sábado, 18 de janeiro de 2020

A PROFECIA DO APÓSTOLO PAULO SOBRE OS ÚLTIMOS DIAS E A GLÓRIA DO SENHOR

A Bíblia não nos deixou no escuro quanto às características sociais dos tempos do fim. O apóstolo Paulo, numa profunda, acurada e realista percepção profética anunciou que “nos últimos dias [...] os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” [2 Timóteo 3:1-5].

​O profeta Habacuque séculos antes havia dito: “Pois a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” [Habacuque 2:14]. Os ambientes caracterizados pela oração e pela fiel obediência aos ritmos de adoração estabelecidos por Deus são profundamente visitados pela presença do Glória do Senhor! É isto o que constatamos quando lemos 2 Crônicas 7:1, que no diz: “Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa”. No entanto, a profecia de Habacuque não faz referência apenas a tais ambientes, pois o profeta diz: “a terra se encherá [...] da glória do Senhor”!

Quando nossos olhos se voltam para a profecia do apóstolo Paulo, conforme registrada em 2 Timóteo 3:1-5, surge diante de nós os seguintes questionamentos: Onde está a Glória do Senhor no ambiente repleto de egoísmo, avareza, jactância, arrogância, blasfêmia, desobediência, ingratidão, irreverência, calúnia, intemperança, crueldade, traição, atrevimento, pedantismo? Como é possível vê-la onde não se vê afeição, limites e prática do bem? Como ela pode se tornar perceptível quando tudo o que se vê é hedonismo, inimizade contra Deus e falsa piedade?

Porém, a Glória do Senhor possui uma dupla manifestação. É possível vê-la como manifestação de Graça e Misericórdia e é possível contemplá-la como manifestação do juízo divino. O profeta Isaías mencionou essa dupla manifestação do Glória do Senhor fazendo referência ao “ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus” [Isaías 61:2]. O ano aceitável do Senhor é uma descrição da Glória do Senhor como uma manifestação de Graça e Misericórdia. O dia da vingança do nosso Deus, por outro lado, é uma descrição da Glória do Senhor como uma manifestação do juízo divino.

O ápice terreno da manifestação da Glória do Senhor ocorrerá quando todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra se dobrarem diante do nome de Jesus Cristo e toda língua confessar que Ele é Senhor, para glória de Deus Pai [Filipenses 2:10-11]. Nesse dia a Glória de Deus será manifestada como Graça e Misericórdia para os que creem e como juízo divino para os que não creem, de modo que “a terra se encherá [...] da glória do Senhor”!
A. M. Cunha

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: FILIPENSES 2:2-3 – PARTE 2


Já vimos que o apóstolo Paulo, no texto de Filipenses 2:2-3, exercendo sua autoridade apostólica, ordenou aos filipenses que completassem a sua alegria. Concluímos nosso último post apresentando a tese de que o conteúdo destes dois versículos constitui o que podemos denominar de condutas comunitárias que intensificam a alegria.

Antes, porém, de abordarmos cada uma destas condutas comunitárias, é oportuno que se destaque que o norte hermenêutico [um importante caminho para interpretar], necessário à adequada compreensão do texto de Filipenses 2:2-3, está vinculado à palavra “unidade”, que implicitamente está presente em todo o texto, como se pode observar nas seguintes expressões: “mesma coisa”, “mesmo amor”, “unidos de alma” e “mesmo sentimento”. A unidade é um conceito bíblico crucial no cristianismo, a ponto de a Escritura indicar que a ela está vinculada ao Espírito, porque Dele se origina [Efésios 4:3] e à fé, porque a ela se refere [Efésios 4:13]. Por isso é possível afirmar que o Espírito Santo é a origem da unidade da fé.

Outro importante ponto que merece ser aqui destacado, é o fato de que a ordem do apóstolo Paulo indicava que a complementação da sua alegria somente poderia ser cumprida no contexto da vida comunitária dos filhos de Deus. É o que se conclui, por exemplo, do uso que o apóstolo faz dos seguintes vocábulos e expressões: “penseis”, “tenhais”, “sejais”, “Nada façais” e “considerando cada um os outros”. Estes vocábulos e expressões, por estarem no plural, pressupõem a vida em comunidade do povo de Deus. Assim, quando a igreja desfruta de uma profunda qualidade em sua vida comunitária, a alegria dos seus membros será intensificada e esta comunidade poderá ser conhecida como a comunidade da alegria!
A. M. Cunha


ORAÇÃO:

Senhor Jesus, desperta em nós o desejo de vivermos em unidade. Faz-nos entender que unidade tem sua origem no Teu Espírito, pois, por mais que vivamos em unidade, ela não é nossa, mas é a unidade do Espírito. Desperta-nos para um maior comprometimento na vida em comunidade, pois quanto maior for a qualidade de nossa vida corporativa, maior será a alegria que desfrutaremos como povo de Deus!
A. M. Cunha