Eu
fui, por volta dos meus 20 anos de idade, locutor de rádio de um programa
evangélico em Brasília, Distrito Federal. Se naquela época Luís Lombardi Neto,
o mesmo Lombardi que anunciava produtos e quadros no Programa Silvio Santos,
concorresse comigo, eu não teria a menor chance. Com certeza absoluta ele seria
escolhido. O capítulo 12 do Evangelho Segundo João nos apresenta uma reunião
singular cuidadosamente preparada para Jesus. Além de Jesus e de Judas
Iscariotes, três personagens são protagonistas nesta história: Lázaro, Marta e
Maria. Destes três últimos, se eu tivesse que escolher quem deveria atuar mais
ativamente naquela reunião, este seria Lázaro! Pense comigo: Ele havia sido poderosamente
ressuscitado há poucas horas! Quantas coisas maravilhosas ele poderia compartilhar
naquela reunião? Mas o texto bíblico limita-se a dizer o seguinte: “sendo Lázaro um dos que estavam com ele à
mesa.” [João 12.2]. Se eu estivesse lá, e com poder de decisão, muito provavelmente
Lázaro, além de Jesus, é claro, seria a única pessoa cuja atividade seria
registrada, e provavelmente, eu teria pedido que ele fizesse uma exposição
sobre quais experiências ele havia desfrutado no exato momento em que foi
ressuscitado por Jesus! Ele não ficaria apenas sentado. Ainda bem que eu não
estava lá, do contrário, não teríamos a inspirada oportunidade de vermos o
registro de duas importantes atividades que aconteceram naquela reunião! [1] A
primeira delas foi o serviço de Marta. Quão importante foi esta atividade [João
12.2]!; e [2] A segunda delas foi a adoração de Maria [João 12.3] que, “tomando uma libra de bálsamo de nardo puro,
mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos”! Com
essa atitude, “encheu-se toda a casa com
o perfume do bálsamo”. O fato é que, se Lázaro não se assentasse à mesa
para ser servido pelas irmãs, ele jamais teria desfrutado do banquete oferecido
por Marta e do perfume derramado por Maria. Sim, entre todos os nascidos de
homem e mulher que estavam naquela reunião, Lázaro era o mais habilitado a
oferecer um grandioso testemunho acerca de Jesus. Mas ele permaneceu assentado
à mesa, e com isto, Marta e Maria foram liberadas para prestarem o seu serviço!
Que o nosso viver cristão seja amorosa e intencionalmente marcado pela atitude
de permitirmos que nossos irmãos prestem, nos encontros da comunidade dos
discípulos de Cristo, o seu valioso e indispensável serviço cristão.
A.
M. Cunha
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