quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O PARALÍTICO DE BETESDA

Lendo João 5:1-9, compreendi, dentre outras, a seguinte lição: O Senhor está disponível às suas percepções. Nada passa ao largo do seu terno olhar. Seu coração compassivo condoeu-se da duradoura situação do paralítico. Mathew Henry nos adverte quanto à dureza de nosso coração que murmura quando sofremos por um breve momento (embora tenhamos longos e duradouros dias de saúde), enquanto outros, mais nobres do que nós, suportam o sofrimento por um longo período, os quais dariam muito para terem um breve e momentâneo dia de saúde.

Diante d
a pergunta de Jesus, o paralítico responde: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque quando a água é agitada, pois enquanto eu vou desce outro antes de mim." Note que ele não expressou diretamente o seu desejo de ser curado. No entanto, não se pode dizer que ele não respondeu à pergunta de Jesus, pois quando ele diz: "enquanto eu vou" ele expressa seu desejo, não com palavras, mas com atitudes!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

SOBRE A NOSSA PURIFICAÇÃO

Todos aqueles que se rendem a Cristo como Senhor tornam-se filhos de Deus. O evangelho de João possui um versículo que revela esta verdade.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”

João 1:12

O apóstolo João, em sua primeira carta, no capítulo três, nos apresenta especiais verdades sobre a vida espiritual, nos seguintes termos:

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”

I João 3:1-3

O texto nos diz que somos filhos de Deus e o mundo não nos conhece, exatamente por isso. Quando olhamos a nossa vida, percebemos que o mundo realmente não nos conhece: O mundo não compreende nossas prioridades, não entende porque nos dedicamos tanto a Deus, em servi-lo, adorá-lo, a ter comunhão com os muitos filhos de Deus. Sim, o mundo não compreende estas coisas. O mundo não consegue entender o porquê de insistimos tanto em nossa luta contra o pecado, o porquê de nos privarmos dos chamados “prazeres deste mundo”. Somente quem tem a natureza divina pode compreender estas coisas.

O apóstolo João fala ainda de uma esperança muito maravilhosa: Ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sim, um dia, quando estivermos diante de Deus nós compreenderemos e seremos o que haveremos de ser. Algo glorioso Deus tem para nós.

Mas João nos diz mais ainda. Ele nos diz que “todo o que nele tem esta esperança” passa por um processo de purificação intencional. Sim, olhamos não apenas para o tempo presente, mas para a eternidade. Por isso, lutamos contra nossa carne, nossas inclinações humanas e renunciamos todas as coisas que nos afastam de Deus, pois, aquilo que nos afasta de Deus neste tempo presente, poderá afastar-nos dEle no tempo eterno.

Como penetramos nesta purificação? Vivendo e praticando alguns pilares na vida cristã:

1) Leitura, estudo e memorização da Palavra de Deus;
2) Oração, jejum e adoração;
3) Comunhão com outros irmãos – neste aspecto, a leitura, o estudo e a memorização da Palavra de Deus são compartilhados com outros irmãos. O mesmo acontece com a oração, o jejum e a adoração.

Estas coisas, intencionalmente praticadas fornecerão as ferramentas necessárias para a nossa purificação. Não nos esqueçamos: “a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança”.

Um grande abraço.

terça-feira, 24 de maio de 2011

UM MODELO DE VIDA CRISTA

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
Colossenses 3:12-17

Quando Paulo nos diz que devemos nos revestir de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade, ele está dizendo o seguinte: pratiquem, com profunda afeição, a misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão e a longanimidade. Faríamos muito bem se meditássemos no significado destas palavras. Faríamos melhor se experimentássemos em nosso viver diário o que estas palavras significam. O caminho para a prática destas verdades passa, necessariamente, pelas seguintes atitudes: suportar uns aos outros e perdoar mutuamente. Todas estas coisas devem estar debaixo do governo do amor. Paulo recomenda que a paz de Cristo deve ser o árbitro em nosso coração. Todas estas coisas, porém, somente fluirão com liberdade se a Palavra de Cristo habitar ricamente em “nosso” coração. Destaquei a expressão “nosso” para deixar claro que se trata de uma habitação corporativa, ou seja, a comunidade cristã deve ter a prática de fazer habitar a Palavra de Cristo em seu viver. Não pode ser uma tarefa de um ou de apenas alguns membros do Corpo de Cristo, mas deve ser uma tarefa corporativa. Ao final, nossas atitudes devem ser executadas em nome do Senhor Jesus e para Sua exclusiva glória!

A. M. Cunha

UMA ORAÇÃO DE PAULO

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” Filipenses 1:9-11

Que conteúdo elevado desta oração! Oh! Que nosso amor aumente. Na verdade, este amor originariamente não é nosso! Ele foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado! (Romanos 5:5) Recebemos o Espírito e o amor! Temos tudo! Graças a Deus. Paulo nos estimula ao amor aumentado em pleno conhecimento. Lembrei-me das Palavras do apóstolo João que nos diz: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade: (I João 3:18). Carecemos amar experimentalmente e com ampla percepção. Esta é a excelência no amor com os olhos fixos no Dia de Cristo. Como é elevado o conteúdo desta oração! Caminhemos para uma vida cheia do fruto de justiça! Mas não nos esqueçamos: O fruto de justiça que praticamos, não é decorrente de nossos esforços e de nossa diligência, esta justiça decorre de Jesus Cristo, e para a glória de Deus. Que maravilhosa porção da Palavra!

A. M. Cunha

sábado, 12 de fevereiro de 2011

TODO MANDAMENTO É UMA PROMESSA


De acordo com Mateus 22:36-38, o grande mandamento da Lei Divina é “amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e do todo o teu entendimento.”
Quando olhamos para a nossa imperfeição e para a parcialidade de nossos sentimentos, sentimos como se este mandamento nos acusasse constantemente. Nossos sentimentos são parciais, eles expressam o que se pode chamar de amar-receber. Amamos de acordo com o que recebemos.
Noutras vezes, amamos de acordo com a relação de experiência que temos. A mãe tem uma profunda relação de experiência com o filho, pois o filho provém das suas entranhas. A relação de experiência entre mãe e filho é tão intensa que, não raro, detectamos uma mãe amar tão intensamente o filho, mesmo que ele não lhe dê retorno algum.
Como é possível amar a Deus, de todo o coração, alma e entendimento? Para muitos, Deus não passa de uma idéia, uma noção abstrata. Por isso, muitos amam com mais facilidade aquilo que é concreto e palpável, reservando para Deus a rasa possibilidade de apenas respeitá-lo ou temê-lo.
Deixemos de focar a nossa imperfeição e a parcialidade dos nossos sentimentos e encaremos este mandamento com novo olhar. Um fascinante desafio surge diante de nós: Seria o mandamento divino, tão somente um mandamento? Destina-se o mandamento a criar, diante de nós, apenas uma atmosfera de obediência?
Uma nova percepção se abre diante de nós. Deus não nos daria uma ordem que não pudéssemos cumprir. Fazê-lo seria o mesmo que nos lançar diante de uma implacável condenação. Poderia o criador ordenar algo que não pudéssemos cumprir? Tal atitude não revelaria justiça de Sua parte. A Bíblia nos diz o seguinte: “Compassivo e justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso.” (Salmo 116:5). Oh! A justiça de Deus se une com Sua compaixão e Sua misericórdia! Sim, Deus é justo. De modo algum nos daria uma ordem que não pudéssemos cumprir!
E é exatamente aqui que surge um novo foco diante de nós: O mandamento de Deus não é apenas um mandamento. Nele encontramos uma promessa! Sim! Todo mandamento é, por essência, uma promessa de que receberemos a ajuda divina para o Seu cumprimento. Oh! Todo mandamento é uma preciosa promessa!
Nossa imperfeição e a parcialidade de nossos sentimentos perderão a capacidade de incutir em nós medo e pavor diante dos mandamentos divinos. Com este novo foco, cada mandamento será o sopro de uma esperança, pois sua revelação vem carregada com a promessa de que somos capazes de cumpri-lo. Assim, diante do mandamento divino constante em Mateus 22:36-38 surge em nós uma doce esperança: Amaremos o Senhor de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Maravilhosa revelação divina!

A. M. Cunha