“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus,
que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos 12:1-2
Paulo inicia a exposição bíblica deste precioso
capítulo transmitindo a ideia a apresentação do nosso corpo a Deus. O vocábulo
grego traduzido por “apresenteis” é παριστάνω [paristemi],
que possui interessantes usos na língua grega, tais como: [a] colocar ao lado
ou próximo a; [b] deixar à mão ou colocar uma pessoa ou algo à disposição de
alguém; [c] apresentar uma pessoa para outra ver e questionar; [d] trazer ao
próprio círculo de amizade ou íntimidade. Paulo poderia ter em mente qualquer
um destes usos, pois o nosso ato de entrega a Deus revela [a] proximidade, [b] disponibilidade,
[c] vulnerabilidade e [d] intimidade.
De acordo com esta porção das Escrituras, existem três importantes
configurações que nossa vida deve assumir para que então, a ofereçamos a Deus: Nossa
vida deve ser: [1] Um sacrifício vivo; [2] Um sacrifício santo; e [3] Um
sacrifício agradável.
[1] O sacrifício
deve ser vivo, pois a nossa vida somente pode ser aceita se houver vida
espiritual, ou seja, o ofertante tiver experimentado o novo nascimento. A
Bíblia nos fala de um testemunho segundo o qual “Deus nos deus a vida eterna; e esta vida está no seu filho” [1
João 5:11].
[2] O sacrifício
deve ser santo, pois sem a santificação ninguém verá o Senhor [Hebreus
12:14]. A santificação não se resume a conjunto de atitudes pelas quais fazemos
ou deixamos de fazer algo. A santificação é a própria pessoa de Jesus em nossa
vida, pois nós, os que nascemos de novo, somos de Deus, “em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus [...] santificação” [1 Coríntios 1:30].
[3] O sacrifício
deve ser agradável, pois o ofertante deve promover a entrega de sua vida
mediante a fé, uma vez que, sem fé é impossível agradar a Deus [Hebreus 11:6],
pois aquele que é da fé não retrocede para a perdição, mas avança nos caminhos
da “conservação da alma” [Hebreus
10:39].
A. M. Cunha
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