domingo, 27 de novembro de 2022

EVANGELHO SEGUNDO MARCOS - CAPÍTULO 15

Assim como na língua portuguesa, a língua grega também possui um verbo de ligação que significa “ser” ou “estar”: Trata-se do verbo εἰμί [aimi]. O presente do indicativo deste verbo, relativamente à terceira pessoa do singular é ἐστί [esti], que significa “ele é” ou “ele está”. No tempo imperfeito, este verbo é conjugado na terceira pessoa do singular da seguinte forma: ἦν [ein], cujo significado é “ele era” ou “ele estava”.

No capítulo 15 do Evangelho Segundo Marcos, o centurião, que presenciou o exato momento da morte de Jesus, fez uso do verbo εἰμί no tempo imperfeito para declarar algo a respeito de Jesus. Ele disse: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” [Marcos 15:39]. Esta, embora seja uma linda declaração, não revela toda a essência de Jesus Cristo. E por que faço esta afirmação? Justifico afirmando que, à luz da declaração daquele centurião romano, Jesus era o Filho de Deus e deixou de ser, pois a morte o destituiu desse atributo!

No entanto, as Escrituras afirmam algo extraordinariamente maravilhoso a respeito do Messias divino que estava diante daquele centurião romano. As Escrituras dizem: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” [Hebreus 13:8]! À luz dessa porção das Escrituras, Jesus é, foi e continuará sendo o Filho de Deus! A morte não poderia destituí-lo deste glorioso atributo! Provavelmente, o centurião tenha usado o verbo εἰμί no tempo imperfeito, quando se referiu a Jesus, porque até então não lhe havia sido revelado que a morte jamais seria a palavra final na história do Filho de Deus, pois a ressurreição de Jesus romperia “os grilhões da morte”, numa veemente declaração de que “não era possível fosse ele retido por ela.” [Atos 2:24]. Definitivamente, Jesus não apenas era o Filho de Deus. Ele era, é e sempre será o Eterno Filho de Deus!

A. M. Cunha