A cura de um paralítico em
Cafarnaum é uma das maravilhosas narrativas que compõem o capítulo 9 do
Evangelho Segundo Mateus. O texto afirma que “trouxeram um paralítico deitado num leito” [Mateus 9:2]. Jesus
percebe muito mais do que a atitude daqueles que lhe trouxeram o paralítico:
Ele vê a fé por trás da atitude. O texto bíblico é, nesse aspecto, incisivo: “Vendo-lhes a fé” [Mateus 9:2].
O autor da Carta aos Hebreus
afirmou que “é necessário que aquele que
se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o
buscam” [Hebreus 11:6]. Isso é o que se pode chamar de “o duplo aspecto da fé”: [1] Crer que Deus existe; e [2] Crer que Deus
é galardoador dos que O buscam.
Os escribas – quase sempre eles –,
ferrenhos opositores da obra de Cristo, questionaram, na intimidade dos seus
pensamentos, a atitude de Jesus quando, ao ver a fé daqueles que Lhe trouxeram o
paralítico, liberou uma palavra de perdão para o enfermo que lhe fora trazido
[Mateus 9.1-3].
Em resposta, Jesus, o divino
onisciente e onipotente, curou o paralítico, mas não sem antes declarar o
seguinte: “[...] o Filho do Homem tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados [...]” [Mateus 9.6]. Tais
palavras reverberam com força magistral para anunciar que perdoar não é apenas
um ato de amor e obediência que praticamos, mas uma vívida demonstração de autoridade.
Jesus já havia, portanto, demonstrado Sua gloriosa autoridade quando liberou
perdão ao anônimo paralítico! O mesmo se dá conosco, pois quando perdoamos
exercemos autoridade sobre a mancha que a ofensa intentou deixar em nossa
história!
A.
M. Cunha
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