quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [21]

“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.”

Gênesis 45.5

Breve análise:
José não apenas tornou-se exímio na arte de olhar para além de si mesmo com o propósito de contemplar a estado da alma daqueles que estavam a sua volta, mas o seu olhar tornou-se ainda mais profundo, a ponto de aprender a interpretar a história. Sim, José aprendeu a interpretar a história, sua história, e nela ver a mão condutora de Deus!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Mesmo tendo sido alvo do ciúme de seus irmãos e das levianas acusações da mulher de Potifar, José, contemplando as circunstâncias atuais, foi capaz de identificar a mão de Deus ao longo de sua história pessoal. Os sofrimentos suportados como consequência do ciúme e das levianas acusações faziam parte de um propósito maior, pois José estava sendo usado para sustentar a vida de toda a sua família.

Reflexão:
O mundo está carente de pessoas que sejam capazes de interpretar a história anunciando, ousadamente, como a mão de Deus a está conduzindo. Estou realmente disposto a ser este intérprete? Tenho buscado em Deus a condição espiritual para ser um autêntico intérprete da história?

Oração:
Bondoso Deus, ajuda-me a ser um fiel intérprete da história, dando-me a condição de contemplar a Sua mão conduzindo-a ao encontro da Tua vontade soberana.
A. M. Cunha

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [20]

“O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.”

Gênesis 40.23

Breve análise:
José tornou-se especialmente atento na arte de olhar para além de si, de modo que podia contemplar o estado da alma daqueles que estavam a sua volta. Esta atitude, porém, não lhe garantia que receberia a mesma atenção de outras pessoas. São fortes as palavras que registram o descuido para com ele: “O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.” (Gênesis 40.23). Este descuido, no entanto, não foi para sempre, pois o copeiro-chefe, ainda que muito tempo depois, porém nunca tarde demais, lembrou-se de José (Gênesis 41:9-13). Desta lembrança emanaram as seguintes palavras do monarca egípcio: “Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra” (Gênesis 41:14).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
A arte de olhar para além de si não deve ser praticada interesseiramente, mas totalmente desapegada de interesses secundários. O arquiteto da história, porém, conduzirá os acontecimentos no Seu tempo e a Seu modo. Confiemos, pois nossas vidas aos Seus cuidados e continuemos, com perseverança, olhando para além de nós mesmos!

Reflexão:
Quando me sinto esquecido pelas demais pessoas, sinto-me desencorajado e desestimulado em continuar olhando para além de mim, com o específico propósito de contemplar o estado de alma daqueles que estão a minha volta? Estou ciente de que caso eu interrompa, por este motivo, o meu olhar para além de mim mesmo, tal conduta revelará que não confio os rumos de minha vida aos cuidados de Deus?

Oração:
Amado Deus, dá-me forças e graça suficientes para jamais interromper o meu olhar para além de mim mesmo, ainda que me sinta esquecido pelos que estão à minha volta!

A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [19]

“Vindo José, pela manhã, viu-os, e eis que estavam turbados. Então, perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor: Por que tendes, hoje, triste o semblante?”

Gênesis 40.6-7

Breve análise:
José estava preso no cárcere, tanto quanto os oficiais de Faraó! Ele, no entanto, não praticava um olhar egocêntrico, focado tão somente nos seus problemas típicos do cárcere. Ele olhava para além de si, percebendo as pessoas a sua volta. Observe que a intervenção divina na vida de José, que culminaria em sua libertação do cativeiro, passou exatamente pela capacidade de José em responder ativamente a sua percepção com respeito ao semblante turbado dos oficiais de faraó. José não foi descuidado quanto à sua percepção acerca do estado de alma dos oficiais de Faraó.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
O coração dos homens é aberto quando lançamos a pergunta certa que brota de nossa percepção com respeito ao estado de suas almas. A pergunta de José foi: "Por que tendes, hoje, triste o semblante?". Esta pergunta abriu a porta do coração dos oficiais de faraó e, ao mesmo tempo, deu vazão ao rio divino que conspirava a favor de José, servo de Deus, para libertá-lo do cárcere.

Reflexão:
Não podemos ser descuidados quanto às percepções que o Senhor nos permite ter acerca das pessoas que estão à nossa volta. À menor percepção que tenhamos com respeito ao estado de alma das pessoas, devemos ser cuidados em lançar-lhes a pergunta certa, de modo que o seu coração, por confiar em nós, compartilhe os seus segredos mais doídos.

Oração:
Deus, não apenas eu, mas as pessoas ao meu redor também sofrem. Ajuda-me a ser cuidadoso na percepção deste sofrimento para que eu possa oferecer-lhes um amoroso coração, e assim elas possam encontrar o Teu poder libertador!
A. M. Cunha