “referencial” a ser seguido!
O Senhor prossegue Seu
ensinamento dizendo: “aquele que se
humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” [Mateus 18:4].
Portanto, ser maior não se relaciona com a capacidade de comandar, mas com a
disposição de se submeter! Aprofundando ainda mais o Seu ensinamento, o Senhor
anuncia que o ato de receber uma criança em Seu nome é equivalente ao ato de
recebê-lo [Mateus 18:5].
O Senhor, então, passa a ensinar
que não se deve fazer tropeçar os pequeninos que creem nEle [Mateus 18:6]. Assim,
de acordo com essa passagem do Evangelho Segundo Mateus, o Senhor faz dois
importantes destaques para revelar a importância das crianças: [1] As crianças
são destacadas como modelo de humildade e de vida. Isso pode ser visto na
expressão: “e não vos tornardes como
crianças” [Mateus 18:3]; [2] As crianças são destacadas como alvo de nosso
constante cuidado, de modo a não contribuirmos para o seu tropeço. Isso pode
ser visto na expressão: “Qualquer, porém,
que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que
se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho [...]” [Mateus 18:6].
A. M. Cunha
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